A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Cavalos de Corrida
RTP

‘Cavalos de Corrida’. Bandidos que não deixam impressão

A série da RTP regressa aos anos 1980 para uma história sensaborona e desajeitada, curta de inventiva e com falhas de credibilidade.

Escrito por
Eurico de Barros
Publicidade

★★☆☆☆

A série Cavalos de Corrida (RTP1. Qua 21.00) passa-se no Portugal em crise de 1981, de antes da CEE. Tiago (Tomás Alves), um serralheiro, e a sua mulher Teresa (Teresa Tavares) assaltam casas após ele fazer cópias das chaves dos clientes; e são levados pelo misterioso Orlando (Miguel Guilherme) a dar golpes cada vez mais ambiciosos. Além de decorrer no início dos anos de 80, Cavalos de Corrida parece em quase tudo uma série feita nessa altura, com as fragilidades e ingenuidades da época. É como se estivéssemos não na RTP1 a ver uma produção nova, mas na RTP Memória a rever ficção de há 40 anos. E isto essencialmente por causa de uma história sensaborona e desajeitada, curta de inventiva e com falhas de credibilidade (ao assaltar uma casa, Tiago mexe em tudo sem pôr luvas, e ninguém usa máscaras ou lenços em assaltos mais arriscados em pleno dia), e cheia de palha verbal e de subenredos estandardizados (os malfeitores a quem Orlando deve dinheiro e que por sua vez o ameaçam, ou o problema médico que aflige o casal dono do bar e leva o marido para o crime). Cavalos de Corrida é como aquelas pessoas que conhecemos numa festa, com as quais conversamos um bocado e é indiferente se depois as voltamos a ver ou não, porque não nos deixaram a menor impressão.

Mais críticas de televisão

Publicidade
Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade