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Foto: Cortesía Walt Disney Studios

Contos de carne e osso: as versões em imagem real dos clássicos da Disney

Com a estreia de ‘Cruella’ em Portugal marcada para a semana, lembramos outros filmes da Disney com actores de carne e osso, adaptados dos clássicos animados do estúdio.

Escrito por
Eurico de Barros
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Cruella é o mais recente filme da Disney com actores de carne e osso. Estreia-se em Portugal na próxima semana e conta a juventude de Cruella de Vil, a vilã de Os 101 Dálmatas, interpretada por Emma Stone, sendo mais um acrescentar à lista de versões em imagem real e com efeitos digitais dos clássicos animados do estúdio, e de continuações destas novas versões. Passamos em revista estas fitas que não têm recebido o acolhimento unânime de espectadores, cinéfilos e fãs do universo Disney, devido à sua qualidade muito variável, à atitude revisionista de algumas delas e às diferenças entre o universo animado e a imagem real.

Recomendações: Os piores e os melhores filmes da Disney

‘A Lenda do Livro da Selva’, de Stephen Sommers (1994)

Uma adaptação ao jeito clássico do livro de Rudyard Kipling, à qual foi acrescentada um elemento de aventura tradicional (há um tesouro perdido nas selvas), e em que se destacam Jason Scott Lee no papel de Mowgli, agora já adulto, bem como actores consagrados como Sam Neill e John Cleese.

‘101 Dálmatas’, de Stephen Herek (1996)

Esta versão com actores, escrita por John Hughes, segue bastante de perto o desenho animado original, e é completamente dominada por Glenn Close, que leva o filme debaixo do braço com a sua estrepitosa interpretação da vilã Cruella de Vil. Hugh Laurie e Mark Williams são também muito bons nos seus dois desastrados capangas.

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‘Alice no País das Maravilhas’, de Tim Burton (2010)

Não será para todos os gostos, a grande volta que Tim Burton dá ao desenho animado original (até lá mete o Jabberwocky do poema homónimo de Lewis Carroll), mas enquanto visão tétrica da história, ninguém faria melhor do que ele. E a escolha de actores, com Johnny Depp à cabeça num Chapeleiro Louco completamente transtornado, é soberba.

‘Maléfica’, de Robert Stromberg (2014)

Os argumentistas desta versão radicalmente revisionista de A Bela Adormecida cometeram um erro terrível, ao transformar a bruxa Maléfica interpretada por Angelina Jolie na heroína da história. É que Jolie estaria infinitamente melhor se a personagem tivesse continuado a ser a vilã. E o filme é muito previsível na sua inversão total das premissas da animação original.

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‘Cinderela’, de Kenneth Branagh (2015)

Um dos filmes mais bem conseguidos e gratificantes desta série de versões em imagem real de clássicos animados da Disney. Kenneth Branagh faz uma transposição quase à letra de A Gata Borralheira do mestre Walt, Lily James está magnífica no papel do título, Cate Blanchett é uma adequadíssima madrasta e Helena Bonham Carter uma divertida Fada Madrinha.

‘O Livro da Selva’, de Jon Favreau (2016)

Eis o melhor de todos os títulos desta série. Jon Favreau assina um filme espantoso, sobretudo no plano técnico, em que tudo, dos animais que rodeiam Mowgli aos ambientes da selva, é recriado em computador, e o efeito é completamente convincente. Entre os actores que emprestam as vozes àqueles estão Bill Murray (Baloo), Ben Kingsley (Bagheera), Christopher Walken (King Louie) ou Scarlett Johansson (Kaa).

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‘A Bela e o Monstro’, de Bill Condon (2017)

Este é um dos grandes fracassos destas adaptações, em boa parte pela dificuldade de conseguir emular, com actores e efeitos digitais, a excelência da animação e a inventividade visual do filme original. E também porque Emma Watson e Dan Stevens são, respectivamente uma Bela e um Monstro fraquinhos, frouxos, sensaborões…

‘Christopher Robin’, de Marc Forster (2018)

Seria assim tão difícil fazer uma adaptação mais literal e fiel das peripécias do ursinho Pooh e companhia, em vez de mostrar Christopher Robin (Ewan McGregor) já adulto, pai de família e viciado em trabalho, a reencontrar os seus amigos de infância e a revivê-la, através deles? A conclusão é que o universo de Pooh é feito para a animação e não resulta muito bem fora dela, num contexto realista.

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‘Dumbo’, de Tim Burton (2019)

O Dumbo digital é o grande achado deste filme em que Tim Burton também dá uma considerável volta ao filme animado homónimo, nomeadamente no destaque dos efeitos que a personagem do elefantezinho voador tem sobre todos aqueles que o rodeiam. Não é totalmente conseguido, mas tem no entanto um perfume dos velhos filmes de circo.

‘Aladdin’, de Guy Ritchie (2019)

Era muito, mas mesmo muito difícil que esta fita estivesse à altura da fabulosa animação de 1992, onde o falecido Robin Williams fazia a festa e deitava os foguetes na voz do Génio da Lâmpada de Aladino. E não está mesmo, por causa da realização atabalhoada de Guy Ritchie, dos efeitos digitais de segunda categoria e do cabotinismo de Will Smith no Génio.

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‘O Rei Leão’, de Jon Favreau (2019)

Aquilo que Jon Favreau conseguiu em O Livro da Selva, falhou neste O Rei Leão, que é um decalque menor em tudo, da intensidade dramática e da comédia, até às vozes dos actores escolhidos, da formidável animação de 1994, cuja memória continua muito viva. Este Rei Leão digital perde em toda a linha na comparação com o filme legítimo. Um desastre.

‘Mulan’, de Niki Caro (2020)

Sem o dragão a que Eddie Murphy dá a voz na fita original, o elemento cómico que este (e não só) fornecia, e as influências gráficas da arte chinesa tradicional que caracterizavam aquela, este Mulan que deu até controvérsia política não passa de mais uma faustosa superprodução de espada e magia à chinesa, com quase nada da identidade da Disney, tirando a personagem de Mulan.

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