Marcas portuguesas de roupa e acessórios de praia para o Verão

Dois amigos de infância, uma esplanada, dois copos de vinho, uma ideia: há coisa mais divertida do que flutuar sobre a água? Com o mote “Viver bem é a melhor vingança”, nasceu a Floats of Fun, uma marca portuguesa de insufláveis, feitos de materiais recicláveis, “divertidamente responsável”: todos os anos doará uma parte dos lucros a uma associação. O primeiro é para a Kiva, uma empresa de microcrédito. Além de colchões em forma de concha ou cisne e de enormes bóias tradicionais, com um buraco no meio e padrões cheios de glitter para ficar estendido sobre as ondas (ou as águas paradas do rio, do lago ou da piscina), há sacos, chapéus e pousa-cabeças. 

Damos tudo nos fatos de banho, nas cestas da praia, na toalha para estender no areal e nas alpercatas. Até já apostamos em lancheiras jeitosas para trocar pelas geleiras foleiras e pesadas de antigamente. Onde é que está a faltar estilo para o Verão? No guarda-sol. E foi esse pormenor que a portuguesa Sombra & Co veio resolver. Mas a marca vai muito além desta falha estética: também responde a quem sente falta de chapéus maiores e mais fortes, com cinco Sombras (assim foram baptizados) grandes (dois metros de altura por 1,90 de diâmetro) e muito resistentes (com uma haste de 33 milímetros e 8 varetas em fibra de vidro para garantir estabilidade). A pinta de todas – Azarujinha, Comporta, Costa Nova, Guincho e Porto Covo – é vintage, com franjas de algodão orgânico a lembrar os chapéus do tempo dos nossos avós. 

Verão é alegria, cores garridas e frutas frescas: tudo o que o novíssimo Banana Split Atelier junta nos seus produtos, que têm tanto de divertidos como de práticos. As bolsinhas para guardar o protector solar e os sacos a fazer pandan com os chapéus cozidos à mão são os acessórios disponíveis, mas o que salta à vista são os pufes. Para levar para a praia, abancar à beira da piscina ou relaxar num piquenique no parque, são impermeáveis e têm alças, para serem ainda mais portáteis. Joana Banana (como é tratada entre amigos) é a faz-tudo: desenha os padrões, escolhe os materiais, cose e até pinta as caixas que reutiliza para expedir e entregar esta salada de frutas. 

Deixe-nos tratar das apresentações. A Roberta, nascida e criada em Portugal, é doida pelo Verão e gosta de moda de praia prática o suficiente para estar de pé na areia, e sofisticada o bastante para dançar no bar. Não tem uma, nem duas, mas sim três mães: a Adriana, a Bárbara e a Madalena, todas empresárias, todas com 42 anos e todas com vontade de transformar o swimwear em beachwear e de acrescentar aos fatos de banho e biquínis, macacões, vestidos, túnicas e outras peças com muita pinta, para fazer conjunto… ou não. O design é simples, os materiais de qualidade e as colecções limitadas. 

É subtileza que procura? Passe ao próximo e não ao mesmo. É que esta nova marca de joalharia avisa logo na homepage: “not made to be subtle”. Maria Leonor Martins cedo descobriu e se fascinou pelas jóias da avó Isolete. “Fui, secretamente, aprendendo a beleza e a força de um pormenor”, conta. No início de 2021, criou a The Isolette, que é não só uma homenagem à avó, mas também uma explosão de cor, com missangas, pedras e pérolas que dão alma a qualquer modelito de Verão.  

Foi depois de ver um documentário sobre a exploração maciça de ouro nos países em guerra e as más condições de trabalho dos mineiros que Inês Sousa decidiu criar a Quinlana, uma marca de joalharia sustentável, que utiliza ouro e prata reciclados. A fundadora aproveitou a licenciatura em Gestão de Marketing para estudar o mercado e organizar ideias e, depois de muitos meses de preparação, lançou finalmente a marca, totalmente produzida na fábrica Ouronor, na Póvoa de Lanhoso. A colecção Âme Soeur foi o primeiro lançamento e conta com brincos, pulseiras, colares e anéis, todos feitos com desperdício de fundições e processos de fabrico e alguns com aplicação de zircões, madrepérola e pérolas de água doce. ​​

O caminho para um futuro mais amigo do ambiente pode ser fascinante. Quem poderia imaginar há poucos anos peças de roupa feitas com tecidos reciclados a partir de garrafas de plástico ou resgatados de fábricas onde estavam abandonados? A E Legend pode não conseguir salvar o mundo sozinha mas, a partir do Porto, luta por uma indústria da moda mais ética e sustentável. A colecção de Verão tem lenços de cetim para usar como der na gana (um dia uma echarpe, no dia seguinte um lenço para o cabelo, no outro ainda uma saia para usar por cima do fato de banho), chapéus e tote bags.

A marca de óculos FORA já era uma referência para o Verão dos alfacinhas, mas ainda não se tinha metido com pequenos humanos, ao contrário da Jangada, que produz roupa para esta sub-espécie desde 2020. Este Verão, juntaram-se as duas à esquina, não para tocar concertina, mas para fazer o só-li-dó com óculos (versão óptica e de sol) para miúdos dos 7 aos 12 anos. A identidade, a pinta e o know-how de uma e outra marca concentram-se assim em modelos coloridos – mel, azul, verde e lilás – dos dois bestsellers da FORA: os Goldlovers e os Rounder (cucu, há por aí pais que gostam de fazer pandan com os filhos?). 

Já lá vai a Primavera, mas as flores são muito bem-vindas na estação quente, desde que se aguentem às altas temperaturas. As que a ilustradora Leonor Violeta desenhou para as sandálias de plataforma da Lemon Jelly não parecem ter qualquer incompatibilidade com o Verão – pelo contrário, estão mesmo a pedir idas à praia e à piscina com um cheirinho de jardim.

Inspirando-se nos dois maiores faróis portugueses, da Barra e da Boa Nova, a Torres Novas lançou este ano a sua primeira colecção de praia. Feitas em 100% algodão de alta qualidade, com uma gramagem de 400g/m², as toalhas da marca são feitas de turco de um lado e de fouta do outro, o que as torna ideais para longos dias de praia ou de piscina.

Não vale ficar aborrecido nas estadias no areal. Dê umas raquetadas e a coisa fica tratada: as raquetes de madeira da Unna Wood prometem entretenimento entre mergulhos – e exercício físico para compensar as bolas de Berlim e caipirinhas.

Latitid é biquinis e fatos de banho, é sim senhora. Mas não só: é também roupa de praia (kimonos, calções, camisas, vestidos...), chapéus, sacos e toalhas, para um look completo .  

Não há cabeça desprotegida, se depender da Head-Ji, mestre na arte dos chapéus e outros acessórios para o cabelo. Os panamás, super tendência do Verão 2021, existem em dezenas de padrões, para adultos e crianças. 

As alpercatas são o sapato oficial do Verão. E as da Paez são um clássico incontornável para toda a família. A marca portuguesa está cada vez mais sustentável e os padrões para esta estação são uma perdição para levar para o areal. 

Mais uma marca portuguesa de swimwear que, com o crescimento, aumentou a oferta e se estendeu ao beachwear: a Cantê não quer só saber dos fatos de banho e biquinis para os mergulhos, tendo também roupa (vestidos, camisas e calções) e acessórios (bolsas, fios de óculos e scrunchies – aqueles elásticos fofinhos para o cabelo) para idas à praias sempre com estilo.Este Verão, a marca vai percorrer o país de norte a sul com uma loja pop-up, em formato de caravana, recheada com artigos de praia. Nesta loja improvisada, vai poder comprar alguns dos bestsellers das colecções Alma e Basics, mas também artigos das outras submarcas da Cantê, nomeadamente a My First Cantê (para crianças) e a Molkot (para homem). A iniciativa estreou-se no Porto, mas promete parar noutros pontos do país. Fique atento à próxima paragem na conta de Instagram da Cantê.

As t-shirts da Le Mot cabem em qualquer mala de férias de Verão, mas a marca portuguesa com pinta francesa vai ainda mais longe: tem uma tote-bag lilás onde só apetece enfiar a toalha, o protector e levar para a praia, e um boné perfeito para mulheres imperfeitas.