1. Pinóquio (1940)


À procura dos melhores filmes da Disney para uma noite em casa? A nossa lista reúne clássicos, sucessos da Pixar e muito mais.
Por um lado, a Disney é o império do mal do entretenimento: um monólito corporativo decidido a conquistar o mundo, engolindo todos os outros monólitos um pouco mais pequenos e qualquer propriedade intelectual valiosa que apareça pelo caminho. Por outro lado, quem é que não guarda uma única memória Disney no coração? A empresa é responsável por alguns dos melhores filmes de animação de todos os tempos – e por alguns live-action também.
Pois é, as duas coisas podem ser simultaneamente verdade. Para efeitos desta lista, vamos focar-nos apenas no lado bom da Força. Naturalmente, há muito para considerar, e reduzir a lista apenas ao melhor do melhor é um desafio. Porque, para cada clássico Disney que nos faz sentir crianças outra vez, existem várias sequelas, remakes desnecessários e fracassos embaraçosos. Mas estas 50 escolhas – que vão desde a Era Dourada à Renascença dos anos 90 e aos tempos da Pixar – são simplesmente imortais.
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As sequelas apuraram o humor, elevaram a carga emocional e o sentido de aventura, e melhoraram os efeitos especiais, mas, em termos de pura alegria e encanto, nada supera o original. É difícil acreditar que houve uma altura em que Woody e Buzz não eram melhores amigos, mas é precisamente esse o caso aqui, já que os dois começam por bater cabeças de plástico antes de se unirem para derrotar o verdadeiro inimigo: Sid, um miúdo problemático que adora destruir brinquedos.
O que esta comédia de acção animada de Brad Bird possa eventualmente perder em carga emocional, comparando com outros clássicos da Pixar, compensa (e muito) com criatividade. Passado num retro-futuro dos anos 60, onde os super-heróis estão proibidos por lei de combater o crime, uma família de “supers” vê-se forçada a levar uma existência suburbana e aborrecida – até que um vilão com uma velha vingança os obriga a sair do esconderijo. É diversão do princípio ao fim.
A primeira longa-metragem de animação da Disney mudou por completo o rumo do cinema, mas, mesmo na era das animações digitais de fazer cair o queixo, continua a ser uma obra deslumbrante. É, em partes iguais, emocionante, assustadora, divertida e cheia de fantasia. Poucos filmes resistem tão bem ao passar do tempo como A Branca de Neve e os Sete Anões, e décadas de remakes, reinvenções e adaptações pouco inspiradas só vêm provar quão impressionante foi (e é) este feito da Disney. Tal como o conto de fadas que lhe deu origem, trata-se de uma peça de entretenimento intemporal.
Up – Altamente! é muito mais do que a sua famosa sequência inicial, que deixará até o espectador mais rabugento a afogar-se em lágrimas. É uma verdadeira lição de como contar uma história carregada de emoção. Mas, assim que a casa do viúvo Carl levanta voo, Up – Altamente! transforma-se numa aventura cheia de energia, repleta de locais exóticos, cães que falam (e voam!), aves coloridas e um escuteiro muito, muito dedicado. Ficou com vontade de ver mais? O Disney+ tem também uma série de curtas-metragens centradas no cão Dug.
Depois de ter sofrido prejuízos com Pinóquio e Fantasia no ano anterior, a Disney decidiu jogar pelo seguro na sua quarta longa-metragem, criando um desenho animado simples e directo sobre um elefante de circo ostracizado – e, ainda assim, saiu dali um clássico absoluto. A cena em que o pequeno Dumbo, em lágrimas, entrelaça a tromba com a mãe presa vai despedaçar-lhe o coração, enquanto a sequência alucinante de elefantes cor-de-rosa vai deixá-lo a questionar o que andariam os animadores a fazer nas horas vagas.
Provavelmente o ponto alto da era imperial da Pixar, esta parábola ambientalista praticamente sem diálogos levou ao limite o que a animação pode alcançar em termos de narrativa. Sozinho na Terra a limpar a tralha deixada pela humanidade, o pequeno compactador de lixo com sentimentos passa os séculos a transformar detritos em cubos e a ver musicais de Hollywood, até que a chegada de um andróide do estilo Alexa faz com que entre em curto circuito de formas inesperadas.
O rato sabe cozinhar! Este filme tão doce quanto disparatado sobre o Remy, um roedor ingénuo e ambicioso, que sonha tornar-se um grande chef, é inteligente, bem-humorado, com uma lição de moral subtil e surpreendentemente convincente. Quem é que não gosta do Linguini, aquele desajeitado ajudante humano, totalmente controlado pelo talentoso Remy? Será que vão conseguir conquistar o temido crítico gastronómico Anton Ego? Não vamos estragar-lhe a surpresa, vai ter de descobrir sozinho.
A vilã icónica Cruella de Vil ganhou alguma reabilitação de imagem graças à Emma Stone, mas, neste filme original, faz jus ao nome ao obcecar com a ideia de fazer casacos a partir das crias de Pongo e Perdita. Os vilões aqui são uma delícia, tal como os cenários de uma Londres à moda antiga. E não se preocupe, isto é um filme da Disney… nenhum cachorro perde o pêlo.
Os fãs podem continuar a discutir sobre qual dos três grandes filmes que marcaram a Renascença da Disney é o melhor, mas O Rei Leão deixou, sem dúvida, a maior marca. Não admira: tem as melhores músicas, a melhor história e o núcleo emocional mais forte – muitos de nós ainda não ultrapassámos a cena da morte do Mufasa. O remake em “imagem real” foi completamente desnecessário, tal como a prequela de 2024, mas nada consegue diluir o impacto do original animado no coração dos miúdos dos anos 90.
O Mowgli parece não conseguir encontrar o seu lugar neste mundo. Na versão da Disney da história de Rudyard Kipling, este jovem órfão parte numa viagem para descobrir mais sobre a sua identidade, com a ajuda dos seus companheiros animais, enquanto tenta manter o temível Shere Khan à distância.
Um príncipe arrogante prova do seu próprio veneno neste conto de fadas dos anos 90, parte da Renascença da Disney… e o primeiro filme de animação a ser nomeado para o Óscar de Melhor Filme. A magia de uma feiticeira transforma o jovem real numa criatura monstruosa. Um feitiço que só é quebrado quando o Monstro aprender a amar. Quando a besta rapta o relojoeiro da vila, a sua bela filha parte em seu socorro e acaba por salvar também o coração do príncipe.
O primeiro Toy Story foi uma aventura divertida, inventiva e hilariante em vários níveis, com uma mensagem simples sobre a importância da amizade (e de não maltratar os brinquedos). É no segundo que a saga começa a despedaçar-nos. O filme explora temas surpreendentemente maduros, ligados ao valor próprio, ao abandono e à dificuldade de deixar alguém ir. A montagem musical que conta a história comovente da energética cowgirl Jessie está ao nível da sequência inicial de Up – Altamente!, como um dos momentos mais emocionalmente devastadores da história da Pixar.
Outros filmes da Pixar podem ter sido mais inovadores, mas, em termos de pura aventura, esta odisseia subaquática está no topo da cadeia… ou melhor, do recife. Depois do seu filho rebelde fugir de casa, um peixe-palhaço com grandes picos de ansiedade tem de enfrentar os seus muitos, muitos medos para o encontrar. Com a ajuda da esquecida Dory, um peixe-cirurgião azul, atravessa uma floresta de alforrecas, escapa a tubarões “vegetarianos”, apanha boleia de tartarugas descontraídas e vai parar ao estômago de uma baleia. As crianças adoraram: À Procura de Nemo foi, durante algum tempo, o filme de animação com maior bilheteira de sempre – e continua a ser o DVD mais vendido de todos os tempos.
Enternecedor e emotivo, Bambi conta a história de um veado super-fofo que vai crescendo com a ajuda da família e dos amigos da floresta. E sim, a famosa cena da morte da mãe do Bambi continua a ser de partir o coração. Já as com o Tambor, a Flor e o Bambi todo enamorado ajudam a equilibrar o ambiente na perfeição.
Com Divertida-Mente, o estúdio conhecido por mexer com as nossas emoções fez, literalmente, um filme sobre emoções personificadas. Ao mergulhar na mente de uma rapariga prestes a entrar na adolescência, a Pixar podia ter caído num melodrama descarado, mas conseguiu criar um testemunho hilariante e comovente sobre tudo aquilo que nos torna humanos (ou, a dada altura, gatos). Mas não se preocupe: sim, vai passar o filme a chorar, mas muitas dessas lágrimas serão de tanto rir. O mesmo se aplica à sequela de enorme sucesso.
As sequelas raramente são tão boas como o original – mas este não é o caso da saga Toy Story, que conseguiu sempre crescer sobre a base inicial com enorme sucesso. Embora não seja tão existencial como Toy Story 4, este terceiro capítulo emocionante aborda o que significa crescer e encarar a própria mortalidade. Os últimos 15 minutos podem muito bem ser o momento mais comovente de sempre da Pixar… o que não é dizer pouco.
A Cinderela é, provavelmente, uma das princesas Disney mais pacientes de sempre. Apesar de toda a má sorte, mantém-se cheia de esperança, mesmo quando a madrasta malvada e as irmãs adoptivas tornam a sua vida num verdadeiro inferno. Mas a jovem acaba por ter a última palavra quando a Fada Madrinha a ajuda a reencontrar-se com o príncipe encantado no baile. Vai querer rever este clássico mais depressa do que consegue dizer “bibbidi-bobbidi-boo!”.
Custa imaginar uma altura em que a Disney precisasse de um “renascimento”, mas foi precisamente isso que aconteceu quando começou a famosa era da Renascença do estúdio, inaugurada com esta adaptação livre do conto de Hans Christian Andersen. Ariel é uma jovem sereia sonhadora que faz um pacto faustiano com uma bruxa do mar para realizar o seu sonho de casar com um príncipe humano. Mas aquilo de que toda a gente se lembra, na verdade, são as músicas: mesmo que não veja o filme desde os tempos da cassete VHS, ainda consegue cantar o “Aqui no Mar” de cor e salteado.
Será a Maléfica a vilã mais assustadora da Disney? Os filmes com Angelina Jolie podem tê-la suavizado um pouco, mas a sua versão animada continua a ser o grande exemplo de como se cria uma má da fita inesquecível. Este clássico é uma das obras mais deslumbrantes da animação tradicional da Disney, representando um enorme salto na qualidade artística e consolidando a reputação do estúdio como o principal destino para contos de fadas com princesas.
Quem se surpreendeu com as receitas de bilheteira do remake em live action provavelmente não era criança nos primeiros anos de 2000, quando esta aventura passada no Havai se tornou o mais próximo que a geração Z teve de um clássico da era da Renascença. Lilo é uma órfã solitária que cria uma amizade com um pequeno alienígena azul que confunde com um cão. É doce, simples e, para a Disney, bastante irreverente – e o remake, dentro do género, até nem está nada mal.
Tal como Divertida-Mente, Coco mostra a Pixar a piscar o olho à exploração emocional: afinal, é um filme sobre um miúdo que volta a ligar-se às raízes da família na Terra dos Mortos, enquanto persegue o seu ídolo musical há muito falecido. Ainda assim, o resultado é uma celebração colorida, divertida e comovente da cultura mexicana e do legado familiar, com canções inesquecíveis e criaturas fantásticas. Nunca um filme sobre a morte pareceu tão cheio de vida.
Uma sofisticada cocker spaniel e um rafeiro vindo do lado errado da cidade apaixonam-se nesta história canina absolutamente irresistível. Passaram-se gerações e continuamos todos a suspirar com a clássica cena dos dois a partilhar o esparguete.
Esta aventura pelos mares dá protagonismo à jovem Vaiana, uma princesa polinésia que parte numa jangada (com a sua galinha de olhos esbugalhados atrás) para salvar a ilha de uma terrível maldição. O original em inglês conta com canções brilhantes de Lin Manuel Miranda e uma interpretação vocal tremenda do The Rock como o semideus convencido que a vai ajudar na missão, mas a versão portuguesa não fica nada atrás. É um dos filmes mais vibrantes da Disney moderna – e a sequela de 2024 mantém bem viva essa energia.
Com esta adaptação de O Príncipe Sapo, a Disney marcou tanto um fim como um começo: foi a última longa-metragem desenhada à mão do estúdio e a primeira a ter uma princesa negra. Mas, para lá dos marcos históricos, o filme A Princesa e o Sapo é maravilhoso, equilibrando o jazz de Nova Orleães com uma aventura emocionante pelos rios, personagens divertidos e um dos vilões mais assustadores saídos dos lápis dos artistas da Disney. Foi o fim de uma era e o início de outra – e continua a ser uma das obras mais subestimadas do estúdio.
Numa reviravolta divertida e meta sobre a fórmula das princesas Disney, a encantadora Amy Adams interpreta uma princesa cantora que é arrancada do seu mundo mágico e atirada para a realidade. A comédia de peixe fora de água é deliciosa, à medida que a Princesa Giselle descobre que Nova Iorque não é propriamente o tipo de reino a que está habituada. Bónus: a futura Elsa, Idina Menzel, aparece num papel mais pequeno, e a própria Mary Poppins, Julie Andrews, dá voz à narradora.
Nesta versão moderna e bem-disposta de Rapunzel, encontramos a nossa princesa na mesma situação infeliz: isolada numa torre, sem hipótese de fuga e, claro, com uma cabeleira digna de anúncio de champô. Rapunzel já quase tinha perdido a esperança de sair dali quando Flynn aparece na sua torre. É uma nova era para a Disney, mas a comédia cheia de trapalhadas e as canções que ficam no ouvido ajudam a fazer a ponte entre os contos de fadas intemporais e a sensibilidade dos dias de hoje.
Os Banks bem que precisavam de um calmante. Quando a sua ama mágica e bem-disposta, Mary Poppins, chega, as crianças esperam que um pouco do seu optimismo seja contagiante. Este filme teve uma influência enorme na sua altura ao juntar o encanto dos musicais antigos com a animação, transformando-se numa obra que atravessa gerações. E a sequela, 54 anos depois, com Emily Blunt, também não ficou nada mal.
A adolescência eterna parece um sonho tornado realidade para Wendy e os dois irmãos. Ficam imediatamente fascinados quando o mágico Peter Pan e a Sininho entram pela sua casa dentro, a falar sobre a juventude sem fim que conquistaram na Terra do Nunca. Naturalmente, Wendy e companhia não resistem a espreitar para ver se tudo aquilo faz jus à fama. Quando o fazem, as coisas começam a correr menos bem, em grande parte por culpa do temível Capitão Gancho.
Embora algumas das caracterizações em Aladino hoje em dia não envelhecessem da melhor forma, esta história das Mil e Uma Noites sobre um miúdo esperto da rua que recebe três desejos continua a ser um dos filmes mais divertidos da Disney nos anos 90. Muito disso deve-se ao génio tagarela de Robin Williams, na versão original, mas mesmo para lá da comédia, a acção, as canções e o coração do filme fazem-no brilhar. Aladino abriu um mundo completamente novo para a Disney e para a animação em geral, ao apostar em vozes de celebridades e em técnicas digitais de apoio ao desenho.
No improvável caso de não conhecer as irmãs mais populares da Disney, aqui vai um pequeno resumo: Anna e Elsa derreteram até os corações mais gelados quando ficaram famosas em 2013. Em Frozen – O Reino do Gelo, Elsa debate-se com uns poderes gelados (literalmente) que acabam por mergulhar a cidade num Inverno sem fim. Ups! Será que a ajuda da irmã mais nova vai conseguir resolver o problema? Ah, e boa sorte a tentar tirar da cabeça a canção “Já Passou”, que conquistou meio mundo.
A personagem do Jack Sparrow já perdeu algum do encanto, mas a primeira adaptação inesperada da Disney baseada na sua famosa atracção de parque temático continua a ser uma aventura cheia de energia. Fantasmas, piratas, espadachins e macacos espectrais juntam-se num filme que nunca chegou a ser igualado, por mais sequelas que a Disney tenha produzido. O Jungle Cruise pode ter seguido a mesma fórmula, mas o Piratas das Caraíbas original continua a ser o verdadeiro rei da Disneyland no grande ecrã.
Judy Hopps sonha entrar para a força policial e deixa a quinta e a família rumo à metrópole movimentada de Zootrópolis para concretizar esse objectivo. Sendo o primeiro coelho na equipa, não é levada a sério pelos colegas polícias. Cansada de passar multas de estacionamento, decide investigar o caso de um desaparecimento para provar o seu valor. Quando recruta a ajuda – pouco entusiasta – da raposa vigarista Nick Wilde, os dois acabam por mergulhar num labirinto de pistas, escândalos, peripécias… e um comentário surpreendentemente profundo sobre o racismo.
Mulan não deixa que nada se meta no seu caminho. Tem medo que o pai, já doente, seja obrigado a ir para a guerra. É então que lhe surge a ideia de se disfarçar de homem – um acto altamente proibido. E, como não podia deixar de ser num filme da Disney, há também um pouco de romance pelo meio, mas este é, acima de tudo, um exemplo brilhante do que a Disney clássica era capaz de fazer quando entrava em modo filme de acção.
Um dos mais recentes filmes da Disney é uma celebração vibrante da família, com um conjunto de canções do compositor de Hamilton e Vaiana, Lin-Manuel Miranda. A história acompanha Mirabel, uma jovem que luta com o facto de ser a única “normal” numa família repleta de dons mágicos. Passado na exuberante Colômbia – e, por isso, com adoráveis capivaras pelo caminho – é tanto uma explosão de cor como uma homenagem à individualidade.
A Disney e a Pixar têm tirado muito proveito dos adoráveis monstros assalariados Mike e Sully, incluindo uma prequela de sucesso sobre os tempos de faculdade da dupla e uma sequela em série que chegou recentemente ao Disney+. Mas a primeira aventura continua a ser a melhor visita ao mundo de Monstrópolis, graças às grandes gargalhadas e um coração enorme. Se não ficar com os olhos marejados quando a Boo e o Mike se despedem, é porque, se calhar, tem um bocadinho de monstro em si também.
Bastou um Verão para deitar por terra o plano de Nick e Elizabeth. Depois de uma separação complicada, os dois decidiram seguir caminhos diferentes – e, no processo, separar as filhas gémeas. Quem diria que, 11 anos depois, as meninas se iam reencontrar num campo de férias? Quando as irmãs ruivas descobrem o passado dos pais, traçam um plano próprio para trocarem de lugar. Será que os seus esforços vão resultar numa reunião de família bem-sucedida?
Era uma vez dragões e agora… bem, nem por isso. É este o ponto de partida para uma aventura cheia de energia que apresenta a primeira princesa do sudeste asiático da Disney – Raya – e a acompanha numa missão para restaurar a harmonia de um reino mergulhado em trevas. A fazer-lhe companhia vai a última dragão, a irreverente Sisu.
A maioria dos remakes em imagem real da Disney têm sido imitações pálidas dos originais. A Lenda do Dragão, por outro lado, melhora drasticamente em relação ao filme algo irregular que lhe deu origem, trocando os números musicais por uma abordagem mais emotiva à história de um órfão e do seu amigo dragão. Curiosamente, este projecto é assinado por David Lowery, o realizador de A Lenda do Cavaleiro Verde e Sombras da Vida, dois filmes bem adultos cuja inventividade visual e carga emocional assentam que nem uma luva nesta nova versão da Disney.
Sem dúvida, depois de verem este filme cheio de acção mas surpreendentemente emotivo, os mais pequenos vão passar dias a pedir um adorável robot insuflável de cuidados de saúde. Inspirado nas bandas desenhadas da Marvel com o mesmo nome, acompanha Hiro Hamada, um jovem prodígio da robótica, que forma uma equipa de super-heróis com o Baymax – o robot que pertencia ao irmão falecido – e um grupo de miúdos génios altamente qualificados. Juntos, vão ter de enfrentar os vilões responsáveis pela morte do irmão de Hiro.
Antes de Tim Burton transformar tudo num pesadelo live action que rendeu fortunas, o conto cada vez mais estranho de Lewis Carroll sobre uma menina sonhadora que cai pela toca do coelho abaixo – e acaba num mundo de lagartas falantes, rainhas rabugentas e lebres aflitas – era puro Disney. A história é um pouco episódica – faz parte da sua natureza – mas continua a ser um deslumbramento que revela algo novo e espectacular em cada plano.
A revolucionária antologia musical da Disney contém algumas das imagens mais alucinantes do estúdio, desde o nascimento do planeta Terra até hipopótamos de tutus. Mas o que mais fica na memória são dois segmentos: o deliciosamente psicadélico The Sorcerer’s Apprentice, em que Mickey luta contra um exército de vassouras com vida própria; e o aterrador Night on Bald Mountain, provavelmente a coisa mais “metal” de todo o catálogo da Disney. Tudo aqui é deslumbrante e, de certa forma, este filme inventou os videoclipes 40 anos antes de se tornarem norma.
Quando a Disney comprou os direitos sobre o elenco disparatado de marionetas do Jim Henson, em 2004, já há muito que a turma não era vista como algo actual. Foi preciso aparecer Jason Segel, fã confesso, para lhes devolver o estatuto de ícones cool. Podemos chamar a este primeiro filme em mais de uma década um regresso triunfal, mas não lhe chamemos reboot. São os mesmos Marretas que as crianças dos anos 70, 80 e 90 conheceram e adoraram, com uma história intencionalmente básica que serve apenas de desculpa para piadas tresloucadas, números musicais absolutamente hilariantes e alguns momentos de coração aberto.
A Disney inspira-se numa figura histórica nesta história de amor em formato musical. A viagem leva-o até ao século XVII, ao encontro da jovem Pocahontas, uma heroína nativa americana determinada, que se apaixona pelo colono Capitão John Smith – um romance que o seu pai desaprova veementemente. O filme trata a história real com alguma liberdade criativa e um tom menos ligeiro, mas as mensagens sobre aceitação e respeito pelo ambiente continuam a soar verdadeiras.
A família superpoderosa favorita de todos, os Parr, regressa nesta sequela que coloca a Mulher-Elástica no centro da acção. Depois de uma missão correr terrivelmente mal, o governo encerra o Programa de Recolocação de Super-Heróis, cortando o apoio financeiro aos nossos heróis. Para tentar ganhar algum dinheiro e recuperar a imagem pública dos super-heróis, a Mulher-Elástica é recrutada por uma empresa de media e telecomunicações. Naturalmente, as coisas não são o que parecem, e o resto da família acaba por ter de ir em seu auxílio.
De certa forma, Brave – Indomável é o filme mais tradicionalista da Pixar até hoje. Passado na Escócia medieval, conta a fábula de uma jovem princesa rebelde chamada Merida, e inclui encontros com bruxas, incursões por florestas sombrias e alguns ursos muito expressivos. Mas, noutras coisas, está muito longe de Branca de Neve e companhia. Aqui não há Príncipes Encantados – todos os pretendentes masculinos são uns autênticos pasmaceiros. Em vez disso, o filme recorre ao folclore escocês para explorar as ligações e tensões únicas entre mães e filhas.
Wayne Szalinski está convencido de que as suas invenções não valem nada. Deita fora o seu raio encolhedor, sem se dar conta de que, na verdade, a geringonça funcionou... e transformou as crianças em versões miniatura delas próprias. Venha pelas formigas gigantes, fique pela interpretação deliciosamente peculiar do Rick Moranis.
Com uma homenagem à mitologia grega e uma banda sonora cheia de êxitos com toques de gospel, Hércules conta a história de um jovem meio humano, meio deus. Essa condição faz com que perca a imortalidade mas, se estiver à altura do desafio, pode recuperá-la e conquistar o seu lugar entre os deuses do Monte Olimpo. É a Disney da fase final dos anos 90 no seu lado mais peculiar – um daqueles filmes raros do estúdio mais prolífico do mundo que pode, com toda a justiça, ser chamado de subestimado.
Ralph é o vilão destruidor de prédios de um jogo de 8 bits básico, ao estilo de Donkey Kong. Farto de ser sempre o mau da fita, decide aventurar-se pelo universo interno das máquinas de arcade à procura de um jogo alternativo onde possa ter outro papel. Mas acaba enfiado no purgatório cor-de-rosa do Sugar Rush Speedway, uma corrida de karts bem fofa, onde se alia à também marginalizada Vanellope para dar a volta ao sistema – literalmente. Este mundo cheio de regras tem muito mais do que parece… vai ter mesmo de ver para descobrir.
Ninguém tem uma adolescência fácil aos 13 anos mas, pelo menos, não nos transformávamos num panda vermelho gigante sempre que surgia uma nova emoção. Esta parábola de amadurecimento, criada pela animadora canadiana Domee Shi, mistura folclore chinês com uma história moderna e bem próxima da realidade, feita de paixões secretas, boy bands e um turbilhão de emoções. (Ah, e músicas da Billie Eilish na banda sonora.) Realizado pela primeira mulher a comandar sozinha um filme da Pixar, é uma vitória em termos de representação em vários níveis – e, além disso, é uma diversão pegada.
Por muito que a gente adore o Homem-Aranha de Sam Raimi, o universo cinematográfico da Marvel só começou a ganhar forma em 2008, com o Homem de Ferro de Jon Favreau. E passados mais de dez anos encontra-se em grande, com filmes como Black Panther, de Ryan Coogler, a ganharem Óscares. Mas não foi fácil chegar até aqui. Sabendo que nos estamos a pôr a jeito das caixas de comentários, elencámos os 23 capítulos desta narrativa épica estreados até à data. Eis os piores e os melhores filmes da Marvel.
Será O Império Contra-Ataca, realizado por Irvin Kershner em 1980, o melhor de todos os filmes de Star Wars? E será mesmo A Ameaça Fantasma (1999), de George Lucas, o pior? Mas onde se encaixam aventuras paralelas como Rogue One (2016), de Gareth Edwards, ou Han Solo (2018), creditado a Ron Howard, no meio disto tudo? Agora que parece ter chegado ao fim a saga dos Skywalker, iniciada há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante, respondemos a estas e outras perguntas com uma lista em que cabem todos os filmes da série.
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