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Mariana Valle Lima

As melhores livrarias em Lisboa

Independentes ou mais comerciais, estas livrarias em Lisboa servem todas o mesmo propósito: aumentar a sua colecção lá de casa.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Estante a estante, lombada a lombada, página a página, lá se vão encontrando aquelas cópias que queremos juntar à colecção, sejam eles clássicos da literatura ou aqueles livros mais comerciais que têm estampado uma citação de best seller do The New York Times. Entre livrarias mais conhecidas ainda sobrevivem na cidade outras independentes, onde por vezes se sacode o pó das prateleiras. Romances, policiais, biografias, livros de história e de arte, de fotografia ou de banda desenhada, Lisboa está cheia de boas páginas para serem lidas e levadas para casa. Ora deite o olho na lista abaixo e descubra as melhores livrarias da cidade.

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As melhores livrarias em Lisboa

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  • Chiado

Claro que pode encontrar uma loja da cadeia livreira em vários centros comerciais, mas nada há mais épico que entrar na do Chiado, a livraria mais antiga do mundo (de acordo com o livro de recordes do Guinness), fundada em 1732. Além da literatura local, oferece uma selecção razoável de romances ingleses, bem como guias e revistas estrangeiras. Há uns anos, a livraria ganhou uma sala-café com petiscos dos autores que estão nas prateleiras e vinhos nacionais.

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  • Eventos literários
  • Alcântara

Quando abriu na Lx Factory, a Ler Devagar era a única em Lisboa da sua espécie. Espaçosa, com livros por todo o lado, dois andares, um café e vestígios da maquinaria da antiga gráfica. As singularidades mantêm-se e continua a ser a melhor livraria da cidade para se ter um bom tempo de leitura, ou dar dois dedos de conversa, vá.

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  • Estrela/Lapa/Santos

É galeria, café e livraria, tudo ao mesmo tempo, bem no coração da Madragoa. Sob o lema de que o desenho não tem fronteiras, é a esta arte que a Tinta nos Nervos se dedica. Na livraria douram as prateleiras autores como Philipe Guston, Lorenzo Mattotti, Robert Crumb, Charles Burns, Bruno Munari, Hector de la Valle, Maria João Worm, Dinis Conefrey, Filipe Abranches, André Ruivo ou Ema Gaspar. Na galeria as exposições vão rodando, sempre com a premissa de o artista ou artistas criarem um objecto em exclusivo para o espaço. Ao fundo, há um café com esplanada interior, onde além de chávenas de cafezinho da Flor da Selva e pão da Gleba, há espaço para ler e para participar nos workshops e conversas que vão aparecendo na agenda.

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  • Princípe Real

“Os livros são objetos transcendentes”: é Caetano Veloso que canta, Rui Campos repete e faz do verso mote de negócio. Rui é o fundador da famosa Livraria da Travessa carioca que se instalou no Príncipe Real, integrada na Casa Pau-Brasil. Este é o primeiro espaço fora do Brasil, onde já existem oito, e traz o mesmo conceito que por lá vinga há 44 anos – uma livraria de bairro com uma curadoria literária única e programação cultural a condizer. Para Lisboa trazem uma valente bagagem para distribuir por mais de 300 . O lote de autores portugueses continua a pesar nas escolhas editoriais da livraria com nomes como António Lobo Antunes, Alexandra Lucas Coelho, Miguel Torga, Maria Gabriela Llansol ou Eça de Queirós. Para folhear em brasileiro, há autores como Vinicius de Moraes, Caetano Veloso, Machado de Assis, Lilia Moritz Schwarcz, Jorge Amado, Chico Buarque ou Milton Hatoum. A Travessa tem também uma secção infantil só para eles e um pequeno cantinho com cadeiras para leituras miudinhas, que é como quem diz, para os gaiatos se entreterem enquanto os mais velhos se perdem noutros mares literários.

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  • Livrarias
  • Chiado

É a segunda livraria mais velhinha de Lisboa (a seguir à Bertrand, a mais antiga do mundo em funcionamento), mas está como nova. Renasceu em 2017 porque José Pinho, dono da livraria da Ler Devagar, investiu nesta nova Ferin, que tem agora um bar, uma secção infantil e até quer apostar na venda de autores portugueses traduzidos em línguas estrangeiras.

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  • Princípe Real

Num tempo em que nos habituámos a chorar a morte de velhas livrarias, é sempre de saudar o nascimento de uma nova. Em Novembro de 2017, a Almedina ganhou mais um espaço, na Rua da Escola Politécnica. Fica a um pulo do Rato, no lugar que pertencia a uma antiga oficina de vitrais e mosaicos e onde, agora, as antigas mesas de fabrico de vidro suportam o peso de outras artes, inscritas em milhares de livros.

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  • Chiado/Cais do Sodré

Nesta pequena (e recheada) livraria na Calçada do Combro, encontra livros novos, antigos e usados, obras de pequenas editoras, espécimes raros, difíceis de encontrar, e até edições próprias. Entre todos os exemplares disponíveis, predominam literaturas de língua portuguesa e ciências humanas, mas a política, a sociologia e a poesia também se destacam nas estantes. 

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  • Avenida da Liberdade

Esta é uma livraria histórica, fundada em 1943 pelo alemão Karl Buchholz, que fugiu de Berlim onde tinha uma galeria de arte e uma livraria – tudo por causa da II Guerra Mundial e do regime que não permitia que tivesse determinados autores representados. Por cá, esteve na Avenida da Liberdade e saltou para a Duque de Palmela em 1965, onde salas carregadinhas de livros se estendem por três andares acolhedores. Em 2008, encerrou depois de declarar insolvência, mas ganhou uma nova vida quando se tornou, em 2010, numa das principais livrarias do Grupo Leya.

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  • Lisboa

A Kingpin Books está na Avenida Almirante Reis com um espaço de 215 metros quadrados. Impressiona a quantidade de livros de banda desenhada, mas esta não é uma simples livraria especializada: para além das obras aos quadradinhos, há uma zona reservada a apresentações de livros e a sessões de autógrafos, muito merchandising alusivo a super-heróis e as famosas Funko Pop Figures (pequenos bonecos cabeçudos de todas as personagens que possa imaginar). O objectivo é quebrar o estereótipo da loja de BD – escura e underground – e ser um espaço arejado e bonito não só para os aficcionados mas também para o grande público.

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  • Campo de Ourique

O sonho de Luís Alves Dias sempre foi abrir uma livraria no bairro que ele considerava a rive gauche lisboeta. Na altura havia várias, hoje todas extintas. Perdura a Ler que, desde a abertura em 1970 até à revolução de Abril em 1974, foi uma referência para os livres pensadores, por poderem ali encontrar livros proibidos pelo regime. Vendidos clandestinamente, só a clientes de confiança, escondiam-se os exemplares em vãos de estantes, paredes falsas ou até baldes de tinta. Funciona também como um centro cultural alternativo, com récitas de poesia, um clube de leitura, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, workshops e até sessões para crianças.

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  • Livrarias
  • Areeiro/Alameda

Emblemática livraria de bairro e uma das mais antigas da cidade (est. 1957), a Barata tem uma óptima selecção de revistas nacionais e estrangeiras, uma cave com livros infantis e papelaria. Como bónus, também serve café e organiza mini-eventos culturais. Ah, também serve para desenrascar um presentinho de última hora, tipo uma singela caneta Parker. A entrada a cães é permitida, o que, esperamos, venha elevar o nível de literacia dos nossos amigos patudos.

Mais leituras

  • Coisas para fazer
  • Centros culturais

Sabemos bem quais são as nossas livrarias independentes preferidas, aquelas que não estão presas a uma cadeia, um franchising, um conglomerado ou qualquer tipo de substantivo colectivo usado para designar agremiações do género. Na hora de pensar em rechear as estantes lá de casa, lembre-se destes pequenos livreiros e do esforço hercúleo que têm feito para sobreviver a confinamentos de porta fechada e a lutar pela sobrevivência dos negócios locais. Em várias zonas da cidade encontra livrarias de bairro - e muitos livros - para todos os gostos.

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