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Shrinking
DRShrinking

A terapia pouco eficaz de ‘Shrinking’

Apenas Harrison Ford se destaca no elenco deslavado desta comédia peso-pluma da Apple TV+. Uma série que não vale o preço da consulta.

Escrito por
Eurico de Barros
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★★☆☆☆

Frasier, The Shrink Next Door, e a bem mais antiga The Psychiatrist (1970) contam-se entre as séries de televisão e streaming sobre psiquiatras, psicólogos e terapeutas. A elas junta-se agora Shrinking (Apple TV+), criada por Jason Segel (também o protagonista) e dois dos responsáveis por Ted Lasso. Segel é Jimmy Laird, um terapeuta que ficou viúvo e com uma filha adolescente, e tem dificuldade em superar a perda da mulher. Começa então a ir contra a deontologia da profissão e a dizer aos pacientes, com uma franqueza brutal, o que pensa sobre os problemas deles. Assente numa premissa de uma ironia óbvia (o clínico que precisa ele mesmo de tratamento) e que, por se esgotar depressa, depressa começa a repetir-se, Shrinking (ou Terapia Sem Filtro, no título em português) labuta também, embora com escassa originalidade, um dramatismo ralo e um sentido de humor peso-pluma, sobre a fixação dos americanos na saúde mental e a forma como recorrem aos profissionais da área por dá cá aquela palha. O Jimmy de Segel (um actor simpático, mas limitado) é como que uma versão light, atarantada e apalhaçada (e crescentemente irritante) da personagem de Ricky Gervais no muito superior Afterlife, e apenas Harrison Ford, num experiente e pouco social colega dele, se destaca de um elenco deslavado. Não vale o preço da consulta.

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