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vista geral porto com ponte
©Marco Duarte

Mais de 60 coisas para fazer no Porto

Está a planear uma escapadinha a norte? A Time Out traça o roteiro perfeito para mouros, com 67 coisas para fazer no Porto

Escrito por
Mariana Correia de Barros
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Compras, restaurantes, galerias e passeios: se está a caminho do Norte, descubra aqui as melhores coisas para fazer no Porto. 

Mais de 60 coisas para fazer no Porto

OUVI DIZER... que é possível remodelar a casa e o armário nas lojas de rua

É pois. E quem diz lojas, diz espaços que são tudo em um, marcas que estão agora a nascer e outros projectos com raça. A Coração Alecrim (Travessa de Cedofeita, 28), com móveis e objectos vintage, marcas portuguesas de calçado, de cestos, cadernos, quadros e tapetes, com plantas e afins, é um bom ponto de partida. A poucos passos, as Galerias Lumière (Rua de José Falcão, 127), um extinto cinema, têm negócios de decoração, uma mercearia e muito para explorar.

Se gostou da onda e não quer sair da zona, suba e desça a Rua do Almada e faça o favor de entrar na Almada 13, na Workshops Pop Up e na Oporto Craft Market. No final, atravesse o Largo dos Lóios e entre na The Feeting Room. Da decoração às loiças, dos sapatos aos acessórios, da ilustração às peças de roupa, importante é ter tempo para passear (ler: dinheiro para gastar).

Se quiser conhecer uma das marcas portuenses com mais estilo do mercado, desça à Ribeira e entre na La Paz (Rua da Reboleira, 23). Exclusiva para homens e inspirada no mar, abriu a primeira loja dentro de uma antiga farmácia. Vale pelo espaço e pelas peças, claro. Mas o périplo só deve terminar no Armazém (Rua de Miragaia, 93), onde há arte, livros, acessórios e petiscos.

E porque livros também compõem uma casa, experimente dar uma volta pelas livrarias mais originais da cidade. Falamos da Chaminé da Mota (Rua das Flores, 18), especializada em literatura portuguesa e romances, com um milhão de livros espalhados por quatro pisos, da Poetria (Rua das Oliveiras, 70 – r/c, loja 12), com livros de poesia e teatro, da Utopia (Rua da Regeneração, 22), especializada em livros de intervenção social e, óbvio, da Lello & Irmão (Rua das Carmelitas, 144), com óptimos livros para as mesas de casa.

Se, ainda assim, acha que as prateleiras precisam de mais arte, tente encher-se de vinis nas boas lojas da cidade: Matéria Prima (Rua Miguel Bombarda, 127), Tubitek (Praça. D. João I, 31 – R/C) ou Porto Calling (Rua da Conceição, 80).

Para acabar, ainda no campeonato das lojas, mas numa sugestão mais pessoal: abastecer-se nas chocolatarias. Vale a pena fazê-lo na Arcádia, na Chocolataria Equador e na Casa Grande Chocolatier.

OUVI DIZER... que o Porto não é assim tão cinzento quanto o pintam
©João Saramago

OUVI DIZER... que o Porto não é assim tão cinzento quanto o pintam

Não é mesmo. E como vai perceber que muito do encanto está em andar nas ruas, eis dez passeios para fazer ao ar livre.

1. Rua das Flores

Tornou-se pedestre há poucos anos, tem lojas, restaurantes, mercearias, comércio tradicional, um museu e alguma arte urbana.

2. Atravessar o rio no Flor do Douro

O barco apanha-se no Cais de Lordelo e leva-o até à Afurada ou à Marina de Gaia, onde é possível comer peixe fresco com vista para o Porto. É bonito.

3. Fazer o roteiro dos mercados

Acontecem quase todos ao sábado, pela Baixa, e garantem um par de horas de entretenimento e uns euros a menos na conta. Quais são? O Mercadinho dos Clérigos, com peças de autor; Porto Belo, que mistura antiguidades com novos criadores; o Mercado da Arte, na Sé, dedicado às artes; e o Berdinho, mercado bio no Centro Comercial Bombarda.

4. Pedalar na Ribeira de Matosinhos

Aqui precisa de vontade de pedalar, de água, de uma máquina fotográfica e de passar na Vieguini ou na Porto Rent a Bike (na Ribeira), para alugar a bicicleta. São só 11 km de caminho. Mas sempre planos.

5. Percorrer a Rua Miguel Bombarda

É a rua das artes no Porto. As galerias multiplicam-se, as lojas com pinta também (ver L de Luz) e tem um centro comercial fora da caixa, o CCB.

6. Da Foz Velha ao Bela Cruz

Trocando por miúdos, faça a Foz a pé, junto ao mar. Há um paredão que acompanha a areia (e as rochas), mas também o pode fazer junto à estrada.

7. Andar de eléctrico na Marginal 

Três palavras: Infante – Passeio Alegre. Preço: 2,50€.

8. Percorrer o Calçadão da Aguda (aliás a Rua do Mar)

Tem um areal extenso, tem um farol, pinta-se de cores bonitas ao pôr-do-sol, tem bares, como o Chez Maurice e o ELA’s Bar, e fica a um tirinho do centro da cidade.

9. Arte Urbana do Porto

Não há um roteiro oficial, mas há várias paredes para ver. Decore estas coordenadas: Rua Diogo Brandão, Parque de Estacionamento da Trindade, Rua de São Pedro de Miragaia.

10. Caves do Vinho do Porto

Primeiro há que atravessar a Ponte Luiz I e só depois escolher a porta onde entrar para uma prova de vinhos. Se a Sandeman, se as Caves Ferreira, se o Espaço Porto Cruz, se a Graham’s.

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OUVI DIZER... que comer no Porto é remédio para (quase) todos os males
© João Saramago

OUVI DIZER... que comer no Porto é remédio para (quase) todos os males

A primeira pergunta que se faz assim que se atravessa o Douro é: “Onde é que se come uma boa francesinha?” E é preciso ser-se honesto. Há bons exemplares no Bufete Fase, no Capa Negra, no Lado B, na Regaleira, por aí fora, mas a melhor de todas, eleita pelos leitores e pelos nossos críticos, está no Café Santiago (Rua Passos Manuel, 266).

Outra pergunta que apenas os corajosos fazem assim que atravessam o Douro é: “Tripas. Alguém sabe onde comer umas boas?” Se a resposta contiver o nome Rei dos Galos de Amarante (Rua das Taipas, 121), essa pessoa, seja ela quem for, sabe do que fala. O restaurante não só tem umas excelentes tripas, servidas apenas às quintas (noutros dias, só por encomenda), como tem uma deliciosa sopa de peixe.

Caso prefira ver respondida a questão: “E sítios para comer bem, com bom ambiente?”, cá vai: 1) A Cantina32 (Rua das Flores, 32), do chef Luís Américo, com petiscos e pratos para dividir (peça a vitela à Lafões) e sobremesas bem criativas, é uma boa escolha; 2) O Puro 4050 (Largo de São Domingos, 84) é do mesmo chef, fica uns metros ao lado e é um bom mozzarella bar; 3) O Brick Clérigos (Rua Campo Mártires da Pátria, 103), conceito de mesa comunitária, ligado à cozinha, com comfort food, que podia estar em Notting Hill mas está nos Clérigos; 4) E o Reitoria (Rua de Sá Noronha, 33) um sítio que serve focaccias no andar de baixo e carne de muita qualidade no de cima. Agora se estas mesas estiverem cheias, anote estes nomes: Tapabento, Traça, LSD, Casa de Pasto da Palmeira, Shiko, Portarossa, Amor É, Casa Vasco...

“Mas então os portuenses não são bons é na comida tradicional?” Claro que sim. E para que não restem dúvidas, marque mesa na Adega São Nicolau (Rua de São Nicolau, 1) para provar os filetes de polvo com arroz do mesmo, na Casa Nanda (Rua da Alegria, 394), para comer uma boa canja e excelentes filetes de pescada, no Zé Bota (Travessa do Carmo, 16), com bons pratos de bacalhau ou O Buraco (Rua do Bolhão, 95), com boa comida caseira.

"Olhe, e Estrelas Michelin?" Tem o belíssimo Pedro Lemos (Rua Padre Luís Cabral, 974), um restaurante com um menu de degustação e pratos à carta que vale cada cêntimo.

Caso a questão seja, “E algo completamente diferente?”, tente mesa no Miss’Opo (Rua dos Caldeireiros, 100), uma guesthouse, loja, galeria e restaurante, ou no restaurante DaTerra Baixa (Rua Mouzinho da Silveira, 249), um vegetariano em regime buffet, onde tudo tem muita qualidade.

E como Junho já pede sardinhas no prato, vá até Matosinhos – é lá que se provam os melhores exemplares. Onde? No Rei da Sardinha Assada, no Salta o Muro e no Lage do Senhor.

OUVI DIZER... que no Porto tratam as sanduíches por tu
© João Saramago

OUVI DIZER... que no Porto tratam as sanduíches por tu

Não se sabe se o talento para a confecção de boas sanduíches vem na água da torneira, se de facto há uma predisposição na cidade para criar bons negócios do género, mas a verdade é que o Porto está bem apetrechado no que toca a snacks. Comece pela inigualável Casa Guedes (Praça dos Poveiros, 130), onde a combinação pernil e queijo da Serra dentro do pão é quase obrigatória – há outros enchidos de qualidade para comprovar a fama merecida.

Não muito longe dali, o Gazela (Travessa Cimo da Vila, 4) serve os já conhecidos além-fronteiras cachorrinhos da Batalha: nada mais, nada menos do que salsicha fresca, queijo e um pão de baguete aquecido no forno. O truque está em pedi-lo com molho picante.

Ainda com um pé na categoria dos clássicos da cidade, a Badalhoca (Rua Dr. Alberto Macedo, 437), em Ramalde, é uma tasca clássica, com sandes variadas. A PO (presunto e ovo), a de rojões, a de alheira com ovos estrelados ou a de fígado com cebolada são só alguns exemplos. E tudo para acompanhar com vinho Espadal.

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OUVI DIZER... que há uns quantos bares com pinta
©João Saramago

OUVI DIZER... que há uns quantos bares com pinta

Se há coisa que se faz bem no Porto é abrir espaços novos e deixar a traça antiga dos edifícios bem intacta. Quem diz a traça, diz o conceito, como é o caso do Candelabro (Rua da Conceição, 3), um antigo alfarrabista que está sempre cheio ao final da tarde e no arranque da noite. Seja na esplanada ou no interior, é boa aposta para a copofonia.

Com uma onda semelhante e uma esplanada que também costuma encher ao pôr-do-sol, o Aduela (R das Oliveiras, 36) tem aquilo que o mundo precisa a essa hora: bom serviço, vinhos de qualidade e preços razoáveis. Claro que também pode fazer pub crawl entre os bares das ruas Cândido dos Reis e Galeria de Paris, e perceber o chamado fenómeno nocturno da Baixa. A Casa do Livro, o Xico Queijo, o Café au Lait, o Plano B – este, em especial, para quem quer uma noite até mais tarde –são algumas boas apostas.

Outro sítio altamente recomendável é o Maus Hábitos (Rua Passos Manuel, 178 – 4º andar). Tem cartas dadas na cidade, mas continua a surpreender por ser um tudo-em-um: tem concertos, festas, exposições, sessões de cinema e um bom restaurante.

OUVI DIZER... que posso bater recordes de likes no meu Instagram com paisagens do Porto
©Ana Matos

OUVI DIZER... que posso bater recordes de likes no meu Instagram com paisagens do Porto

Confirma-se. O que não falta são sítios bonitos para passear, para se sentar a ver a vista e só depois (ou antes, que estamos em 2017 e há mais gente a olhar para o telefone do que a conversar) meter a devida fotografia nas redes sociais.

Sítios com vistas bonitas há dois de eleição: o Miradouro das Virtudes, na zona com o mesmo nome, com relvado virado para o Douro, espaço para se deitar e um café a vender cervejas e amendoins; e os Jardins do Palácio de Cristal, com terreno para correr, um jardim infantil para os miúdos, e bancos virados para o rio onde pode parar para fazer um piquenique.

Ok, ficou a matutar na palavra piquenique. Também há dois poisos de eleição para este desporto: o Jardim das Oliveiras, sobre o Passeio dos Clérigos, onde ninguém se sente acanhado em estender a toalha, abrir umas cervejas, dividir uns petiscos e fazer uma sesta; e o Parque da Cidade, com o seus 83 hectares.

Para acabar em frente ao mar (ignore a rima), nada como um fim de tarde na esplanada da Praia da Luz, onde os pitéus podem não ser brilhantes mas a vista compensa.

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OUVI DIZER... que há arte em várias portas
©Fundação Serralves

OUVI DIZER... que há arte em várias portas

Começamos por sacar o joker: Serralves (Rua D. João de Castro, 210). Aqui, sim, há arte em cada esquina – se ficar só pelo jardim já está bem servido. Mas no museu pode ver várias exposições, e, na Casa, conhecer um dos maiores exemplares de Art Déco do país.

Outro gigante, a Casa da Música (Avenida da Boavista, 604-610), merece ser conhecida. Mesmo que não apanhe um concerto, pode fazer as visitas guiadas (todos os dias às 11.00 e 16.00), que custam 6€/pessoa.

Noutra onda diferente, mas também um ícone da cidade, a proporcionar uma vista interessante do centro, a Igreja e Torre dos Clérigos abriram em Dezembro de 2014, depois de obras de restauro. Há um elevador que liga os pisos e um painel de leitura no topo da torre, para se orientar.

Mas como nem só de grandes nomes se faz a arte no Porto, veja exposições em espaços independentes, como a Galeria Sismógrafo (Praça dos Poveiros, 56 - 1º andar), o Espaço Mira (Rua de Miraflor) e Uma Falta de Coerência (Rua dos Caldeireiros, 77). Para ilustração, espreite a Ó! Galeria (Rua Miguel Bombarda, 61), sempre com exposições diferentes.

Para conhecer outro dos melhores espaços de criação do Porto, We Came From Space (Rua Cândido dos Reis, 137, Gaia), atravesse a ponte e conheça esta loja e centro de workshops.

 

Ainda mais Porto

  • Hotéis

Os nossos irmãos do norte juntaram-se para descobrir os melhores hotéis no Porto. Assim, quando nós e os outros alfacinhas que nos lêem quiserem visitar o melhor destino europeu de 2017, já sabem onde podem – e devem – ficar. Obrigada pelas dicas, Time Out Porto. E até já. 

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