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Antes de enfiarmos definitivamente os pés na areia para o Verão, ainda temos muito para ver na televisão. Estas são as séries que queremos ver em Junho.
Junho é um mês de regressos na televisão. Antes de mais, dos Lopes. O oitavo capítulo de Conta-me Como Foi vai para o ar, depois de mais de dois anos de espera e indefinição. É caso para dizer: finalmente! À série da RTP junta-se outro título sobejamente conhecido – e amplamente debatido na última década: Black Mirror (Netflix). Mas também não faltam novidades. Polémicas (O Ídolo, HBO Max), indie (Selftape, Filmin), criminais (The Crowded Room, Apple TV+), históricas com twist contemporâneo (A Rainha Serpente, TVCine Emotion), absurdas (I'm a Virgo, Amazon Prime Video), ou de super-heróis (Invasão Secreta, Disney+). Estas são as séries para ver em Junho.
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Depois de um período de indefinição, está de volta a série que usa a história da família Lopes para fazer um retrato do país na segunda metade do século XX. A oitava temporada abre em Abril de 1986, e chega ao acidente nuclear de Chernobyl, ao Mundial do México, ao choque de comboios na Póvoa de Santa Iria, à fuga dos irmãos Cavaco da prisão de Pinheiro da Cruz e ao atentado e explosões em aldeamentos turísticos no Algarve.
RTP1. Estreia a 3 Junho
É uma história sobre uma estrela pop, mas entre Lily-Rose Depp e The Weeknd, os protagonistas, quem assume o papel é ela e não a estrela pop na vida real. A actriz faz de Jocelyn, artista que tenta reivindicar o estatuto de maior e mais sexy vedeta da América, após um colapso nervoso. Ele é Tedros, empresário da noite com um passado sórdido, que se envolve com a superstar e começa a influenciar a sua carreira, para o bem e para o mal.
HBO Max. Estreia a 5 de Junho
Passada na França do século XVI, A Rainha Serpente tem como principal protagonista Samantha Morton, que personifica a rainha Catarina de Médici, mulher do rei Henrique II, cuja ascensão ao poder é contada em flashbacks, à medida que a monarca revisita as suas acções e transmite as lições que aprendeu à sua nova criada e confidente. O elenco conta também com Charles Dance, Ludivine Sagnier e Enzo Cilenti.
TVCine Emotion. Seg 22.10
Após Doctor Portuondo (2021) e Autodefesa (2022), eis a terceira série original da Filmin. Escrita pelas irmãs Joana e Mireia Vilapuig, de 25 e 27 anos, é uma ficção autobiográfica sobre duas actrizes que encontram a fama muito cedo e que, anos depois, procuram o seu lugar na indústria. Como elas. Os seis episódios (de 30 minutos) são realizados por Bàrbara Farré, que entre outros trabalhos fez o videoclipe de “F*cking Money Man”, de Rosalía.
Filmin. Estreia a 6 de Junho
Um jovem padre (Hélder Afonso) é destacado para a paróquia de um bairro desfavorecido em Braga. Aí, conhece Carlitos (Luís Henrique Matos), um miúdo cigano que lhe confessa algo muito grave. Mas, antes que possam contar tudo às autoridades, acontece uma tragédia. Braga é o primeiro argumento de Tino Navarro para televisão. Um policial que também se destaca por incluir no elenco actores ciganos, como Maria Gil e António Oliveira Nunes.
RTP1. Estreia a 7 de Junho. Qua 21.00/ RTP Play
O criminoso que inspirou a série documental da Netflix, Monstros Interiores: As 24 Caras de Billy Milligan, é o mesmo que está na base do livro que serviu de base a Akiva Goldsman (Uma Mente Brilhante) para esta minissérie. Mas o real dá lugar à ficção e a Danny Sullivan (Tom Holland), um misterioso e aparentemente inofensivo jovem detido na sequência de um tiroteio. Rya Goodwin (Amanda Seyfried) é a investigadora que vai tentar deslindar o caso.
Apple TV+. Estreia a 9 de Junho
O Universo Cinematográfico da Marvel entrou na Fase 5 com Quantumania, em Fevereiro. Continuou com Guardiões da Galáxia: Volume 3 e chega agora à televisão com esta minissérie centrada em Nick Fury (Samuel L. Jackson), que descobre que uma facção de Skrulls transmorfos está prestes a invadir a Terra e tem de mobilizar forças suficientes para a travar. Também com Ben Mendelsohn, Cobie Smulders, Emilia Clarke ou Don Cheadle, Invasão Secreta fará a ponte entre Captain Marvel (2019) e The Marvels (final de 2023).
Disney+. Estreia a 21 de Junho
Cootie (Jharrel Jerome) é um adolescente com quatro metros de altura, logo, naturalmente desajustado. Os pais tentam protegê-lo do mundo exterior e de quem quer aproveitar-se dele, mas não conseguem mantê-lo numa redoma para sempre. Cootie quer sair, partir à aventura. Porque, como sublinha o criador desta comédia do absurdo, Boots Riley (Desculpe Incomodar), o mais importante não é o tamanho do jovem, é que é virgem.
Amazon Prime Video. Estreia a 23 de Junho
Idris Elba é Sam Nelson, um talentoso intermediário empresarial que mobiliza todo o seu engenho negocial quando o avião em que se encontra é sequestrado em pleno voo, entre o Dubai e Londres. Narrado em tempo real, ao longo das sete horas de duração da viagem, este thriller de George Kay e Jim Field Smith (a dupla responsável por Litvinenko) explora a tensão que a estratégia de alto-risco do protagonista causa, tanto dentro como fora do ecrã.
Apple TV+. Estreia a 28 de Junho
Quatro anos depois, a série de antologia que se debruça sobre os perigos da tecnologia no futuro próximo está de volta para uma sexta temporada. Salma Hayek, Michael Cera, Josh Hartnett, Aaron Paul ou Kate Mara são alguns dos nomes que se destacam no elenco desta nova ronda de episódios (serão cinco). A promessa é que esta sátira criada por Charlie Brooker terá aqui a sua temporada “mais imprevisível, indescritível e inesperada até à data”.
Netflix. Estreia em Junho (T6)
Entre conteúdos originais de grande qualidade e outros que foram aproveitados (ou mesmo ressuscitados), a Netflix está, continuamente, a trazer-nos apostas dignas de binge watching. Títulos como Gambito de Dama, Ozark, Stranger Things ou The Crown mostram bem aquilo em que a plataforma trabalha, e outros como Breaking Bad e Arrested Development são óptimos exemplos de como levar audiência ao seu moinho (o streaming) por meios comprovados. A apontar-lhe alguma coisa, será a oscilação de conteúdos: estamos sempre na vertigem de ver a nossa série favorita desaparecer do catálogo. Por isso, não perca tempo: prepare-se para uma maratona e siga estas sugestões das melhores séries para ver na Netflix.
O Disney+ tornou-se, em tempo recorde, um dos serviços de streaming com mais subscritores no mundo. Casa da Fox, da National Geographic e da Lucasfilm, além das produções da Disney, da Pixar e da Marvel, tem um catálogo cada vez mais diversificado. Além de produções próprias – como The Mandalorian, um dos spin-offs de Star Wars, ou WandaVision, uma sitcom psicadélica que tem a chancela da Marvel –, a nova área de entretenimento Star adicionou à plataforma dezenas de séries (e também filmes), incluindo sucessos de audiências como Perdidos ou Uma Família Muito Moderna.
No mundo das plataformas de streaming e da criação de conteúdos originais, há muitas opções por onde escolher. A Amazon lançou o seu serviço pago de streaming de séries e filmes em Portugal, em 2016, e continua a conquistar novos assinantes e a apostar na criação de conteúdos originais feitos e protagonizados por nomes sonantes. A adaptação da obra de Philip K. Dick, O Homem do Castelo Alto, foi uma das primeiras apostas bem-sucedidas. Seguiram-se Transparent, The Marvelous Mrs. Maisel, Fleabag, The Boys... Há cada vez mais e melhores séries originais na Amazon Prime Video.
Desde 2022 que a HBO Portugal deu lugar à HBO Max. A mudança de nome foi acompanhada por um site renovado e apps mais funcionais, mas o cardápio de séries é basicamente o mesmo, que já era excelente, e vai continuar a crescer – o catálogo dos filmes, porém, foi muito e bem reforçado. Entre as centenas de séries disponíveis no serviço de streaming, há pelo menos 20 que toda a gente precisa de ver pelo menos uma vez na vida. Desde clássicos como Os Sopranos a adições recentes como The Last of Us, sem esquecer A Guerra dos Tronos, estas são as séries na HBO Max que tem de ver.
A Apple TV+ é um serviço de streaming jovem (nasceu no final de 2019) e de catálogo limitado, mas ao contrário do que possa parecer isso não é uma desvantagem. Em época de abundância, os espectadores encontram aqui um porto seguro, que tenta ter uma oferta mais apostada na qualidade do que na quantidade. O foco são as produções originais, que a pouco e pouco vão tornando o serviço incontornável para quem gosta de boa televisão. Há de tudo, das séries de grande orçamento (destaque para The Morning Show) às sitcoms surpreendentes (olá, Ted Lasso), da ficção científica (ponto extra por Fundação, adaptação dos livros Isaac Asimov) às séries documentais de fôlego (1971: The Year That Music Changed Everything é uma pérola para melómanos). Feitas as contas, há 20 séries da Apple TV+ que tem de ver. Ei-las.
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