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O Cemitério do Alto de São João não é só para descansar em paz

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
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A Câmara Municipal de Lisboa continua a fazer visitas guiadas gratuitas pela história e arquitectura dos cemitérios municipais e este sábado convida-o a conhecer melhor o Cemitério do Alto de São João.

Visitar um cemitério em lazer pode parecer um pouco mórbido, mas a verdade é que os cemitérios de Lisboa são muito mais do que um conjunto de últimas moradas. Exemplo disso é este, construído em 1833 para fazer face a um surto de cólera que assolou Lisboa. O cemitério do Alto de São João é, ainda hoje, o maior da cidade.

A visita não vai analisar em pormenor todas as 19 000 sepulturas deste museu ao ar livre com 22 hectares. Seria impossível. Mas propõe explorar a história de jazigos e sepulturas onde descansam figuras de destaque das mais variadas áreas, além das mais diferentes tipologias e estilos arquitectónicos também aqui representados, do neoclassicismo à arquitectura de influência art déco.

Este sábado as temperaturas vão continuar altas, mas a visita começa pela fresca, às 10.00, e vai decorrer com a ajuda da sombra das árvores de grande porte do cemitério, entre ciprestes, eucaliptos, alfarrobeiras ou jacarandás.

Algumas curiosidades:

- Em 1925 entrou em funcionamento o primeiro crematório do país. Foi encerrado em 1936 por falta de adesão católica (numa década aconteceram apenas 22 cremações), mas reabriu em 1985, em parte devido à pressão da comunidade hindu alfacinha.

- Enquanto que no Cemitério dos Prazeres está sepultada a maioria das personalidades liberais, nobres e burgueses endinheirados, ao Cemitério do Alto de São João foram parar sobretudo figuras do movimento republicano, como o almirante Cândido dos Reis (o Almirante Reis), o médico Miguel Bombarda ou o político/jornalista/coronel Elias Garcia.

Inscreva-se aqui.

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