A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Niño de Elche
Ricardo Cases

Meia dúzia de concertos a não perder no Festival Iminente

Os nomes de uma centena de artistas lêem-se no cartaz do festival. Não vai dar para ouvir tudo, mas ir à Matinha e não ver pelo menos estes seis é pecado.

Luís Filipe Rodrigues
Editado por
Luís Filipe Rodrigues
Publicidade

É verdade que nem só de música se faz o Iminente. Mas, com dezenas de concertos espalhados por quatro dias, é maior do que muitos festivais que só têm música para oferecer. Os concertos e DJ sets não são só muitos. São bons. E desde electrónicas de várias latitudes e outras músicas do mundo ao hip-hop que preenche boa parte do cartaz, passando pelo indie rock, há muito por onde escolher – e vai ser preciso escolher, porque há várias coisas a acontecerem ao mesmo tempo, nos cinco palcos montados na Matinha. Precisa de ajuda? Estes são os concertos obrigatórios.

Recomendado: Festivais há muitos, mas nenhum é como o Iminente

Os concertos a não perder no Festival Iminente

Maria Putas Reis Bêbadas

Por detrás deste nome encontram-se Maria Reis – escultora de canções da Cafetra que nos deu há uns meses o Benefício Dúvida, um dos discos-chave de 2022 –, Leonardo Bindilatti, Miguel Abras, João Dória e Íris Neves – vulgo Putas Bêbadas, banda de noise-rock feroz com um disco novo a caminho. Estes cinco estão a ensaiar juntos há uns tempos e vão encontrar-se em palco pela primeira vez no Iminente. Vai ser especial. E talvez irrepetível.

Fábrica. Qui 21.30

Pharoahe Monch

É um veterano do hip-hop nova-iorquino. Primeiro ao lado de Prince Po, no duo Organized Konfusion, e mais tarde a solo, impôs-se como um dos melhores rappers e escritores do underground ianque, e continua a dar cartas. PTSD: Post Traumatic Stress Disorder, de 2014, é o mais recente álbum a solo, mas editou ainda no ano passado A Magnificent Day For An Exorcism, com th1rt3en.

Gasómetro. Qui 01.00

Publicidade

Sam The Kid & Orquestra + Orelha Negra

É o maior patrão do hip-hop português. Insuperável enquanto rapper e produtor, tem vindo a desenvolver um trabalho igualmente precioso enquanto divulgador musical e activista (quase embaixador) em Chelas, o seu bairro de sempre e de que muito se orgulha. Volta a apresentar-se ao vivo acompanhado pelos Orelha Negra e uma orquestra de 24 elementos.

Gasómetro. Sáb 22.45

Niño de Elche

Revolucionário cantaor e produtor de um flamenco transviado e influenciado pela electrónica e a arte contemporânea. Além de colaborar com figurões como Los Planetas e C. Tangana, é autor de discos arrojados como Antología Del Cante Flamenco Heterodoxo, La Distancia Entre El Barro Y La Electrónica. Siete Diferencias Valdelomarianas ou La Exclusión. Memorial De Cante En Mis Bodas De Plata Con El Flamenco é o mais recente.

Choque. Sáb 00.00

Publicidade

Yasiin Bey

Anteriormente conhecido como Mos Def, é um dos mais celebrados e versáteis rappers norte-americanos – com uma carreira paralela como actor. Editou há uns meses No Fear of Time, o segundo álbum de Black Star, o seu duo com Talib Kweli, integralmente produzido por Madlib, mas actua sozinho em Lisboa.

Gasómetro. Sáb 01.00

África Negra

Nome fundamental da rumba são-tomense, com uma história que começou a ser escrita há cerca de 50 anos. Deram-se a conhecer ao vivo nos fundões de São Tomé ainda durante a ocupação portuguesa, gravaram e viajaram pelo mundo nos 80s e nos 90s e, depois de uns anos desaparecidos, ressurgiram na década passada. E continuam aí para as curvas.

Gasómetro. Dom 20.00

Mais música

  • Música

Desde 2011 que acompanhamos, nestas páginas e fora delas, a carreira de Maria Reis. Vimo-la e ouvimo-la a crescer, a alargar horizontes, a apurar a lírica e a composição, a impor-se como uma das melhores escritoras de canções que este país já teve, independentemente do género. Benefício da Dúvida, o quarto registo a solo, entre mini-álbuns e EPs, é o mais recente marco de uma obra que se recusa a perder a relevância e inventividade.

  • Música

Pete Kember, mais conhecido por Sonic Boom, é um nome histórico do rock e da música experimental anglo-americana. Ainda não tínhamos falado com ele desde que veio viver para Portugal há meia dúzia de anos – a última conversa com a Time Out foi em 2014 – e aproveitámos uma actuação em Lisboa para dar dois dedos de conversa. Pete parece entusiasmado com um novo projecto, que define como uma espécie de clube social, e vai ocupar o espaço do Santo, um restaurante na Praia das Maçãs, duas vezes por mês.

Publicidade
  • Música

Rui Carvalho, o músico que se auto-intitula Filho da Mãe, passou a última década a dedilhar uma guitarra acústica. Mas as suas escolas foram o rock, o punk, o hardcore, e a guitarra eléctrica foi o primeiro instrumento que o ouvimos tocar, em bandas como If Lucy Fell ou I Had Plans. No seu novo disco, Terra Dormente, além da guitarra clássica, voltou a pegar na eléctrica – e, simultaneamente, começou a segurar o mesmo instrumento em Linda Martini. Falámos sobre os “dois mundos” em que caminhou e gravou nos últimos dois anos.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade