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Cadfael
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‘Cadfael’, uma série de ver e rezar por mais

Derek Jacobi personifica magnificamente o Irmão Cadfael, um homem com grande curiosidade científica e um raciocínio invulgar para o conturbado século XII.

Escrito por
Eurico de Barros
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★★★★☆

Quando Umberto Eco publicou, em 1980, O Nome da Rosa, não se livrou de acusações dos mais atentos de se ter “inspirado” na personagem do Irmão Cadfael, o monge beneditino detective amador criado nos anos 70 por Ellis Peters (pseudónimo da linguista e académica inglesa Edith Pargeter), para compôr o seu franciscano William de Baskerville. Peters escreveu 21 livros da série do Irmão Cadfael entre 1977 e 1994, que foram adaptados para a televisão nos anos 90, na série Cadfael (YouTube), com Sir Derek Jacobi no papel principal. 

Espantosamente, e apesar de todos os livros desta série de sucesso mundial terem sido traduzidos para português (nas desaparecidas Publicações Europa-América), Cadfael nunca passou nas televisões portuguesas, mas pode ser visto na íntegra na Internet (e sem ter de pagar nada). Passada no conturbado século XII, quase sempre na cidade de Shrewsbury, onde fica situada a abadia beneditina em que o Irmão Cadfael vive (professou depois de ter combatido nas Cruzadas e sido marinheiro) e faz as suas pesquisas com ervas e plantas para fins medicinais, e que o ajudam nas suas investigações, Cadfael ambienta as suas intrigas policiais numa época remota e perigosa da Inglaterra medieval, recriada com muito rigor. 

Jacobi personifica magnificamente o Irmão Cadfael, um homem com grande curiosidade científica e um raciocínio invulgar para a época, e que por ser muito vivido e ter conhecido muito mundo, possui um enorme conhecimento da natureza humana, que aplica nos casos criminais com que se depara, alguns dos quais fazem as esferas secular e religiosa entrar em colisão. Cadfael é daquelas séries de ver e rezar por mais, e mesmo nesta era em que o streaming é rei e a oferta deste formato é descomunal, é difícil encontrar nas várias plataformas disponíveis alguma do género que se possa medir com ela.

Mais críticas de televisão

  • Filmes

★★★★☆

‘A Orquestra’ (Filmin) vicia de imediato e saboreia-se com voracidade e num ápice. Que venha a segunda temporada, prestissimo! 

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