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A comida no Príncipe Real está Naked

Escrito por
Inês Garcia
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Nem 8 nem 80. O novo restaurante do Príncipe Real não é nem vegetariano, nem vegan, nem sequer é inteiramente saudável. A vitrine tanto tem kombucha caseira e sumos prensados a frio como gelados da Paletaria, Bolo da Marta ou caipirinhas. É flexitarian, que é como quem diz que tem opções para todos os gostos e preferências alimentares. E é Naked porque é tudo feito com produtos naturais com a mínima intervenção possível.

“Não é um restaurante fundamentalista”, resume Miguel Júdice, à frente do projecto com Carla Contige, a responsável do Nós É Mais Bolos no Time Out Market. “Fazia falta uma coisa democrática, nem tanto ao mar nem tanto à terra”, diz, para pessoas como ele, que podem ser ou não vegetarianos mas têm preocupações saudáveis e evitam fritos. Não há carnes, não há alimentos processados, há muita fruta e legumes e alternativas sem glúten, sem açúcares ou sem lactose.

O Jardim das Delícias Terrenas, de Bosch, dá cor ao espaço
Fotografia: Arlindo Camacho

Na parede do espaço que abre esta segunda-feira, dia 25 de Setembro, está uma representação do Jardim das Delícias Terrenas de Bosch, há mesas em mármore verde escuro, uma parede com as entranhas a verem-se, janelas abertas e muita luz natural. Ao fundo, a cozinha, de onde sai “comida para todas as horas do dia”- sempre com opção de grab&go.

Vichyssoise de batata doce com creme de beterraba
Fotografia: Arlindo Camacho

A carta foi definida por Miguel, Carla, pela blogger Joana Limão e por Susana Rainha, a cozinheira. Há uma fresca vichyssoise de batata doce com creme de beterraba e topping crocante de dukkah (uma mistura de avelã com amêndoa ou caju e sésamo que vai ao forno a torrar e é esmagada com um pilão, 4€), omelete de claras com três pastas à escolha para rechear (cenoura, pepino e dukkah; ricotta, salmão curado, funcho e alcaparras ou legumes assados, rúcula e manjericão com abacate, entre os 6 e os 7€) ou uma shakshouka com tomate, pimento e ovo escalfado (10€).

Omelete de claras com pasta de legumes assados, abacate e rebentos de beterraba e de rabanete
Fotografia: Arlindo Camacho

Os dois ceviches são originais: um é de cogumelos, outro é de peixe branco com banana, coco e puré de batata doce, uma receita do chef Joachim Koerper, do Eleven. Para rematar, a sobremesa pode ser um pecado saudável, com uma tarte de batata doce com chocolate negro 70%, bolacha Maria sem glúten, manteiga de coco e compota de framboesa com agave.

Todos os dias há uma sopa e um prato do dia fora do menu, tábuas de queijos artesanais, as tão famosas bowls (aqui de açaí ou de pitaya com fruta e granola) e crepes. Tem brunch todos os dias, com um menu completo com sumo de laranja, omelete de claras com shakshouka, iogurte com granola e fruta, tostas com compota e manteiga, café ou chá (15€).

Tarte de batata doce com chocolate 70% cacau e compota de framboesa com agave
Fotografia: Arlindo Camacho

Se este “pequeno híbrido” funcionar, conta Miguel Júdice, poderá escalar para outras aberturas. A ideia nunca será criar uma cadeia Naked, mas já há outro restaurante na calha, daqui a um par de meses em Cascais. “O que funcionar aqui vai para lá, mas a carta não será toda igual”, desvenda.

Rua da Escola Politécnica, 85-89 (Príncipe Real) 91 258 5446. Seg-Dom 10.00-18.00.

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