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Ler Devagar
Fotografia: Ana LuziaLer Devagar

As melhores livrarias em Lisboa

Independentes ou mais comerciais, estas livrarias em Lisboa servem todas o mesmo propósito: aumentar a sua colecção lá de casa.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Estante a estante, lombada a lombada, página a página, lá se vão encontrando aqueles títulos que queremos juntar à colecção, sejam eles clássicos da literatura ou aqueles livros mais comerciais que têm estampado uma citação de best seller do The New York Times. Entre livrarias mais conhecidas ainda sobrevivem na cidade outras independentes, onde por vezes se sacode o pó das prateleiras. Romances, policiais, biografias, livros de história e de arte, de fotografia ou de banda desenhada, Lisboa está cheia de boas páginas para serem lidas e levadas para casa. Ora deite o olho na lista abaixo e descubra as melhores livrarias da cidade.

Recomendado: Roteiro de livrarias independentes em Lisboa

As melhores livrarias em Lisboa

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Num tempo em que nos habituámos a chorar a morte de velhas livrarias, é sempre de saudar o nascimento de uma nova. Em Novembro do ano passado, a Almedina ganhou mais um espaço, na Rua da Escola Politécnica. Fica a um pulo do Rato, no lugar que pertencia a uma antiga oficina de vitrais e mosaicos e onde agora as antigas mesas de fabrico de vidro suportam o peso de outras artes, inscritas em milhares de livros.

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  • Chiado

Claro que pode encontrar uma loja da cadeia livreira em vários centros comerciais, mas nada há mais épico que entrar na do Chiado, naquela que é a livraria mais antiga do mundo (de acordo com o livro de recordes do Guinness) fundada em 1732. Além da literatura local, oferece uma selecção razoável de romances ingleses, bem como guias e revistas estrangeiras.

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Foi em Barcelona, durante a pandemia, que Lorena Travassos começou a amadurecer a ideia de um sonho antigo: o de abrir uma livraria feminista. A Greta, assim se chama, nasceu primeiro no online, em 2022, e desde então tem reunido, inclusive em debates literários, uma comunidade de mulheres trans e cis, feministas e activistas, interessadas em ler e promover a literatura no feminino. Já na livraria física, aberta em 2023, há duas modestas estantes de madeira, à esquerda e à direita, e uma mesa ao centro, com cerca de dois mil títulos (nem todos expostos), de vários géneros diferentes, tudo escolhido a dedo. A decorar o espaço, há fotografias, ilustrações e posters feitos por mulheres. A curadoria é toda feita por Lorena, que só vende livros escritos por mulheres, trans ou cis, de diferentes géneros literários, de não-ficção a ficção, poesia e até literatura infanto-juvenil. Além disso, o acervo também conta com artes gráficas, zines e revistas produzidas por mulheres.

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A Kingpin Books nasceu há 19 anos e já conta com três mudanças de casa. Agora está na Avenida Almirante Reis com um espaço de 215 metros quadrados. Impressiona a quantidade de livros de banda desenhada, mas esta não é uma simples livraria especializada: para além das obras aos quadradinhos, há uma zona reservada a apresentações de livros e a sessões de autógrafos, muito merchandising alusivo a super-heróis e as famosas Funko Pop Figures (pequenos bonecos cabeçudos de todas as personagens que possa imaginar). O objetivo desta nova loja é quebrar o estereótipo da loja de BD – escura e underground – e ser um espaço arejado e bonito não só para os aficionados mas também para o grande público.

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  • Alcântara

Quando abriu na Lx Factory, a Ler Devagar era a única em Lisboa da sua espécie. Espaçosa, com livros por todo o lado, dois andares, um café e vestígios da maquinaria da antiga gráfica. As singularidades mantêm-se e continua a ser a melhor livraria da cidade para se ter um bom tempo de leitura, ou dar dois dedos de conversa, vá. Nas prateleiras, estão cerca de 4000 títulos. Em 2023, abriu um novo espaço na Casa do Comum, na Rua da Rosa.

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  • Avenida da Liberdade

É uma livraria histórica, fundada em 1943 pelo alemão Karl Buchholz, que fugiu de Berlim onde tinha uma galeria de arte e uma livraria – tudo por causa da II Guerra Mundial e do regime que não permitia que tivesse determinados autores representados. Por cá, esteve na Avenida da Liberdade e saltou para a Duque de Palmela em 1965, onde salas carregadinhas de livros se estendem por três andares acolhedores. Em 2008, encerrou depois de declarar insolvência, mas ganhou uma nova vida quando se tornou, em 2010, numa das principais livrarias do Grupo Leya. Mais recentemente, em Setembro de 2023, reabriu depois de uma temporada encerrada para renovações e mesmo a tempo de soprar as 80 velas.

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  • Princípe Real

Este é o primeiro espaço fora do Brasil, onde já existem oito, e traz o mesmo conceito que por lá vinga há 44 anos – uma livraria de bairro com uma curadoria literária única e programação cultural a condizer. Literatura, Fotografia, Arquitectura, Artes, Ciências Humanas ou Biografias – cabe tudo nestas estantes. O lote de autores portugueses continua a pesar nas escolhas editoriais da livraria com nomes como António Lobo Antunes, Mia Couto, Alexandra Lucas Coelho, Miguel Torga, Maria Gabriela Llansol ou Eça de Queirós. Para folhear em português do Brasil, há autores como Vinicius de Moraes, Caetano Veloso, Machado de Assis, Lilia Moritz Schwarcz, Jorge Amado, Chico Buarque ou Milton Hatoum. A Travessa tem também uma secção infantil só para eles e um pequeno cantinho com cadeiras para leituras miudinhas.

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  • Campo de Ourique

É uma livraria histórica de Campo de Ourique, com mais de 45 anos de actividade, que funciona como centro cultural alternativo do bairro. Durante os anos 70 vendia livros às escondidas e o escritor Fernando Assis Pacheco era cliente habitual.

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  • Estrela/Lapa/Santos

É galeria, café e livraria, tudo ao mesmo tempo bem no coração da Madragoa. Sob o lema de que o desenho não tem fronteiras, é a esta arte que a Tinta nos Nervos se dedica. Na livraria doura as prateleiras autores como Philipe Guston, Lorenzo Mattotti, Robert Crumb, Charles Burns, Bruno Munari, Hector de la Valle, Maria João Worm, Diniz Conefrey, Filipe Abranches, André Ruivo ou Ema Gaspar. Na galeria as exposições vão rodando, sempre com a premissa de o artista ou artistas criarem um objecto em exclusivo para o espaço. Ao fundo há um café com esplanada interior, onde além de chávenas de cafézinho da Flor da Selva e pão da Gleba, há espaço para ler e para participar nos workshops e conversas que vão aparecendo na agenda.

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