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ZeroZero

  • Restaurantes
  • Princípe Real
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado
Time Out Market Selected
  1. Restaurante Zero Zero
    ©Ana LuziaEsplanada do Zero Zero
  2. Pizza Montanara da Zero Zero
    ©DR
  3. Zero Zero - Pizza Diavola
    ©DR
  4. Zero Zero
    ©Arlindo Camacho
Time Out Market Selected

A Time Out diz

4/5 estrelas

Não param de aparecer boas pizzarias em Lisboa. Desta vez, fomos testar o forno que abriu no Príncipe Real. E gostámos muito

A entrada é logo magnífica, do lado esquerdo a cozinha aberta e uma vitrina com queijos e enchidos italianos para venda ao público. Estão lá os excelentes Taleggio, um Parmigiano com 16 meses de cura; há também speck (presunto levemente fumado da região do Tirol), bresaola (presunto de vaca); e vendem-se vinhos e massas da marca De Cecco. À direita o bar de Prosecco e cocktails, para evitar que se lhe seque a garganta com os preços, tudo para o carote.

Estamos ainda na antecâmara, sítio onde se pode e se costuma esperar mesa. As paredes são de cimento afagado, moda (bonita) que chegou recentemente a Portugal mas que pode já estar no limite do cliché, parem senhores, parem. Aproveite para consultar a carta, que é longa e está dividida à maneira italiana.

Nos Antipasti, destaque para a burrata (mozarela recheada com um creme de leite, quase nata, maravilhoso), aqui acompanhada com um presunto de Parma de 18 meses de cura (16€); e para os deliciosos arancini (7€), espécie de croquetes de arroz com ragu e ervilhas. Nas Insalati, boa a pêra com queijo Gorgonzola, nozes e rúcula (9€). Quanto às Pastas, quase tudo feito a partir de massas secas, bem cozinhadas, como é o caso do esparguete com gambas e malaguetas (das grandes, menos agressivas); também os raviolis com recheio de bacalhau são uma boa escolha, imersos num molho saboroso e equilibrado de tomate, a massa al dente como é raro ver-se em Lisboa.

Dito isto, é nas pizzas que está a jóia da ZeroZero. A casa apresentou-se como sendo a primeira a usar em Portugal o método poolish, com fermentações naturais longas da massa, três tipos de farinha (entre elas uma de grão duro de moagem em pedra) e controlo minucioso da temperatura. A lenha usada no forno é de azinho e só azinho.

O resultado é uma massa fina e rústica, mais densa do que as melhores da concorrência. A base fica com uma textura de lixa, no topo não se vêem bolhas de ar tão grandes como, por exemplo, nas do Casanova, ainda a pizzaria de referência da cidade. Sobre o recheio, a qualidade é superior à média, a quantidade não: veja-se a Salsiccia e Friairelli, com meia dúzia de rodelinhas de salsicha, umas cinco lascas de Parmigiano e uns fiapos de grelos (12€).

Nas sobremesas, provaram-se dois clássicos: tiramisù em copo (4,5€) e uma pannacota (4€), ambas boas.

A casa não aceita reservas e está na moda, pelo que é ir cedo ou é ir tarde, sobretudo aos fins-de- -semana. A favor do restaurante, ajuda que tudo seja profissional. Empregados sorridentes, educados, profissionais, bem-postos, suficientemente informados. Nos dias mais agitados, há lista de espera e senha. Na sala, um ecrã mostra um cronómetro onde ficamos a saber o tempo que cada mesa demora a ser servida, e não demora muito.

Em síntese, o Príncipe Real ganhou uma pizzaria de topo, com algumas coisas italianas exclusivas, uma massa original e um grande ambiente. Como já é hábito nos restaurantes de Rui Sanches (Cais da Pedra, Sala de Corte, Alma...), a decoração é limpa e confortável, muito bonita, para além de ter uma esplanada que promete, agora que entramos na Primavera. 

*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.

Alfredo Lacerda
Escrito por
Alfredo Lacerda

Detalhes

Endereço
Rua da Escola Politécnica, 32
Lisboa
1250-102
Horário
Dom-Qui 12.00-00.00, Sex-Sab 12.00-01.00
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