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Sete coisas que não sabe sobre o Palácio da Independência

Escrito por
Maria Ramos Silva
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Aprofunde o conhecimento com a visita guiada que a Caminhando realiza no próximo dia 9 de Novembro às 14.30. Marque já o seu lugar.

Viagem ao século XV
Está situado em pleno largo de São Domingos, no coração de Lisboa, e de tão óbvio quase se torna despercebido ao olho de quem passa pela zona. Mas na verdade, está recheado de história. O enredo sobre o Palácio da Independência começa em 1467, veja bem, ano em que foi fundado por D. Fernando de Almada.

Valor artístico
Partilha algumas afinidades com o Palácio da Vila, em Sintra, ao nível da sua estrutura. Apesar das alterações que sofreu ao longo dos anos, resistem quatro portais e duas chaminés de cones, de raiz quinhentista. As intervenções manuelina e maneirista saltam à vista, enquanto os painéis de azulejos barrocos são um dos motivos de interesse no interior.

Restauração
É também conhecido como Palácio da Restauração, não tivesse sido nesta casa que os conjurados planearam a última reunião antes da Restauração da Independência de Portugal, no dia 1 de Dezembro de 1640, quando a nação despachou o último dos Filipes e aclamou o rei D. João IV. A primeira comemoração pública da Independência a acontecer no edifício data de 1861.

Pós-terramoto

O edifício foi pouco afectado pelo terramoto de 1755, tendo servido para acolher alguns doentes do vizinho Hospital de Todos os Santos. Três anos depois dessa violenta catástrofe natural que se abateu sobre Lisboa, por despacho de El-Rei foi alugado para outros serviços públicos. Aqui funcionou a Casa da Suplicação, o Depósito Público da Côrte e o Depósito Público de Lisboa, para não falar do Senado Municipal, e até do Arquivo Municipal de Lisboa.

Residentes famosos
Nas últimas décadas do século XVIII, o palácio ainda pertence e é habitado por D. Antão de Almada, descendente do fundador, que exercia o cargo de mestre-sala de D. José I. A partir de 1824, os Almadas afastam-se do palácio. De resto, nessa década de 30 tornam-se figuras pouco gratas à governação liberal. A Comissão Geral de Estudos terá ocupado o espaço, e o seu vogal-secretário, o escritor Almeida Garrett, passa a residir no palácio. E embora mais tarde tivesse sido recuperada a propriedade de direito hereditário, nunca mais foi usada como habitação própria principal pela família Almada, passando pelas mãos de sucessivos inquilinos.

Até 1900
Entre 1866 e 1900, o entra e sai de vocações prevalece. O Centro Promotor dos Melhoramentos das Classes Laboriosas tem aqui uma sala, a mesma que serviu de sede ao Clube Militar Naval e na qual o médico Francisco Frederico Hopffer vem a dar um curso sobre higiene popular. De 1890 a 1900, também por aqui funcionou o  Museu Agrícola e Florestal de Lisboa, mais tarde transferido para o Pavilhão da Real Tapada da Ajuda.

Actualidade 
O palácio foi doado ao Estado em 1940, mantendo-se a tradição de ser ocupado por diferentes organismos. Após o 25 de Abril de 1974, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas instalou-se aqui, por exemplo. Em 1983, foi cedido na sua totalidade à Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o que motivou a realização de obras para a instalação de serviços, biblioteca e áreas reservadas a exposição.

Com vontade de saber mais? Inscreva-se em www.caminhando.pt. A visita guiada custa 10€ e passa ainda pela Igreja de São Domingos e pela Casa dos Bicos.

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