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Já abriu o bar com curadoria de Vhils em Lisboa: saiba tudo sobre o Stupido

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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O Vhils é Stupido. E não é o único. O bar/instalação com curadoria de Alexandre Farto abriu no Cais do Sodré e junta uma equipa invejável. Motivos mais que suficientes para beber um copo nesta espécie de obra de arte total.


“O estúpido sou eu!”, admite entre risos Pedro Garcia, um dos sócios do novo bar do Cais do Sodré, juntamente com a Live Content, uma das maiores agências digitais portuguesas. Vendeu a quota que tinha no bar Park e, para Pedro, uma pessoa que sai do Park só pode ser estúpida.

Esclarecido o nome, é preciso esclarecer o conceito. É que o Stupido não é um bar. Quer dizer, tem um bar, mas primeiro que tudo é uma instalação de arte. Passando a porta do 130 da Rua de São Paulo, o cliente passa também a fazer parte da obra de Felipe Pantone, o primeiro convidado internacional a criar uma peça em exclusivo para este open space que conta com a curadoria de Alexandre Farto (aka Vhils). O espaço está todo intervencionado e lembra a obra que street artist argentino deixou este ano em Lisboa, na Praça Bernardino Machado (Quinta das Conchas): o prédio mais alto da cidade com um mural de arte urbana.

A ideia no Stupido é criar um programa de curadoria rotativo: a cada ano um artista internacional pode aqui criar uma instalação imersiva, chamada de 1/1. Assim, o espaço é único, exclusivo, vivo e irreproduzível, além de ter direito a sonoplastia, uma extensão da própria instalação.

Tudo o que se vai ouvir neste 1/1 está nas mãos de Fred Ferreira, produtor e baterista que já gravou discos com meio mundo, de Orelha Negra à Banda do Mar, passando por Slow J ou 5-30. A programação musical vai andar à volta dos sons do hip hop, a sonoplastia será uma interpretação pessoal do músico português, onde sons em loop vão acompanhar a obra do momento em “horas mortas”. “Daí a importância do Fred neste projecto”, explica Pedro Garcia, adiantando que às sextas e sábados a cabine de som dará espaço a um hip hop mais comercial, enquanto que durante a semana Fred Ferreira vai seleccionar alguns artistas que passam pelo seu estúdio, como é o caso de Slow J, para tomarem conta das colunas.

Só há uma coisa que não faz parte da instalação: o menu. “Já seria um bocado Disneyland”, reagiu Pedro Garcia à nossa pergunta um bocadinho estúpida. Aqui há uma carta bem composta de cocktails, com e sem álcool, e que inclui todos os clássicos (do cosmopolitan a 8€ ao mojito a 7€), gins tónicos, espirituosas, vinhos e cerveja (a imperial custa 2€).

Para os mais gulosos há seis smoothies, como o de limonada, o de frutos silvestres e banana ou o de maçã e mangericão. Também tem fome? Se comer uma pizza enquanto olha para um Amadeo de Souza Cardoso num museu é sacrilégio, aqui o cliente não só faz parte parte da própria obra como pode fazê-lo enquanto prova uma das seis pizzas da casa (8€-9€) e a qualquer hora do expediente.

Rua de São Paulo, 130. Ter-Qui 18.00-02.00, Sex e Sáb 18.00-03.00, Dom 18.00-00.00.


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