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Fotografia: Arlindo Camacho

20 coisas incríveis para fazer em Lisboa (para moradores e turistas)

De restaurantes onde vale a pena marcar mesa a lugares onde dar uso à máquina fotográfica, temos 20 sugestões de sítios para visitar e coisas para fazer em Lisboa.

Raquel Dias da Silva
Editado por
Editores da Time Out Lisboa
Colaborador
Raquel Dias da Silva
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Não é difícil tropeçar em coisas incríveis para fazer em Lisboa. A cidade está cheia de sítios novos para explorar, clássicos a que vale a pena voltar e pequenas pérolas escondidas que, por vezes, nem os alfacinhas conhecem. Por isso mesmo, criámos uma lista com 20 coisas para fazer em Lisboa, para moradores e turistas, entre uma ida a um restaurante com a sua própria lavandaria e uma tour por um cemitério. Depois de fazer check a todas as sugestões, entretenha-se com as coisas para fazer até 5€ e as melhores coisas grátis para fazer semana a semana. Vá, aproveite a cidade.

Recomendado: As melhores coisas para fazer este fim-de-semana

20 coisas incríveis para fazer em Lisboa

Experimentar a melhor comida portuguesa no Time Out Market Lisboa
  • Restaurantes
  • Cais do Sodré

O que é? Um mercado do século XIX que começou por se chamar Mercado da Ribeira Nova e o povo, espantado por ver uma cúpula num mercado hortícola, chamava-lhe Mesquita do Nabo. As bancas com produtos frescos continuam a funcionar numa das alas, mas desde 2014 que se tornou o espelho da revista Time Out Lisboa.

Porquê ir? Tem uma selecção dos melhores restaurantes da cidade (com a presença de chefs como Marlene Vieira, Miguel Castro e Silva e Henrique Sá Pessoa), bares, espaços comerciais e uma sala de espectáculos. É o primeiro mercado do mundo em que tudo (com quatro ou cinco estrelas, nunca menos) é provado e escolhido a dedo por um painel independente de especialistas locais – os jornalistas e críticos da Time Out.

A não perder: Tudo. Se é bom, vai para a revista. Se é excelente, vai para o mercado. Mas, se tivermos mesmo de o mandar ir a um ou a outro, comece pelas manteigarias: a Manteigaria Silva, um ícone do comércio tradicional há mais de 100 anos, onde encontra porco preto vintage (60 meses de cura); e a Manteigaria, com pastéis de nata a sair do forno a toda a hora. 

  • Museus
  • Belém

O que é? Um museu de arte contemporânea em Belém. Parece um raio reflectido no rio e tem sido destino de romaria dos instagrammers alfacinhas desde o início.

Porquê ir? Um projecto da Fundação EDP, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia já está mais do que consagrado nas iniciais MAAT. As suas formas arquitectónicas  estrutura assinada pela britânica Amanda Levete marcaram o ano de 2016 na cidade, justificando frutíferas romarias à zona de Belém, que nunca mais pararam, claro. Como a visita não deve terminar aqui, recomenda-se que consulte as exposições programadas na agenda.

A não perder: A vista a partir do terraço na zona superior do edifício.

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  • Restaurantes
  • Português
  • Santa Maria Maior
  • preço 3 de 4

O que é? Estabelecido há mais de 80 anos por uma dupla germano-galaica, era inicialmente uma cervejaria que servia comida alemã. Três décadas depois, uma nova gestão remodelou o espaço para o aspecto que tem ainda hoje.

Porquê ir? Manual de conduta para comer na barra do Gambrinus: 1) comer sempre um croquete com mostarda da casa; 2) pedir a tulipa Gambrinus, uma cerveja mista muito boa; 3) não ignorar as amêndoas torradas; 4) esperar pacientemente pelas torradas de pão de centeio; 5) trincar um prego ou uma sandes de rosbife com tártaro; 6) assistir à preparação do café de balão – e bebê-lo, claro. Já tem pelo menos seis razões para ir, mas convém também decorar que às segundas é dia de empadão de perdiz, às terças de cozido à portuguesa, às quartas de pá de cordeiro no forno.

A não perder: Os croquetes? O prego? Ou serão os crepes suzette?

  • Coisas para fazer
  • Mercados e feiras
  • São Vicente 

O que é? O equivalente lisboeta ao madrileno El Rastro ou ao Portobello Market, em Londres. A Feira da Ladra nasceu no século XIII e andou de um lado para o outro na cidade, até fixar-se no Campo de Santa Clara em 1882.

Porquê ir? “Ó linda, venha ver que estão baratas” ou “disto não arranja em mais lado nenhum” são algumas das coisas que certamente vai ouvir quando passear pela Feira da Ladra. Aqui vende-se de tudo – velharias, objectos em segunda mão, roupa vintage e artesanato. Mas nem só de compras vive a Feira da Ladra: há murais de grandes artistas, vistas privilegiadas sobre o Tejo e o Panteão Nacional.

A não perder: Ponha o despertador para bem cedo e, à terça ou ao sábado, negoceie achadões no Campo de Santa Clara.

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  • Compras
  • Princípe Real

O que é? Uma marca de beleza portuguesa, conhecida pelo famoso Creme de Rosto, cuja fórmula se mantém desde 1925, agora sem parabenos. 

Porquê ir? As três lojas em Lisboa, primeiro na Rua dos Bacalhoeiros e depois no Príncipe Real e na Lx Factory, seguem à risca a tradição quase centenária naquilo a que gostam de chamar “cozinha de beleza”. Essa tradição, que nasceu em 1925, ainda é o que era, mas está de cara lavada desde 2016, ano em que fizeram renascer a marca com uma nova imagem. As lojas são dos sítios mais instagramáveis da cidade pela arrumação impecável, pelas cores e pelo packaging de cada gama da marca. 

A não perder: A família Benamôr foi crescendo ao longo dos anos. Uma das mais populares é a gama Nata, inspirada na pastelaria portuguesa e nos doces tradicionais, com extracto de ovo e canela. A linha é composta pelo creme de mãos, de corpo e bálsamo de lábios.

  • Compras
  • Chiado

O que é? A Bertrand é considerada a rede livreira mais antiga de Portugal e a livraria mais antiga do mundo, sendo que em 2018 integrou o programa municipal Lojas com História. Tem livraria e um café catita para passar tardes de volta da leitura. 

Porquê ir? Claro que pode encontrar uma loja da cadeia livreira em vários centros comerciais, mas nada se compara a entrar na do Chiado, considerada a livraria mais antiga do mundo pelo livro de recordes do Guinness e fundada em 1732 – só isto já é razão suficiente para pôr os pés nesta morada. Além da literatura local, oferece uma selecção razoável de romances ingleses, bem como guias e revistas estrangeiras, daquelas difíceis de encontrar noutras paragens. 

A não perder: Há uns anos, a livraria ganhou uma sala-café com petiscos dos autores que estão nas prateleiras e vinhos nacionais.

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  • Restaurantes
  • Português
  • Castelo de São Jorge
  • preço 2 de 4

O que é? Uma abordagem punk à cozinha tradicional portuguesa.

Porquê ir? O Velho Eurico já não é o modelo da taberna moderna em voga em 2010. Manda aqui o receituário regional, sem intromissões autorais e sem importações com sotaque castelhano. Menu coerente, aparentemente com algumas mudanças de ocasião, de acordo com a época e o produto. Bom ambiente, serviço expedito e conhecedor, má ventilação, carta de vinhos curta e fraca. Tudo como se quer numa taberna.

A não perder: A experiência completa, do início ao fim. É perder a noção do tempo enquanto os pratos chegam à mesa. 

  • Arte
  • Arte urbana

O que é? Nos últimos anos, Lisboa tornou-se uma das capitais mundiais da arte urbana.

Porquê ir? Vhils, Shepard Fairey, Bordalo II, Aka Corleone, ±MaisMenos±, Tamara Alves ou Mário Belém são alguns dos nomes mais sonantes neste roteiro de arte urbana em Lisboa. A eles juntam-se artistas de todo o mundo, que escolhem Lisboa para servir de tela aos mais variados estilos e mensagens. Se por um lado Lisboa está em guerra com taggers com pouco talento para a coisa – e que fazem questão de espalhar assinaturas por tudo quanto é sítio –, por outro a cidade é cada vez mais um museu a céu aberto de belíssimas obras de arte urbana. Embarque num passeio alternativo pela cidade.

A não perder: Famoso pelo cartazes que desenhou para a campanha de Barack Obama, em 2008, Shepard Fairey juntou-se a Vhils para produzir um mural com o rosto de uma mulher em grande escala, na Graça. Combina o estilo de ambos e fica na Rua da Senhora da Glória. Já dentro de portas, vale a pena visitar a Underdogs. Nascida em 2010 num armazém colossal no Braço de Prata, esta galeria é casa (ainda que temporária) para alguns dos mais mediáticos artistas urbanos da actualidade. A Art Store, a irmã nascida em 2014 no Cais do Sodré, está também em Marvila, onde nasceu o espaço Capsule, para exposições de artistas emergentes.

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  • 4/5 estrelas
  • Bares
  • Cervejaria artesanal
  • Marvila
  • Recomendado

O que é? Uma fábrica e um bar de torneiras abertas, onde se juntam cerveja artesanal, concertos e bons petiscos.

Porquê ir? A Musa, cervejeira artesanal, abriu em Marvila o seu primeiro pouso ao público em 2017. E continua a estar-se muito bem no bar-terraço, sobretudo quando a luz de Lisboa está no seu auge. É perfeito para um final de tarde entre amigos ou o começo de uma noite bem regada (a álcool e a música).

A não perder: As noites de karaoke mágico aka karaoke com auto-tune (porque ninguém quer passar uma noite a ouvir pessoas desafinar). Para saber quando é a próxima, basta estar atento à página de Instagram da Musa de Marvila.

  • Bares
  • Chiado/Cais do Sodré

O que é? O parque de estacionamento mais famoso da cidade, principalmente por causa do sexto piso, onde metade de Lisboa se costuma estacionar. Estamos a falar, claro, do terraço com melhor vista.

Porquê ir? Este rooftop bar tem cocktails, petiscos e DJs que costumam animar os finais de tarde dos alfacinhas e dos turistas que visitam o Park todos os dias. Fica na Calçada do Combro e, mesmo no Inverno, com mantinhas, aquecedores e uma esplanada coberta, é uma boa opção para beber um copo ao fim do dia. A oferta musical também está cada vez mais composta.

A não perder: A vista sobre o Tejo e a Ponte 25 de Abril é deslumbrante. 

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  • Compras
  • Santa Maria Maior

O que é? Uma pequena loja histórica, inaugurada em 1930, com uma colorida panóplia de latas de conservas: sardinhas, atum, anchovas e pasta de peixe.

Porquê ir? A par do Elevador da Bica, da vista do Castelo de São Jorge e da Ponte 25 de Abril, é bem capaz de ser dos cenários mais fotografados por turistas. Talvez seja aquela perfeição das prateleiras de madeira com as latas coloridas todas alinhadas, talvez seja a perícia com que embalam as latas em papel pardo e atam com cordel, talvez porque quem lá entra aprende que aqui a matéria é toda 100% nacional e escolhida a dedo.

A não perder: Há três marcas da casa – Tricana, Prata do Mar e Minor – cada qual com a sua especificidade, que merecem ser conhecidas por todos os que se intitulam lisboetas.

  • Atracções
  • Alcântara

O que é? Mercados, exposições, lojas, cafés, concertos, festas. Há todo um mundo para descobrir nesta fábrica cosmopolita que alterou por completo a paisagem de Alcântara a partir de 2008, quando este complexo saído de 1846 reabriu portas.

Porquê ir? Aqui pode cortar o cabelo, procurar pranchas de surf ou até dormir. É uma cidade de consumo dentro da cidade. Mas nada é deixado ao acaso neste complexo industrial tornado bairro trendy: os sítios para ler, vestir, decorar, comer, beber ou dançar são escolhidos a dedo e vão fazê-lo perder (algum) amor à carteira.

A não perder: O mercado semanal. Reserve parte do domingo.

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Provar os melhores hambúrgueres de Lisboa (e dónutes) no Ground Burger
  • Restaurantes
  • Hambúrgueres
  • São Sebastião

O que é? A melhor hamburgueria de Lisboa. Quando os alfacinhas achavam que estava tudo visto nesta matéria, apareceu o Ground Burger e deu uma lição a toda a gente.

Porquê ir? O que se passa no laboratório do restaurante, à vista dos clientes, é pura magia: 150 gramas de carne Black Angus, dentro de um pão de brioche feito ali mesmo, tostadinho por dentro, combinado com ingredientes de qualidade e acompanhado de onion rings. Qualquer um da ementa é bom, e casa bem tanto com os milkshakes XL como com as cervejas artesanais. Não deixe de provar os Crush Doughnuts, os dónutes artesanais que entretanto ganharam espaço próprio – mas que continuam disponíveis neste restaurante. 

A não perder: Obrigatório provar o Ground Burger, com cheddar, alface, tomate, cebola roxa e molho GB.

  • Noite
  • São Vicente 

O que é? A discoteca mais famosa da cidade — e do país, para dizer a verdade. Abriu portas a 29 de Setembro de 1998, penúltimo dia da Expo 98.

Porquê ir? Em 2014, The Guardian distinguiu-o como uma das melhores 25 discotecas da Europa, algo que já estávamos fartos de saber. Tem duas pistas de dança e um terraço com vista rio, onde DJs residentes e artistas de renome internacional fazem suar os convivas, num ambiente hip e mui fotogénico. Mais na moda impossível. Mesmo mais de 20 anos depois.

A não perder: Ver o nascer do sol da varanda do Lux é um passatempo obrigatório de qualquer lisboeta ou visitante.

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  • Museus
  • São Sebastião

O que é? Um dos mais completos museus da Europa, com peças de arte que remontam ao ano 2000 a.C. O acervo vai até ao início do século XX.

Porquê ir? Estão aqui aproximadamente seis mil peças, mas só pouco mais de mil estão expostas ao público em permanência. O Museu Calouste Gulbenkian, cujas portas abriram em 1969, é um espaço museológico da fundação com o mesmo nome e é formado por dois circuitos independentes: um dedicado à arte oriental e clássica e outro dedicado à arte europeia. Há também exposições temporárias com peças que chegam de todo o mundo.

A não perder: Além do périplo pelas exposições, guarde tempo suficiente para passear pelo jardim envolvente. É de tirar o fôlego.

  • Noite
  • Bares abertos de madrugada
  • Avenida da Liberdade

O que é? Recria o ambiente secreto dos speakeasies, os bares clandestinos surgidos em inícios do século XX, durante a Lei Seca, nos EUA.

Porquê ir? Na lista dos 100 melhores bares do mundo, o Red Frog, na Rua do Salitre, numa porta identificada com um sapo vermelho onde era preciso tocar à campainha para entrar, estava fechado desde Março de 2020, quando começou a pandemia. Na Primavera de 2021 reabriu dentro do outro bar do grupo, o Monkey Mash, num espaço bem mais pequeno e exclusivo, mas com o mesmo espírito e decoração de speakeasy. Convém reservar mesa.

A não perder: É impossível recomendar um cocktail, uma vez que a lista está em constante mudança.

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  • Atracções
  • Campo de Ourique

O que é? O grande cemitério da parte ocidental de Lisboa. Destino final do eléctrico 28 e dos aristocratas da cidade, de artistas e de obras arquitectónicas de renomada assinatura.

Porquê ir? Constituído quase exclusivamente por jazigos particulares, foi construído no período romântico, em 1833, por ocasião da epidemia de cólera morbus. Na Capela dos Prazeres encontra a antiga sala de autópsias e, desde 2001, o Núcleo Museológico. Alberga monumentos e criações de anónimos e de arquitectos da vanguarda oitocentista.

A não perder: A visita guiada pela última morada de uma série de personalidades.

  • Noite
  • Cais do Sodré

O que é? A caixinha de música da rua cor-de-rosa tem uma das mais generosas programações de concertos e estica-se noite dentro. Não vamos utilizar aqui a expressão “ecléctico” para definir a oferta do Musicbox porque estamos a guardar essa expressão para quando alguém que conhecemos mal quiser falar de música – “gosto de tudo, sou muito ecléctico”.

Porquê ir? A discoteca inaugurada em 2006 e que é epicentro do trabalho da empresa cultural CTL – Cultural Trend Lisbon tem música todos os dias da semana, excepto ao domingo. Quando grande parte dos bares do Cais do Sodré fecham portas, perto das quatro, a noite aqui ainda está longe de morrer – e prolonga-se até às seis.

A não perder: As residências que vão surgindo por lá e são anunciadas no Facebook do espaço. 

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  • Atracções
  • Chiado

O que é? Um dos mais belos locais de culto da cidade, mandado edificar no final do século XVI. Foi a primeira igreja em Portugal da Companhia de Jesus, ligação que se manteve durante dois séculos; e foi uma das primeiras igrejas jesuítas em todo o mundo.

Porquê ir? Os estilos maneirista e barroco dominam a Igreja de São Roque, um dos raros edifícios em Lisboa a sobreviver ao Terramoto de 1755, quase sem sofrer um arranhão. De tal forma que tanto a igreja como a residência auxiliar foram cedidas à Santa Casa da Misericórdia, para substituir os seus edifícios e igreja destruídos no sismo. O vínculo mantém-se até hoje, com a igreja a centralizar as atenções de turistas e não só.

A não perder: Além da visita ao espaço e das fotografias que vai querer tirar à sumptuosa decoração, conte com eventos pontuais, nomeadamente concertos.

  • Atracções
  • Parque das Nações

O que é? Um aquário gigante com milhões de litros de água salgada e uma série de inquilinos para conhecer com entusiasmo, entre águas temperadas, tropicais e frias.

Porquê ir? Num país com uma extensão de costa destas, e com uma tradição marítima que se perde nos tempos, era praticamente criminoso imaginar que o peixe só tem lugar no prato. Vai daí, em 1998 (é verdade, já foi em 1998) a exposição universal que aconteceu em Lisboa, no actual Parque das Nações, encontrou neste edifício um dos seus pontos altos.

A não perder: Para além da recomendável romaria à exposição permanente, conte com mostras temporárias, actividades múltiplas (que tal dormir com os tubarões?) e com um vaivém Oceanário que faz acções fora de Lisboa.

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