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Nossa Senhora do Monte miradouro
©Inês Calado Rosa

10 coisas que enervam qualquer lisboeta

Enervam, menos a quem prevarica.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Já aqui lhe falámos sobre como identificar um verdadeiro lisboeta. Identificando o sujeito, está na hora de saber como evitar enervá-lo - ou não. De buracos no chão ao preço exorbitante das casas, há muito que enerve os alfacinhas. Atente na nossa lista:

miradouro portas do sol
Fotografia: Manuel MansoMiradouro das Portas do Sol

1. Gruas a tapar a vista

“Anda comigo ver as vistas ao miradouro”, diz um incauto cidadão que não põe os pés num miradouro de Lisboa há pelo menos um ano. Sim, vai ver as vistas, o castelo, o Tejo ou a Baixa Pombalina e aprender o jogo do “quantas gruas consegues contar”. Depois sempre pode apurar as suas habilidades no Photoshop a apagar gruas da fotografia. Mas isto somos nós a olhar para o copo meio cheio.

Turista na ribeira das naus
©Arlindo Camacho

2. Turistas que andam no passeio lado a lado e não em fila

Como se já não bastassem as fintas que temos de fazer para andar a velocidade de cruzeiro nos passeios de Lisboa, porque temos sempre muitas coisas para fazer, ainda temos de arriscar a nossa própria integridade física ao ter de pisar o alcatrão ou paralelepípedos das ruas para não separar famílias inteiras de turistas que gostam de se passear, lado a lado, ombro a ombro, mano a mano.

calçada
Fotografia: Manuel Manso

3. Locais a cuspir para o chão

É verdade, ainda acontece. E é daquelas modas que já devia ter passado. Quem não assiste a uma cena destas pelo menos uma vez por semana? “Obrigada por este momento”, pensa ironicamente um lisboeta quando vê outro cidadão a livrar-se despudoradamente da saliva em excesso.

Largo Camões
Time Out Portugal

4. O semáforo do Largo Camões

Não sabemos muito bem como resolver isto, mas o semáforo para peões que liga a Igreja do Loreto ao Largo Camões é um pesadelo a qualquer hora. O espaço de espera é pouco para o acumular de tanta gente que espera pelo ok da luz verde. Só valem a pena os momentos Marilyn de quem ao atravessar é apanhado pelo ventinho quente do respiradouro do metro.

miradouro portas do sol
Fotografia: Manuel Manso

5. O preço das casas

É para o menino e para a menina. Mas os meninos têm de ter um fundo de maneio simpático senão vão viver para os concelhos que circundam Lisboa. Com sorte, porque também vai precisar, consegue um tecto digno para habitar por um preço que não faz corar os não-investidores.

condicionamentos ao trânsito
DR

6. Crateras na estrada

OK, há-de haver muito lisboeta que não se importava de pôr os pés na Lua. Mas não era preciso termos buracos à la cratera Longomontanus.

Alvalade, n' flor florista
© Arlindo Camacho

7. Pessoas que fazem de conta que apanham o cocó do cão

Alerta polícia do cocó: andam de saquinho na mão, mas é só para despistar quem passa. Mas atenção que o modus operandi varia: ou se passeiam ostentando um único saco de plástico vazio ou então usam mesmo um saco cheio, mas não com o cocó do Milu, será de outra coisa qualquer que dá aquele volume.

Calçada Portuguesa
©Helena SoaresAvenida da Liberdade

8. Pedras da calçada fora do sítio

E pisar uma pedra da calçada que faz ricochete directo para o osso do tornozelo? Atenção, somos pela calçada (especialmente pela calçada artística portuguesa), mas bem acondicionada e anti-derrapante (sim, é possível, ver Calçada do Combro).

metro
©Ana Luzia

9. Ser atropelado a sair da carruagem do metro por quem quer entrar

Vamos lá ver se nos entendemos. É preciso haver algum tipo de escoamento antes de se atirar lá para dentro. Vai ver que há tempo para tudo, não precisa de fingir que é um muro intransponível à porta da carruagem que terá de ser contornado, às vezes por dezenas de pessoas que só querem é sair dali.

Eléctrico 24
João Barata/JFC

10. Carros estacionados na linha do eléctrico

Não temos andado muito no 28, safamo-nos mais depressa a pé e sempre nos podemos baldar a uma hora no ginásio. Mas recordamos os bons velhos tempos deste transporte público que serve um bairro complicado em termos de trânsito: a Graça. O que não tem graça nenhuma é ter de esperar por cidadãos que foram “só ali ao talho” ou que demoram “só um minuto, caraças”.

Grande Alface

  • Coisas para fazer

Não é difícil tropeçar em coisas incríveis para fazer em Lisboa. A cidade está cheia de sítios novos para explorar, clássicos onde vale a pena voltar e pequenas pérolas escondidas que, por vezes, nem os alfacinhas de gema conhecem. Juntámos quatro dezenas de ideias e criámos uma lista com sugestões de coisas para fazer na capital portuguesa.

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