1743 Palácio Fonte Nova
Francisco Romão Pereira / Time Out
Francisco Romão Pereira / Time Out

As melhores esplanadas em Lisboa

Discretas, com música ao vivo ou perfeitas para crianças, nas melhores esplanadas de Lisboa há lugar para toda a gente.

Cláudia Lima Carvalho
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Numa cidade que se faz maioritariamente de sol, é normal que não faltem esplanadas. Olhemos à volta e apreciemos a quantidade de lugares sentados ao ar livre onde podemos beber um copo ou petiscar. Ainda assim, apontamos-lhe as melhores esplanadas em Lisboa para os dias de calor – ou até para os dias mais frios, afinal não há quiosque, restaurante ou bar que não se saiba precaver. Mais escondidas ou com mais animação, para refeições completas em família ou uns copos depois do trabalho, é nestas esplanadas que gostamos de estar.

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As melhores esplanadas em Lisboa

  • Chiado

Abriu em Londres e tornou-se um pequeno fenómeno em menos de nada. Em Lisboa, abriu em 2022 na Rua Nova da Trindade, no Chiado, agora também conhecida como Rua Azul. Fechada ao trânsito, são as esplanadas em dias soalheiros que lhe dão vida – ainda que nem sempre alinhadas com os restaurantes. No Gunpowder, foge-se aos clichés do que se pensa sobre cozinha indiana. A carta divide-se entre pequenos pratos e pratos para partilhar, apesar de tudo poder ser partilhado, obviamente. A mais recente novidade é a aposta nos finais de tarde com uma happy hour de ostras e espumantes, fins-de-semana incluídos. De terça-feira a domingo, entre as 18.00 e as 19.00, as ostras da Ria Formosa têm o preço de 2€ e podem ser pedidas de três formas: com vinagrete de cebola, tomate e malagueta; com caril de coco e chalotas; e ao natural. Para acompanhar, o copo de espumante da casa, um Bairrada feito com bical, arinto e cercial, custa 5€ – também é possível pedir um vinho branco monocasta sauvignon blanc alentejano, o Astronauta.

  • Belém

Com 500 lugares, divididos entre o espaço interior e a esplanada, a ZeroZero que abriu em Belém é resultado de um investimento de quatro milhões de euros do grupo Plateform. Em frente ao rio, no antigo Espaço Espelho d’Água, ao lado do Museu de Arte Popular, é a quarta ZeroZero, depois do Príncipe Real, do Parque das Nações e do Time Out Market. Às pizzas, pastas e charcutaria, junta-se ainda uma gelataria na esplanada. Em tons brancos, rodeado de espelhos de água (daí o nome), o edifício de traços modernistas é bem conhecido. Projectado por Manuel Lino, foi construído em 1940 para a Exposição do Mundo Português com o intuito de servir como cafetaria e restaurante para o evento. São várias as suas histórias e épocas houve em que o Espelho d’Água se tornou numa paragem em Lisboa. Nos últimos anos, contudo, foi perdendo algum do seu fulgor, ainda que mantivesse uma agenda cultural constante, abrigando também residências artísticas. Mas é nova a vida que se sente agora. Fazendo até uso da localização, é possível também ir à ZeroZero para comer apenas um gelado ou até um crepe com gelado na esplanada, que ganhou mais espaço com a Plateform e onde está instalada a gelataria.

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  • Oeiras

Aberto há um ano em pleno Jardim de Paço de Arcos com o mar à vista (e ali bem pertinho), o Madrasta é uma espécie de casa de férias do grupo Non Basta – uma casa de férias que convida a estar sem pressas. Além das suas salas interiores, uma das quais com vista para o jardim que permite aos pais relaxarem enquanto as crianças podem brincar à vontade no parque infantil, há duas zonas de esplanada. A maior fica logo ali no piso térreo, mas há ainda um rooftop perfeito para se beber um cocktail ao pôr do sol. Na hora de comer, é difícil que o menu não agrade: há pratos de massa, feitos com a pasta fresca que já circula nas restantes cozinhas do grupo, e pizzas, com o dedo de Luiz André Alvim, da Bike Bakery, na Bica. Resultam de um processo de fermentação lenta que a deixa volumosa e arejada, mas ainda assim crocante.

São os hambúrgueres do momento e prova disso é o crescimento rápido que o street tem tido. Do pequeno espaço em Campo de Ourique, a marca ganhou mais três moradas: Cais do Sodré, Saldanha e Carcavelos. É nesta última também que a marca ganhou uma esplanada na animada Praça do Junqueiro. A ideia de pegar e andar, sem se demorar, é um pouco diferente em Carcavelos, já que o espaço é maior (tem 28 lugares). A especialidade, essa, mantém-se. É uma, é única e trata-se do smash burger que, como o nome indica, é um hambúrguer esmagado na chapa. E só há uma opção de menu: três ou quatro rodelas de picles de pepino, mais um picado de cebola só para dar crocância, duas fatias de queijo, ketchup e está feito.

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  • Belém

Na Doca de Belém, na mais antiga associação náutica da Península Ibérica, abriu o Bonança, imponente e bonito, depois de um grande investimento de diferentes sócios, nem todos ligados à restauração, que viram ali a oportunidade de criar um “espaço de alegria” e de “trazer mais vida à beira-rio”. O majestoso mural que abraça a sala, pintado em 1940 e que retrata o cortejo da embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X em 1514, agora recuperado, serve de mote. É a viagem de Vasco da Gama à Índia que é celebrada na cozinha, embora de forma subtil. À noite, aos fins-de-semana, há ainda espaço para dançar. Pode comer-se logo ali, mas há mais mesas no piso em cima, sem que se perca a vista para o mural – o pé direito tem cerca de dez metros e ao todo há 150 lugares – contando com a esplanada virada o rio e para a Doca de Belém. Na cozinha, o peixe e o marisco estão na base de tudo, com algumas influências do mundo. Veja-se a barriga de atum rabilho com ponzu e wasabi ou o carpacio de camarão vermelho com ovas de truta e vinagrete de yuzu kosho, mas são os arrozes como o de carabineiro com limão e harissa que são a grande aposta. 

  • Oeiras

A entrada não é muito vistosa, mas o verde sobressai. A esplanada funde-se com o ambiente em volta e, apesar de haver guarda-sóis, as grandes árvores fazem sombra para algumas mesas. É o Jardim Municipal de Oeiras que serve de pano de fundo ao Hemisfério. O restaurante é só um, mas são vários os lugares que o fazem. De um lado, as mesas e os bancos embutidos em pedra rodeiam o bar, do outro, ladeiam o caminho em direcção a um solário onde se encontra a sala do restaurante e a cozinha. Tal como o espaço, a carta também se divide, sendo o brunch a grande aposta. Durante o dia, são os ovos mexidos, as saladas e as bowls que nos chegam à mesa, à noite são os espresso martinis, os negronis e os mojitos. O Hemisfério é daqueles lugares em que não precisa de grande pressa para sair. Se quiser, pode ficar do meio-dia à meia-noite.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

O Largo do Rato pode não ser um dos recantos mais bonitos de Lisboa – e o trânsito não ajuda, obviamente –, mas a esplanada do Alba Bistro é capaz de o fazer mudar de ideias. É tranquila e soalheira. Foi, aliás, a esplanada uma das grandes motivações para o russo Denis Nikiforov ter decidido montar aqui o seu café de brunch a toda a hora e sem menu fechado. Para comer, as omeletes são as estrelas da casa; para beber, a especialidade é a matcha. Na cozinha, está o chef ucraniano Stas Melnyk que vive em Portugal há 12 anos e, antes de chegar ao Alba, já tinha estado no Zula Bistro e no Liberty. A carta não se alonga muito e vai mudando sazonalmente, sendo que se vão mantendo sempre alguns pratos. O café é da Torra e da Kawa, e a matcha pode ser pedida em shot ou numa versão maior. Além de ser servida quente, com pinhão, nozes ou algas e feijão edamame, também se bebe fria, como acontece no bumble matcha, com sumo de laranja e xarope de agave.

  • Estrela/Lapa/Santos

Quando há cerca de cinco anos, vindo de Espanha, Hugo Candeias se atirou a uma tarte de queijo ao estilo basco para servir num menu que era entregue em casa – vivíamos os tempos estranhos de covid –, não imaginou que criaria daí uma marca, a DONA, e que hoje estaria à conversa na esplanada do quiosque mesmo ao lado da Basílica da Estrela, e em frente ao jardim que a serve, com o mesmo nome. “Já havia necessidade há algum tempo de colocar a tarte em algum lado. Surgiu esta oportunidade, com este quiosque, e não pensámos duas vezes. Foi automático”, revela o chef. “Só temos a tarte à fatia [4,50€], contudo, se encomendares uma inteira [35€] é possível recolher aqui, mas o nosso core aqui é vender a fatia”, explica. Para acompanhar há uma oferta de cafetaria e um menu que combina a fatia com um café (5,50€). A esplanada não é grande, mas acaba por ser complementada com os bancos espalhados pelo pequeno Jardim 5 de Outubro, também conhecido como Jardim da Burra.

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  • Cervejaria artesanal
  • Marvila

Não será exagero dizer que há poucas esplanadas como esta. É dizer, cheias de onda, com espaço, boa comida e boa cerveja e ainda um parque infantil para os mais pequenos – e quando o calor aperta o tanque pode transformar-se numa espécie de piscina e tudo. Na cozinha, Pedro Abril nunca desilude com as suas propostas fora da caixa. Para beber, mais de uma dezena de opções de cerveja artesanal, não fosse esta também a fábrica da Musa. À noite, a esplanada é perfeita para aquelas pausas entre passos de dança na pista.

  • Coisas para fazer
  • Avenidas Novas

Escondido no Palácio Galveias, este quiosque é perfeito para quem gosta de uma boa esplanada recatada, mas com espaço. São muitos os lugares e mais ainda o relvado, perfeito para os miúdos brincarem à vontade, sem que os pais tenham de se preocupar com carros ou outros que tais. A versatilidade do horário e um menu que isso acompanha são grandes vantagens. Tanto se pode tomar o pequeno-almoço ou lanchar, como fazer um almoço rápido (há sopa e saladas) ou beber um copo ao final do dia. 

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  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade
  • Recomendado

Foi quando procurava um espaço para fazer a sua sandes de pastrami que Leonor Godinho acabou por criar a Vida da Tasca. Em Alvalade, quando soube que a Casa Alberto iria fechar decidiu dar-lhe continuidade. O nome é indicativo do que é: uma tasca para todos os dias, com pratos a mudar diariamente, seguindo exactamente o mesmo espírito da vida anterior. Afinal, há muito tempo que Leonor Godinho percebeu que o seu caminho na cozinha não passava pelo fine dining. A chef, que trabalhou no estrelado Feitoria e que ficou em terceiro lugar no MasterChef em 2012, passa hoje parte do seu tempo nesta cozinha. As doses são fartas e a comida é a que se espera num restaurante do género, da grelha aos pratos do dia é tudo bom e acessível. À porta, há uma pequena esplanada, mas nas traseiras, ligeiramente escondidas e protegidas, há mais mesas na rua.

  • São Vicente 

O espaço é amplo e luminoso, o rio Tejo ao fundo reluz. À entrada, um balcão, onde se destacam as várias torneiras de cerveja – 20 no total. Na sala, dezenas de mesas e uma cozinha aberta numa espécie de aquário. A esplanada, quase em cima do rio, em pleno Cais da Pedra, ali ao lado do Lux, é uma das maiores novidades, perfeita para qualquer hora do dia. Os hambúrgueres que dão fama à casa continuam a estar no centro de tudo. O brioche, que chega à mesa ligeiramente torrado, é feito em casa, e a carne mantém-se a Black Angus. Do cheeseburger ao Ground Burger, com queijo cheddar, alface, tomate, cebola grelhada e um molho especial caseiro, até ao chilicheese, que ao hambúrguer junta um chili com carne, além do queijo cheddar, dos picles de jalapeños e da cebola grelhada, está tudo igual. Mas também há pratos novos, como o mac n’ cheese, disponível em dois tamanhos (12cm e 18cm), com seis tipos de queijos diferentes, entre cheddar, gruyère e roquefort. E agora também existe uma cookie artesanal feita com chocolate (Valrhona), avelãs, noz pecan tostadas e sal marinho.

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  • Coisas para fazer
  • Encarnação

É, provavelmente, um dos terraços mais cool de Lisboa e para isso contribui a combinação entre gastronomia, arte urbana e música – e também o facto de só abrir nesta época, tornando-o ainda mais apetecível. As portas para o terraço no topo do IDB Lisbon – Innovation & Design Building Lisbon já abriram e há novidades para este ano, a começar desde logo pela curadoria do Mīrārī, que em Alcântara ocupou uma antiga fundição e tem sido motivo de romaria. Já pata a zona do Parque das Nações, estão previstos vários pop-ups, aulas ao ar livre que incluem treinos, aulas de cycling e sessões de yoga e diferentes experiências pensadas para os mais pequenos. A zona de skate também foi renovada e há novas adições artísticas como uma experiência imersiva e interactiva logo às portas do terraço desenvolvida pelo artista digital francês MAOTIK. Na cozinha, o chef Dedé apostou num menu de smash burgers e chamou também o Gyra Sol com os seus kebabs em pita caseira, o Madam Bo, em colaboração com a Ballzy, para uma selecção de dumplings asiáticos e mochis gelados; e o Irmão para servir as pizzas em forno de lenha. Resta dizer que às quintas há sessões de jazz ao pôr do sol, enquanto as noites de sexta e sábado são animadas com DJs sets. Já aos domingos, a música faz-se sentir durante a tarde.

  • Grande Lisboa

Pouco mais de um ano depois da abertura, a esplanada do Corleone é já incontornável em Cascais e muito se deve à bonita varanda virada para a Baía. No italiano dos mesmos donos em Cascais do Bougain ou do novo Café de São Bento (na Rua Amarela e também com uma pequena esplanada), são os lugares exteriores os mais procurados e não é para menos. As cores sóbrias, mas vivas, chamam por quem passa – até parece que os cocktails sabem melhor. E não é diferente no interior, onde reinam os tons amarelos e azuis, veranis, como Cascais, mas também como o sul de Itália, a grande inspiração. Como num italiano clássico, a carta divide-se entre antipasti, primi e secondi e dolci – tudo feito seguindo as receitas tradicionais italianas.

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  • São Vicente 

Quem passa pela rua e não conhece, dificilmente adivinharia que no número 11 da Rua de São Gens, em plena Graça, onde mora o Maria Pia Sport Clube, há um pátio (ou um campo de basquetebol) transformado em esplanada. Metade do campo ainda funciona para gáudio dos mais pequenos e dos pais que na outra metade podem relaxar enquanto provam uns petiscos como um pica-pau ou uns pimentos padron. Para refeições mais compostas, não faltam opções de pratos. Se só quiser beber um copo, também pode.

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Há quem desconfie por achar que é mais um restaurante de hotel, mas se há coisa que não falta a este italiano é identidade. Depois de uma troca de chef – Nuno Costa é quem está à frente da cozinha – as atenções viraram-se para as massas frescas, feitas ali todos os dias e em destaque num menu executivo (29€). Já aos fins de semana, a aposta é para o menu de partilha com preço definido (30€) numa tentativa de abrir ainda mais a porta a quem vive na cidade. Falta dizer, que atravessando o restaurante, fica uma bonita e tranquila esplanada, que também pode ser coberta em dias mais cinzentos.

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  • Atracções
  • Parques e jardins
  • Lisboa

Tem, provavelmente, uma das melhores esplanadas na cidade, mas nem por isso concorrida até porque nem todos sabem que o jardim do instituto alemão é de acesso livre. São vários os eventos que vão acontecendo por aqui, mas o sossego dos dias em que nada acontece sabe sempre bem, especialmente à sombra do imponente dragoeiro centenário. Vale a pena descobrir os vários recantos, convidativos a estar e a ficar. No café, há uma ou outra especialidade alemã para provar.

  • Sintra

O GPS marca a chegada ao destino, numa estrada pouco movimentada, em Rio de Mouro. De um lado, umas vivendas, do outro um muro alto e uma entrada feita à medida de carruagens, tal é a antiguidade. É preciso seguir mais uns metros e virar à direita num caminho estreito para se entrar na Quinta da Fonte Nova (ou Palácio Fonte Nova), hoje um bonito espaço de eventos e casa do 1743, um restaurante italiano de fine dining que quer valer por si, com consultadoria de Joachim Koerper, chef com uma estrela Michelin, e da mulher Cintia Koerper, chef pasteleira. Na sala ou na esplanada, o ambiente é acolhedor. Clássico, sem ser pesado. Romântico, sem ser piroso. Na cozinha, o exercício não é diferente. “Estamos a conseguir ter um restaurante de fine dining de primeiro nível que poderia estar em Itália. Há uma cozinha italiana mais sofisticada, mais trabalhada, com ingredientes de primeiro nível”, resume Franco, o proprietário. 

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  • Cafés
  • Campolide
  • preço 1 de 4

Se ao final do dia reparar num grande ajuntamento no Jardim da Amnistia Internacional, em Campolide, não estranhe porque há muito tempo que o Verde Lima se tornou ponto de encontro para um copo depois do trabalho (e o que não faltam são escritórios ali à volta) – e quando não chegam as mesas (e não são poucas), estica-se para a relva. Em alguns dias, há música ao vivo. Ao fim-de-semana, durante o dia, também é muito procurado por famílias. 

  • São Vicente 

O nome não engana, o Secret Garden é realmente uma espécie de jardim escondido no Miradouro da Senhora do Monte. É daqueles sítios que quando conhecemos damos por nós a pensar como é que não o descobrimos mais cedo. Os diferentes patamares conseguem proporcionar experiências diferentes, mas o que nunca falta é onda e animação – até porque há sempre uma programação musical bem diversa, com músicos, bandas e DJs. Para comer, a carta é simples, com foccacia e uns aperitivos. E tem ainda uma micro galeria de arte. Tenha atenção apenas a um detalhe: até às 17.00 a entrada é gratuita, depois disso tem de se fazer sócio (cinco euros e dura um ano).

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  • Cascais

Em plena Avenida Valbom, dificilmente haverá alguém em Cascais que não conheça a Casa da Pérgola, uma bonita mansão centenária protegida por um jardim. Do lado de fora do portão, sempre se tiraram fotografias à fachada, que se destaca também pelos azulejos pintados à mão, mas foram raras as vezes em que se transpôs essa barreira, mesmo que ali exista um pequeno hotel com apenas 12 quartos. Até agora. O Bougain Restaurant & Garden Bar abriu no piso inferior da Casa da Pérgola com uma esplanada que ocupa de forma discreta o jardim e onde se está muito bem. A carta é de clássicos, o serviço atento.

  • Coisas para fazer
  • Benfica/Monsanto

Pintado de vermelho vivaço não passa despercebido na renovada praça junto ao centro comercial Fonte Nova. O Quiosque Caricato nasceu da vontade de Salvador Melo, João Figueiredo e Gonçalo Dominguez em trazer o rodopio dos quiosques do centro da cidade para um bairro tão residencial como Benfica. A avaliar pelos ajuntamentos constantes, a aposta está ganha.

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  • Belém

É um clássico que muito apreciamos e (quase) tudo se deve à localização, já que fica mesmo em cima do rio, com uma vista desafogada. É perfeita para os finais de tarde – tem uma carta de cocktails bastante simpática –, mas também se pode deixar ficar para jantar. 

  • Alfama

A versão mais descontraída de Marlene Vieira conhece-se no Zunzum Gastrobar, o primeiro projecto da chef junto ao Terminal de Cruzeiros, e o nome já diz ao que vem: é para causar falatório, mas é também para se estar no falatório, sem peneiras. Estamos no domínio da alta-cozinha, sem preços proibitivos. Veja-se o exemplo da filhós de berbigão à Bulhão Pato. As técnicas são do mundo, mas os ingredientes e os sabores são bem portugueses. É também aqui que a chef tem muitas vezes espaço para testar pratos que podem vir a fazer parte do Marlene,. Vale a pena ainda ficar atento à agenda do Zunzum porque Marlene tem convidado vários chefs para jantares especiais a quatro mãos. Até ao fim do ano por aqui passarão nomes como Renato Cunha (Ferrugem) ou Michele Marques (Mercearia Gadanha). Quer mais uma razão para se deixar convencer? A agradável esplanada.

Eu gosto é do calor

Restaurantes de peixe em Lisboa? A resposta mais imediata talvez aponte para as mesas à beira‑mar (em Cascais há várias), mas também no centro da cidade se come bom peixe fresco, na grelha ou no tacho. Seja em restaurantes em que as bancas se parecem às dos mercados, carregadas de peixes; seja nos mais tradicionais, em que o peixe também faz parte dos pratos do dia. Nestes restaurantes de peixe em Lisboa e nos arredores há boas esplanadas (algumas para comer mesmo com o pé na areia), mas acima de tudo peixe sempre fresco. 

  • Coisas para fazer

A espera acabou. Com Junho ao virar da esquina, os grelhadores voltam a aquecer, as cervejas a arrefecer e os cantores populares a afinar a voz. Tudo mérito do Santo António, o santo mais popular de Lisboa, que todos juntos evocamos para transformar a cidade num imenso arraial enquanto assistimos, deliciados, ao sacrifício de milhares de sardinhas. Arraiais populares ou alternativos, a escolha é só sua, há gostos para tudo e ninguém julga ninguém. Mas não perca de vista esta lista dos melhores arraiais em Lisboa. Atenção, o mais provável é que esteja em constante actualização. É ficar atento.

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