MEO Festivais
D.R.
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Os melhores concertos que vimos nos festivais deste Verão

De Junho a Setembro de 2024, a equipa da Time Out passou por dezenas de festivais, de norte a sul do país. Estas foram as actuações que nos marcaram.

Luís Filipe Rodrigues
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O Verão está a chegar ao fim. Está bem que os festivais não acabam com ele (há cerca de duas dezenas no Outono), mas o ritmo vai abrandar e o mediatismo e quantidade de nomes confirmados começa finalmente a diminuir. E, já com o Luna Fest, o Festival F e a Festa do Avante! no retrovisor, a equipa da Time Out Portugal decidiu fazer o balanço dos melhores concertos que viu ao longo destes três meses. Entre centenas de bandas e artistas ouvidos, de norte a sul do país, em pequenos e grandes festivais, estes destacaram-se.

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Os melhores concertos que vimos nos festivais

American Football (Primavera Sound Porto)

Concerto preferido: American Football (Primavera Sound Porto). Quando este editor descobriu os American Football, na adolescência, já eles se tinham separado. Na altura, não imaginava que 25 anos depois ia vê-los tocar o álbum de estreia homónimo de fio a pavio, no último slot de um grande festival. Contudo, foi o que aconteceu este ano, no Primavera Sound. Parecia um sonho. Foi melhor.

Menção honrosa: Souto Rock. A ideia era botar aqui um concerto, mas ninguém merece tanto esta menção como o Souto Rock e as pessoas que o fazem acontecer todos os anos, por carolice, das bandas aos organizadores, num pequeno palco montado a meia dúzia de quilómetros de Barcelos. Obrigado. 

Concerto há muito aguardado: American Football (Primavera Sound Porto).

Em que festivais esteve: Primavera Sound Porto, Ageas Cooljazz, Souto Rock, Jazz em Agosto, MEO Kalorama.

Onde gostava de ter estado: Canela Party.

Quem quer ver no próximo ano: Bright Eyes.

Dua Lipa (NOS Alive)

Concerto preferido: Dua Lipa (NOS Alive). Ir a um festival de Verão em modo mãe é outro campeonato. Troca-se a fila da cerveja pelas das activações de maquilhagem, os encontrões à beira do palco por um lugar seguro e as descobertas de novas bandas por celebridades à escala planetária. Dua Lipa não foi só o concerto do ano para esta que vos escreve: foi também o da criança de dez anos que a acompanhou. Um espectáculo grandioso de luzes, dança e fogo-de-artifício em que a anglo-albanesa confirmou ser uma deusa da pop.

Menção (des)honrosa: Ed Sheeran. A prole apreciou, a matriarca desconsolou.

Concerto há muito aguardado: Dua Lipa.

Em que festivais esteve: Rock in Rio Lisboa, NOS Alive.

Onde gostava de ter estado: LCD Soundsystem (MEO Kalorama).

Quem quer ver no próximo ano: Billie Eilish.

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Vera Moura
Directora Editorial, Time Out Portugal
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Machine Head (Evil Live)

Concerto preferido: Machine Head (Evil Live). Com a MEO Arena meio vazia para o primeiro dia do festival da Prime Artists (em contraste com o segundo), Robb Flynn deu uma aula sobre como se agarra o público num concerto, independentemente do tamanho da plateia. Podem estar fora de época, podem não arrastar as multidões de outrora, podem até ter perdido alguma essência com as constantes trocas na formação (sobra Flynn), mas continuam implacáveis ao vivo. Ninguém teve tanta entrega este Verão.

Menções honrosas: Pulp (Primavera Sound Porto), Pearl Jam (NOS Alive) e LCD Soundsystem (MEO Kalorama). Três concertos quentinhos e memoráveis. Nos palcos secundários, vénia para Khruangbin (NOS Alive), Ana Lua Caiano, MДQUIИД. (Bons Sons) e English Teacher (MEO Kalorama).

Em que festivais esteve: Primavera Sound Porto, Rock in Rio Lisboa, Evil Live, NOS Alive, Bons Sons, Paredes de Coura, MEO Kalorama.

Concerto há muito aguardado: Smashing Pumpkins (NOS Alive).

Onde gostava de ter estado: Coachella, sem dúvida (cof, cof).

Quem quer ver no próximo ano: Sepultura (desculpa, Max).

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Hugo Torres
Director-adjunto, Time Out Portugal

Pulp (Primavera Sound Porto)

Concerto preferido: Pulp (Primavera Sound Porto). Bastava que Jarvis Cocker aparecesse, depois de um dia anterior em suspenso naquele mesmo palco, para que a noite estivesse ganha. Felizmente, Jarvis é tudo menos “common people”, mesmo que cante o seu contrário, e continua em grande forma – aliás, continuam todos. Os Pulp deram um concerto pujante e, mais do que isso, intemporal. 

Menção honrosa: Dino D’Santiago (Ageas Cooljazz). Não foi um concerto inédito, mas é cada vez mais notório o crescimento de Dino D’Santiago em palco. No Ageas Cooljazz, depois de Maro, arrebatou o público que, à primeira vista, não parecia o seu. No final, não houve quem não dançasse e pedisse mais. Merecem ainda uma menção os Idles, que no regresso a Paredes de Coura não desiludiram, e os Royel Otis, no Primavera Sound Porto, com um belo concerto ao fim da tarde.

Em que festivais esteve: Primavera Sound Porto, Ageas Cooljazz, NOS Alive, Vodafone Paredes de Coura, MEO Kalorama.

Onde gostava de ter estado: Glastonbury.

A não repetir: Sistema cashless (MEO Kalorama).

Quem quer ver no próximo ano: Jack White em Paredes de Coura.

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Dua Lipa (NOS Alive)

Concerto preferido: Dua Lipa (NOS Alive). Não foi o primeiro álbum nem o Future Nostalgia que se seguiu que conquistou esta jornalista. Mas quando Houdini chegou aos seus ouvidos, não quis outra coisa. E, claro, não podia deixar passar a oportunidade de vê-la ao vivo fazer o que ela faz melhor: dar um belo de um espectáculo. Ela cantou, dançou e impressionou.

Menção honrosa: T-Rex (NOS Alive). Não dava nada por ele. Nem sequer sabia se conhecia alguma música dele, mas no NOS Alive ganhou uma fã.

Concerto há muito aguardado: Jonas Brothers (Rock in Rio Lisboa).

Em que festivais esteve: NOS Alive, Meo Kalorama e Rock in Rio Lisboa.

Onde gostava de ter estado: Primavera Sound Porto.

Quem quer ver no próximo ano: Chappell Roan.

Raye (MEO Kalorama)

Concerto preferido: Raye (MEO Kalorama). O concerto no último dia de festival juntou dois tipos de pessoas – os que, ansiosos por assistir à estreia da artista britânica em Portugal, a elegeram logo à partida como cabeça de cartaz, e os que, num misto de inércia e curiosidade, compareceram à hora marcada para ver o concerto. Raye encantou ambos. Pela simpatia própria de uma jovem enérgica e desbocada, mas sobretudo pela jigajoga vocal que a leva de êxitos de pista de dança para o improviso do jazz numa única faixa. Ecutámo-la avidamente (e teríamos escutado mais tempo). Resta agora esperar que volte para encher uma sala à sua altura.

Menção honrosa: Dua Lipa (NOS Alive). Até ao primeiro tema, pairou a dúvida de como seria ver Dua Lipa num contexto de festival. A cantora provou, no entanto, ser suficientemente versátil para brilhar fora de uma grande sala. Tinha uma multidão à sua espera e compensou-a generosamente com êxitos de três álbuns (com harmonia e equilíbrio). É sabido que a máquina pop deixa pouca margem para a naturalidade e o improviso. Ela disfarçou bem.

Em que festivais esteve: NOS Alive, MEO Kalorama.

Onde gostava de ter estado: Doja Cat (Rock in Rio).

Quem quer ver no próximo ano: Charli XCX, porque o brat summer não pode acabar aqui.

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Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa

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