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Duas estreias a não perder hoje na Netflix

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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Atypical é mais uma comédia sobre um garoto à procura de amor. A diferença é que este garoto sofre de perturbações do espectro do autismo à procura de amor. Estreia sexta-feira: o mesmo dia em que pode começar a ver White Gold, na Inglaterra dos anos 80

À primeira vista, Atypical é uma comédia liceal como tantas outras. Com um adolescente ansioso por ver mamas, um amigo mais saído da casca, pais que não percebem bem o filho, mas tentam ser compreensivos. A grande diferença é que este adolescente sofre de perturbações do espectro do autismo.

Ao contrário de outras séries (e sobretudo filmes) que lidam com este assunto, Atypical dá voz, agência e protagonismo a uma personagem com esta condição (apesar de o actor que interpreta Sam, Keir Gilchrist, não ser autista), ao invés de a relegar para um papel secundário, e esse é o seu grande trunfo. O seu maior mérito. Além disso, tenta retratar o problema com alguma sensibilidade e humanidade. Evitando os lugares comuns e as perspectivas mais redutoras.

Disponível a partir de sexta-feira na Netflix, a série foi escrita e criada por Robia Rashid (How I Met Your Mother/ Foi Assim que Aconteceu, The Goldbergs), enquanto o realizador Seth Gordon definiu a identidade visual. Além de Keir Gilchrist, é protagonizada por Jennifer Jason Leigh, que encarna a sua mãe, e Michael Rapaport, o pai. A forma como a doença de Sam afecta a vida destas personagens é retratada, mas nunca é o mais importante. 

British accent

White Gold

Margaret Thatcher é a primeira-ministra, o capitalismo bárbaro é a língua franca e eles são os oradores. Vincent Swan (Ed Westwick, de Gossip Girl), Brian Fitzpatrick (James Buckley, da comédia britânica The Inbetweeners) e Martin Lavender (Joe Thomas, também de The Inbetweeners) são verdadeiros vendedores de banha de cobra, três comerciais cheios de manhas na Inglaterra dos anos 80.

Esta comédia de época com a chancela da BBC, disponível a partir de sexta-feira na Netflix, retrata o lado mais imoral do capitalismo. Através de três homens (ou pelo menos dois, dado que um deles até nem é má pessoa) que parecem dispostos a enganar toda a gente, a começar pelos clientes e as pessoas que lhes são mais próximas, para ganharem algum dinheiro. Fácil. 

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