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E3 2017: no templo dos jogos

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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A E3 é mais do que uma feira de videojogos. É um verdadeiro acontecimento e um dos pontos cardeais pelos quais a indústria se guia. Pode ter perdido algum fôlego em anos recentes, mas continua a ser a semana (contando com os eventos, conferências e apresentações que precedem a feira propriamente dita, que este ano se realizou entre 13 e 15 de Junho) em que as principais empresas do sector revelam as cartadas que vão jogar ao longo dos próximos 12 meses. Pelo menos.

Desde apresentações de novas consolas — olá, Xbox One X — a anúncios de jogos sem data de lançamento definida — bons olhos o vejam, Metroid Prime 4 — e demonstrações dos títulos que vão marcar os próximos tempos — de Super Mario Odyssey a Far Cry 5, de FIFA 18 a God of War. Há de tudo na E3 e seus eventos-satélite. Sobretudo quando pomos os olhos na principais empresas do sector.

Microsoft

A apresentação da Xbox One X foi o grande acontecimento da feira. Com lançamento previsto para 7 de Novembro, vai ser a melhor consola que o dinheiro pode comprar. Pelo menos durante os próximos tempos. Pelo menos do ponto de vista técnico, com uma forte aposta nos gráficos 4K. Ao nível dos jogos, os principais trunfos para este ano são  Forza Motorsport 7 e Crackdown 3. Além de Sea of Thieves, aguardado jogo de piratas da Rare agendado para 2018.

Sony

Depois de dois anos em que se destacou da concorrência durante a E3, este ano a Sony não conseguiu surpreender como em anos anteriores. Os maiores jogos mostrados durante a feira, Spider-Man e God of War – ou até Detroit: Become Human , já tinham aparecido há um ano. E a maior surpresa foi o anúncio de um remake de Shadow of the Colossus. Mas quem tiver olhado para além dos grandes blockbusters terá encontrado gemas como The Inpatient, jogo de terror psicológico para a PlayStation VR, e sorrido com a chegada do RPG indie de culto Undertale à PlayStation 4. E PlayStation Vita. Os jogos sociais da gama PlayLink foram outra das novidades.

Nintendo

A marca japonesa está a ter um 2017 glorioso, graças sobretudo ao sucesso da Nintendo Switch, e foi a grande vencedora da E3. Super Mario Odyssey foi o melhor jogo que nos passou pelas mãos e o anúncio de Metroid Prime 4 foi a grande surpresa da semana. Até Mario + Rabbids Kingdom Battle, desenvolvido em parceria com a Ubisoft, parece belíssimo, com uma componente estratégica evocativa de XCOM. A versão portátil (ou não) de FIFA 18 também não desilude – apesar de se sentir a falta de “The Journey”, o modo narrativo cinemático incluído nas restantes versões do simulador.

Electronic Arts

Por falar em FIFA… A Electronic Arts realizou o seu próprio evento em Los Angeles, o EA Play, antes do início da feira. A maior novidade foi o anúncio de Anthem, desenvolvido pelos estúdios Bioware. Já Star Wars Battlefront II, um dos melhores títulos presentes na feira, tem óptimo aspecto e a história épica que faltava ao jogo anterior. Need For Speed Payback parece ser o jogo de carros perfeito para quem não gosta de jogos de carros. A Way Out parece ser curiosa experiência multijogador. E vêm aí as edições de 2018 dos simuladores desportivos FIFA, NBA Live e Madden NFL.

Activision

As duas grandes novidades da Activision, Call of Duty: WWII, um regresso às origens da milionária série, e Destiny 2, a continuação da popular aventura multijogador, já tinham sido anunciadas antes da E3. A feira foi sobretudo uma oportunidade para experimentar esses dois jogos, que não fogem ao que os capítulos anteriores nos habituaram, e Crash Bandicoot N. Sane Trilogy, agendado para o final do mês.

Bethesda

Sem grandes sobressaltos, a Bethesda apresentou um par de sequelas: Wolfenstein II: The New Colossus, o mais recente capítulo da seminal série; e The Evil Within 2, o mais recente jogo de terror do criador de Resident Evil, Shinji Mikami. Pelo meio, mostrou duas novas encarnações, para a Nintendo Switch e PlayStation VR, do ubíquo e brilhante RPG The Elder Scrolls V: Skyrim, lançado originalmente em 2011. Doom (2016) e Fallout 4 também serão transpostos para a realidade virtual.

Ubisoft

A apresentação da empresa francesa foi uma das boas surpresas desta edição. Quase tudo pareceu promissor. Desde Mario + Rabbids Kingdom Battle, apresentado pelo criador de Mario, Shigeru Miyamoto, a Beyond Good and Evil 2, aguardada continuação de um jogo de culto de 2003, passando pelo jogo de piratas Skull & Bones, que herdou todas as boas ideias de Assassin’s Creed IV: Black Flag. E ainda nem se escreveu sobre Far Cry V, que pode muito bem ser um dos melhores títulos da série, e Assassin’s Creed Origins, que aparenta injectar nova vida na saga e teve um grande relevo na conferência e no stand da Microsoft durante o evento.

Bandai Namco

Dragon Ball Fighter Z foi a principal novidade revelada pelos japoneses. Um jogo de luta complexo, com um ritmo frenético, e as populares personagens criadas por Akira Toriyama, que deve sair em 2018. Foi possível jogar uma versão preliminar do jogo, mas ainda não se conhecem muitos mais detalhes, incluindo se vai ou não haver um modo história. Outro jogo com bom aspecto agendado para o próximo ano é Code Vein. Para 2017, as principais apostas são o JRPG Ni no Kuni II: Revenant Kingdom, efabulada co-produção com o Studio Ghibli, e o jogo de corridas Project CARS 2.

Capcom

Monster Hunter: World e Marvel vs. Capcom: Infinite. Eis as grandes promessas da Capcom para os próximos meses. O primeiro foi revelado durante a conferência da Sony e é o mais recente capítulo da popular série de RPG japoneses com um foco nos combates contra grandes monstros. O segundo foi apresentado pela Microsoft e é um jogo de luta que junta personagens da Capcom aos heróis da Marvel. Chegam em 2018.

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