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The Pentaverate
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‘The Pentaverate’, a catástrofe cómica de Mike Myers

Ver Mike Myers nesta série da Netflix é como ver um pugilista que outrora foi campeão regressar ao ringue gordo, lento e fatigado.

Editado por
Eurico de Barros
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★☆☆☆☆

Há já muito tempo que a estrela cómica de Mike Myers não brilha como nos tempos da dupla de filmes Wayne’s World e sobretudo da trilogia Austin Powers. Desde aí, Myers entrou nalguns filmes medianos, teve um fracasso descomunal com O Guru do Amor (2008) e agarrou-se à voz de Shrek. Em The Pentaverate (Netflix), o actor tenta regressar à boa forma da comédia nonsense e brejeira tal como a cultivou nos anos 90, mas vê-lo nesta série é como ver um pugilista que outrora foi campeão regressar ao ringue gordo, lento e fatigado, e apanhar uma sova de outro mais novo. A ideia de The Pentaverate é muito boa: a organização secreta do título é dirigida por cinco pessoas simpáticas que procuram fazer o bem no mundo, em vez de servir os seus interesses e dos seus membros. É um gozo ao mundo das sociedades secretas e dos teóricos das conspirações, em que Mike Myers interpreta pelo menos metade das personagens e multiplica os sotaques. Mas a concretização é catastrófica. Myers usa e abusa da comédia escatológica e sexual, da linguagem desbragada e dos trocadilhos grosseiros, e o humor absurdo não chega aos calcanhares dos grandes tempos de Austin Powers. Ainda por cima, The Pentaverate acaba a levar-se a sério e com uma mensagem edificante. Wayne e Garth ficariam chocados.

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