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[title]Ao longo deste texto, tentaremos transmitir a sensação de serpentear as montanhas, com o mar a espreitar lá de baixo e o cheiro a terra molhada que entra pela janela do carro. De conduzir pelas levadas, explorar os picos e parar nos miradouros. De provar um maracujá como só ali há, uma poncha ou outra (com juízo!), espetadas, milho frito e mais bolo do caco do que aquilo que a barriga aguenta. De conduzir nas calmas, parando sempre que der na vontade, para viver a ilha como ela merece, ao volante da Hertz.
E se só tem um fim-de-semana, então que seja um em cheio. Estamos aqui para ajudar a traçar o plano, desde a chegada até à inevitável despedida. E se podia reservar uma tour e ser levado a descobrir tudo isto? Podia. Mas não era a mesma coisa. Alugar um carro é abraçar a aventura, escolher o seu caminho, ao seu ritmo, com os seus desvios. E, com a Hertz, tudo começa da melhor forma: chaves na mão, este guia debaixo do braço e a certeza de que cada curva guarda uma surpresa. Porque a Madeira é para ser vivida de túnel em túnel, de estrada em estrada, como quem descobre um segredo bem guardado.
Sexta-feira: bem-vindos à Madeira
Com voos directos e diários a partir do continente, a Madeira está a um passo (de quase 2 horas) de distância de quem parte de Lisboa. Num tirinho, pode estar na ilha bonita a ver o mais incrível pôr-do-sol ao sabor de uma poncha. Mas não nos apressemos, que o dia ainda só agora começou. Primeiro passo? Alugar um carro.
Faça a reserva do seu carro em hertz.pt, escolhendo ainda a hora de recolha e devolução para a sua maior conveniência. Para fazer o levantamento do carro, dirija-se à loja Hertz no Aeroporto da Madeira para começar a aventura. Já de chave na mão, despeça-se do busto do CR7 à porta do aeroporto e siga viagem. O destino? Para cima!
Começamos nos picos – Pico do Areeiro e Pico Ruivo. A viagem de carro até ao primeiro, de cerca de 40 minutos, oferece paisagens de cortar a respiração. Pode ir de carro até praticamente o cume do Pico do Areeiro, o terceiro ponto mais alto da ilha, e de lá avistar a Ponta de São Lourenço, o Curral das Freiras e até o Porto Santo. Se estiver um dia cinzento, não desanime, as fotografias com as nuvens a seus pés vão conquistar as redes na mesma.
Experimente a Vereda do Areeiro, considerada o caminho mais emblemático da ilha. Liga os três grandes picos ao longo de 6,1 km, partindo do Pico do Areeiro até ao das Torres, e, finalmente, ao Pico Ruivo. É uma caminhada um bocadinho puxada – não se esqueça da água, snacks e ténis confortáveis para o trajecto de três horas e meia. Se não foi para se cansar, então volte a apertar o cinto de segurança e siga para o Pico Ruivo. Embora não possa seguir até ao topo com o carro, os 45 minutos da Vereda do Pico Ruivo valem bem o esforço.
Próxima paragem? Santana, a menos de 30 minutos de carro. As casas de telhado triangular até ao chão são um símbolo da ilha. Este é também o coração da Reserva da Biosfera, onde o verde da Floresta Laurissilva – Património Mundial Natural da UNESCO – domina a paisagem. Já o Parque Temático da Madeira é um mergulho na cultura e tradições da ilha. Com atracções como o Aldeamento de Casas Típicas, onde pode visitar uma mercearia tradicional, uma antiga cozinha com forno a lenha e contactar com artesãos que trabalham linho, vime e bordados, é um sítio único e desvio obrigatório para quem explora a Madeira de carro.
De volta ao carro, siga pela costa até Machico. São cerca de 25 minutos de viagem até chegar ao destino onde Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira desembarcaram aquando do descobrimento da ilha. Se estiver bom tempo, a zona pede mergulhos. Para um toque mais cultural, explore o Museu da Baleia, onde ficará a conhecer melhor a história da ilha desde a caça à protecção desta espécie, ou os Engenhos do Norte, de onde continua a sair o rum agrícola da Madeira.
Termine o dia no Caniçal, a cerca de 15 minutos de carro, no seu novo local de eleição para comer peixe: a Tasquinha do Pescador. À beira da estrada, é perfeito para qualquer road trip pela ilha. Lapas, caramujos, polvo e atum são algumas das propostas. Termine a noite com um brinde de poncha de lima.
Sábado: aventuras no Oeste selvagem
Rumemos ao Seixal. É quase uma hora de viagem pelo interior da ilha, sempre com paisagens dignas de filme. Se o tempo estiver do seu lado, comece com um mergulho na Praia do Seixal ou, andando um pouco mais de carro – desta vez só 15 minutos – encontra as piscinas naturais de Porto Moniz e os seus quase 400 metros quadrados de área para banhos, entre formações de origem vulcânica. Depois de uma manhã de banhos de sol e mar, siga para o Solmar, um clássico conhecido pela boa comida de panela, serviço atencioso e vista mar.
De regresso ao carro, bem pode pôr a banda sonora de O Senhor dos Anéis a tocar – é que o próximo destino parece mesmo saído do filme, principalmente em dias de nevoeiro. Falamos de Fanal, e do seu bosque centenário. Existem parques de estacionamento a poucos passos deste postal natural, e a partir daí é explorar ao seu ritmo. Se quiser um desafio a sério, a Vereda do Fanal leva quatro horas a concluir. Se não está para isso, pare e respire. Não existem muitos sítios assim no mundo.
Seguimos viagem para uma das caminhadas mais populares da ilha: a Leveda das 25 Fontes. Um trilho de 4,3 km com paisagens deslumbrantes e a lagoa icónica formada por 25 nascentes. Leve comida para o caminho e pare para um piquenique improvisado – não se esqueça de arrumar tudo no final, que aqui querem-se turistas bem comportados.
Para dar descanso às pernas, volte para trás do volante e siga viagem até ao Paul do Mar. São 35 minutos de carro para acalmar juntamente com a ilha e preparar-se para viver o seu momento mais mágico: o pôr-do-sol. Este é um dos locais mais procurados da ilha para finais de tarde cheios de boa onda, seja nas esplanadas ou sentado no muro, junto à praia.
Termine o dia com um jantar em Câmara de Lobos, a terra da espetada madeirense. A viagem leva-lhe cerca de 50 minutos, ao fim dos quais vai ferrar o dente neste clássico da ilha. Seja no Santo António, n’O Lagar ou n’As Vides, não sai de lá com fome.
Domingo: acabar com chave de ouro no Funchal
Comece o último dia no coração do Funchal. Estacione perto do centro e mergulhe nos sabores locais no Mercado dos Lavradores, com frutas exóticas, peixes frescos e flores coloridas. É uma das grandes atracções turísticas, mas é também o sítio onde os locais continuam a ir às compras, pelo que a frescura e qualidade estão garantidas.
Depois de explorar a zona velha do Funchal, volte para o carro e rume até ao Monte Palace Madeira para ver o jardim mais bonito da ilha e paragem obrigatória de qualquer viagem. São mais de 100.000 espécies botânicas entre pequenos lagos, colecções de azulejos, cisnes e pavões. Um Jardim Tropical de sonho.
De volta ao centro, é a última oportunidade para apreciar a gastronomia local. Explore sabores tradicionais com toques contemporâneos no Lá no Fundo, ou fique pelos clássicos no Ilhéu, bem no centro, onde chegam à mesa os ingredientes típicos da ilha.
Como tudo o que é bom acaba rápido, está na hora de regressar. De barriga cheia, siga para o Aeroporto com a certeza de que cada quilómetro valeu a pena. Não se esqueça de confirmar a hora de devolução da viatura e entregar, ainda que contra vontade, a chave no balcão da Hertz. Vá, não vale a pena chorar. Temos a certeza de que não tarda nada estará de volta.
