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A passagem do prazer à culpa é, muitas vezes, mais rápida do que se deseja. Mas há prazeres a que não renunciamos mesmo se censurados socialmente. Escolhemos antes vivê-los em segredo. É precisamente sobre isso que se debruça a nova criação de Romeu Costa e Marta Carreiras. Maráia Quéri põe a nu o conflito interno de um investigador em ciências sociais que, fã de Mariah Carey, sente receio da desonra ou do ridículo. Pode ele gostar dela e até, por que não, tê-la como objecto de estudo? Para responder, convida-nos a mergulhar no universo musical da cantora norte-americana, que configurou uma mudança de paradigma no mundo da música dos anos 90, para investigar a liberdade com que nos permitimos gostar de algo.