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Guelra
Francisco Romão Pereira A sala interior

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

É difícil acompanhar o ritmo da cidade? Damos-lhe uma ajuda e indicamos-lhe os novos restaurantes em Lisboa (e aqui ao lado) que não vai querer perder.

Cláudia Lima Carvalho
Teresa David
Editado por
Cláudia Lima Carvalho
e
Teresa David
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As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque já uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje.

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Os melhores novos restaurantes em Lisboa

  • Restaurantes
  • Belém

No princípio era o balcão e a comida tradicional, depois veio o arrojo e a vontade de fazer diferente. Com a lição estudada e o caminho feito n’O Frade, Sérgio Frade abriu o Guelra. Não fica muito longe do primeiro restaurante, mas este é mesmo no epicentro turístico de Belém. Com esplanada e sala no piso superior, o balcão volta a ser o foco da acção (e atenção), em tons de azul do mar, de onde vem, aliás, a matéria-prima, como Manuel Barreto ao leme. Na carta, só peixe e marisco, embora não da forma que se espera. Apesar de o espaço ser grande, com capacidade para cerca de 80 pessoas, divididas pelas três zonas, o menu não é muito grande, pelo menos por agora. Num balcão que permite também apostar nos cocktails, não faltam as ostras, ao natural ou à algarvia (3,50€-4€), mas depois há uma tostada de camarão, com romesco e ponzu (5€). A moreia, que Sérgio menciona, é aqui servida frita (12€), quase como se de chips se tratasse. Nos pratos para partilhar, o atum rabilho tanto é servido num tártaro (18€) como numa versão do mar da sandes japonesa katsu sando, com sriracha e coleslaw e o pão frito em manteiga (18€). “E houve ainda uma ideia que é um bocado disruptiva, e que está a funcionar muito bem, de ter pratos principais que não estão propriamente na carta”, adianta Sérgio.

  • Restaurantes
  • Belém

Ir às mesas falar com as pessoas nunca foi das coisas que mais gostou de fazer. Apesar de todo o reconhecimento, João Rodrigues sempre passou mais tempo dentro da cozinha. Quem o vê hoje atrás do balcão do Canalha, restaurante que acaba de abrir na Rua da Junqueira, em amena cavaqueira com quem ali se senta, não suspeitaria. O chef está feliz, sem grandes peneiras, dramas ou conceitos, como faz questão de dizer uma e outra vez. A música, numa playlist ecléctica em português, compõe o ambiente, agitado q.b. O serviço é rápido, mas sem pressas. “Queria ter um espaço destes em Lisboa. É um restaurante para as pessoas estarem bem, divertidas”, conta o chef que deixou o estrela Michelin do Altis Belém em 2022, depois de 13 anos. À entrada, fica a montra com carne, peixe e marisco para ser feito a gosto. Mas há muito mais para pedir, de entradas mais simples como pastéis de bacalhau (3,20€/duas unidades), a um raspado de presa de vaca Simental Alex Castani (16,10€) – os produtores vêm assinalados na carta. Há molejas de borrego alentejano grelhadas (9,20€) ou uma tortilha aberta de camarão e cebola (17,90€). De destacar ainda um prato já clássico de João Rodrigues, a lula de torneira grelhada e manteiga de ovelha (25€).

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  • Restaurantes
  • Chiado/Cais do Sodré

Há dez anos, Melyssa Griffin estava a trabalhar como professora de inglês em Tóquio, no Japão, ainda longe de imaginar que à boleia de uma viagem de carro por Portugal se apaixonaria por outro país e mudaria toda a sua vida mais uma vez. Parando para reflectir como veio aqui parar – aqui é o Fable, o café-livraria que abriu no Príncipe Real, com dois pisos e um pátio pet-friendly –, diria que as grandes motivações foram a vontade de escapar aos horrores do ensino e a descoberta do online. De repente, estaria de volta à Califórnia, de onde é natural, e a iniciar o caminho de desenvolvimento pessoal que a levariam a abrir um espaço para cultivar o amor-próprio e o sentido de comunidade. À entrada, o rés-do-chão destaca-se pelo mural de dançarinas nuas, uma estante onde convive uma selecção de livros e outra de vinhos naturais portugueses, e a cozinha onde o menu salta das páginas para as mesas. Criada com a consultoria da chef Céline Wilding, a ementa privilegia ingredientes naturais e maioritariamente orgânicos, razão porque há muitas opções vegan ou vegetarianas, sem glúten, sem açúcares refinados e sem lactose.

  • Restaurantes
  • Grande Lisboa

Vincent Farges tem uma estrela Michelin no Chiado, mas na Aroeira, na Charneca da Caparica, não quer usar o nome para chamar clientela, até porque a cozinha que aqui se faz, apesar de toda a exigência, está longe da realidade do Epur. “Eu quero tirar a etiqueta que está colada a mim, que diz que o chef é só estrelas Michelin, é inacessível, só sabe fazer a grande cozinha. Não, eu sou cozinheiro, sei cozinhar. Aqui o objectivo é oferecer uma comida generosa, saborosa, aberta a todos.” Na capital, seria até difícil conseguir um espaço como este, uma bonita casa a cinco minutos da praia, com uma esplanada tão grande como a sala interior; tem ainda um bar com grill, um jardim, uma horta e uma zona para um outro lounge. Dividido entre petiscos para partilhar, entradas, pratos principais e sobremesas, o menu combina pratos tão distintos como um creme de castanhas com faisão e foie gras (18€) ou um peixe dos Açores com kefir e óleo de coentros (17,50€) para iniciar a refeição, até uma marmita de peixes com bivalves, molho de vinho branco e combava (26€), um lombo de novilho com cogumelos e molho com vinho da Madeira (29,50€), e conchiglioni com crustáceos e molho de lavagante (28€) para continuar. Há ainda o hambúrguer La Villa (17,50€), que também se tem vindo a distinguir. 

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  • Restaurantes
  • Chiado

Com provas dadas no país vizinho, o Ponja Nikkei, no Montebelo Vista Alegre – Chiado Hotel, conta a história da fusão japonesa e peruana que deu origem à cozinha nikkei. No menu do não falta, claro, o ceviche, como o clássico (22€) de corvina marinada em leite de tigre, batata-doce, cebola roxa, choclo (um tipo de milho peruano), canchita (pipocas de milho), e óleo de coentros, assim como outros pratos típicos desta gastronomia. Tudo isto é preparado pela chef argentina Anahi Solange Diaz, também à frente do restaurante em Madrid. Para beber, o pisco é, claro, a estrela da companhia.

  • Restaurantes
  • Princípe Real

Não é novidade para ninguém que a pandemia foi um momento transformador para (quase) todos. Na restauração, então, transformador é adjetivo que não chega para descrever tudo o que aconteceu. Ainda assim, nasceram daí projetos que têm mexido com a cidade, como é o caso deste Boubou’s Sandwich Club, que ocupou o lugar do Sujamãos, no Príncipe Real. O nome não esconde o que é: uma casa de sandes pensada por Louise Bourrat, do Boubou’s. Se no restaurante, apenas umas portas abaixo do outro lado da rua, Louise aposta num conceito de fine dining, no Boubou’s Sandwich Club tudo é mais descontraído. A carta é simples, não tem nada que enganar. Há meia dúzia de sandes, bem diferentes entre si, e que poderão mudar, conforme a criatividade da cozinha e a sazonalidade dos ingredientes. E já há algumas que se destacam, como acontece com o lamb durum (10€), a lembrar o kebab do it yourself que a chef já teve no seu restaurante. Há ainda uma sandes de língua, com queijo São Jorge e sauerkraut (16€), outra de sardinha, com pimentos, burrata e pesto (11€), um octo dog (13€), que é uma espécie de cachorro quente de polvo com harissa aioli, e uma crispy tofu sando (8,50€).

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  • Restaurantes
  • São Vicente 

Depois da fábrica em Campolide e dos quiosques nos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, os argentinos Carolina Cifuentes e Gaston Costa levam as suas empanadas – uma receita com herança portuguesa – para a rua. As empanadas Mbq, uma sigla que se traduz em mi Buenos Aires querido, chegam agora à Graça para uma experiência argentina mais completa. De momento há opções de empanadas como a caprese, com mozzarella e tomate ou a tradicional empanada argentina, também com carne (2,5€ a unidade; 10€ um pack de cinco). 

  • Restaurantes

O Bossa é um restaurante que parte do Brasil, mas que tem pratos de vários sítios do mundo. Está aberto o dia inteiro, de manhã à noite, e também se destaca pelo brunch (já para não falar da feijoada ao domingo, servida até às 18.00 e com dedo de Viviane Leote, a proprietária). Este é, aliás, o mais recente projecto da empresária brasileira que vive em Cascais desde 2001, e que gere outros espaços de restauração, como a Confraria.

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  • Restaurantes
  • Lumiar

rua Professor João Barreira, em Telheiras, também apelidada "rua dos cafés", pelas suas inúmeras esplanadas, é agora paragem para mais do que bicas e cervejas à pressão. Com a chegada da Gleba, em Dezembro, a zona ganhou uma padaria de fermentação lenta. Um ano depois, a loja ganhou um espaço (com esplanada e tudo) onde se pode também estar do pequeno-almoço, ao brunch, ao almoço e ao lanche, fruto da parceria com a cafetaria Milkees, já com provas dadas na Gleba de Cascais. Não existe um menu fixo, é o cliente que escolhe à carta entre opções tradicionais de pequeno-almoço, como croissants (1,80€-4€, dependendo do recheio), torradas (3€) e iogurte com granola da casa e fruta (4,9€); ou iguarias mais pesadas, entre elas sandes e tostas gulosas. 

  • Restaurantes
  • Cais do Sodré

Nas paredes mantêm-se as pinturas eróticas de Diogo Muñoz inspiradas em Made in Heaven, a série de fotografias e esculturas de Jeff Koon com a actriz porno Cicciolina. Tudo o resto mudou, incluindo, nome e conceito. No lugar do Museu Erótico de Lisboa – MEL, nasceu o Paraíso, um bar apostado em cocktails de autor e, sem que nada faça adivinhar, um sushi bar com apenas oito lugares. O espaço é pequeno. Não há ruído, apenas o chef japonês Kousuke Saito concentrado no seu serviço. A carta anuncia-se na parede e não tem muito que saber. São dois os menus, o maior com 17 momentos (98€) e o mais curto com 12 (68€). O produto é local, a técnica é tradicional, o estilo é edomae. Do outro lado da cortina, o bar foca-se nos cocktails gastronómicos. O Mr. Kong (14€) é feito com whisky Nikka from the barrel, cereja, chocolate, pão e sal; o Appletini (10€) leva gin Martin Miller, maçã e lima. Dois exemplos de uma carta em constante evolução.

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  • Restaurantes
  • Santa Maria Maior

O Convent Square, o quarto hotel em Lisboa do grupo PHC, junto à praça do Rossio, é um antigo convento dominicano do século XIII, o Convento de São Domingos. No Capítulo, o restaurante, ainda encontramos colunas, azulejos e túmulos desses tempos. A riqueza histórica é motivo suficiente para visitar o restaurante, mas a comida também vale a pena. Para mostrar aos visitantes aquilo que de melhor se faz à mesa, o chef Vítor Sobral foi desafiado a pensar numa carta para ali, como já tinha feito também no Hotel Mundial, unidade do mesmo grupo. Nas entradas encontramos opções como o atum salteado com molho de soja e limão (16€) ou uma surpreendente salada de trigo, passas, tâmaras, queijo e espinafres (13€). O arroz do mar, com lula, camarão, berbigão e peixe do dia (33€) ajuda a confortar o estômago, assim como o escabeche de frango com batatas salteadas e legumes assados (24€). Nas sobremesas não podia faltar o tradicional pudim Abade de Priscos, com ananás caramelizado e hortelã (8€). 

  • Noite
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Chegados ao número 14 da movimentada rua Castilho, na Avenida, somos obrigados a confirmar a morada uma e outra vez. Do lado de fora, nada nos leva a crer que o último andar do edifício – o mesmo da embaixada da Dinamarca – esconde um rooftop animado, que é também restaurante e bar. A entrada é monocromática, a sinalética discreta, e contrasta com o que nos espera lá em cima – uma decoração ao jeito tropical, com o verde das palmeiras a sobressair, e uma panorâmica como há poucas. Nas entradas há pratos como cogumelos assados com gema de ovo, guanciale e salada de ervas (15€) ou um ceviche de peixe branco, com cebola roxa, malagueta e puré de batata-doce (14€). Nos pratos principais encontram-se várias opções, entre elas o peixe do dia (no nosso caso robalo), grelhado no carvão e servido com um molho de ervas e limão (28€) ou o lombo maturado por 45 dias (26€), grelhado a carvão. O bar tem um papel de destaque e, todos os dias, a partir das 21.00, há um DJ a animar a casa.

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  • Restaurantes
  • Avenida da Liberdade

À entrada, ficamos a saber mais tarde, é Miss Frou Frou quem nos recebe e encaminha para a mais recente aposta do grupo Amorim Luxury: um restaurante escondido dentro de um restaurante, uma espécie de speakeasy que não quer ser um segredo. O Frou Frou não é um clube secreto, mas é neles que se inspira. Para aqui chegar, é preciso, primeiro, atravessar a sala principal do JNcQUOI Ásia, quase sempre agitada. Ao fundo, em frente ao bar, uma porta ostentosa, dourada e pesada. Uma vez aberta, o ambiente muda. Há música tradicional chinesa a ser tocada ao vivo, há DJ e a actuação de Miss Frou Frou – é a drag queen a estrela da noite. Nas entradas, começa a destacar-se a tosta de camarão tigre e sésamo (29€), mas são os dumplings fritos de camarão, frango e wasabi (17€) que já estão entre os mais pedidos. Há uma secção de sopas, pratos de peixe e marisco, onde se encontra o rascasso a vapor ao estilo Sichuan (48€), e carnes, com destaque para o pato à Pequim (140€). 

  • Restaurantes
  • Santos

Na Bica, em Alfama ou no Chiado, há uma linha comum a todos os Dear Breakfast: os tons brancos, a decoração minimalista. É por isso surpreendente que a nova morada da casa de brunch, em Santos, siga outro caminho, ainda assim minimal. Fica na Calçada Marquês de Abrantes, onde antes ficou o Chérie Paloma, dos mesmos donos. O menu é o habitual, dos ovos benedict (11€) à tosta de abacate (10,50€), mas há novidades como o bagel de salmão (8,50€), a tartine de queijo cabra e noz (9€) ou o croque do norte (11€), que é na verdade uma torrada com molho rarebit feito com cheddar e cerveja, pedaços de bacon, tomate cherry cozinhado lentamente e ovo estrelado. Os fãs do Dear Breakfast saberão, na carta continua o menu pequeno-almoço (14,50€), composto por croissant ou um pain au chocolat, granola, ovos, chá ou café e um sumo ou um smoothie, e o menu brunch (20€), que no lugar dos ovos permite escolher um prato, e nas bebidas dá direito a um cocktail ou sumo de laranja com refill incluído). Nas panquecas, além das doces (8,50€) há as savoury (11€) com bacon crocante, noz pecan, mascarpone e maple batido.

Mais novidades gastronómicas

  • Restaurantes

As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque já uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje.

  • Noite

As novidades na noite lisboeta são das mais diversas espécies e multiplicam-se de tal forma que é quase impossível chegar a todas. Mas a verdade é que nós bem tentamos. Entre novas esplanadas, terraços, rooftops, ou espaços preparados para as noites mais frias, há nesta lista opções para os apreciadores de cerveja, para os enófilos e até para os que não dispensam um bom cocktail. É só conferir os novos bares que abriram em Lisboa nos últimos meses, escolher o veneno favorito e proceder ao levantamento (moderado) do copo. 

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