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Daisy Jones and The Six
©DRDaisy Jones and The Six

A história de ‘Daisy Jones & The Six‘ salta das páginas do livro para o streaming

‘Daisy Jones & The Six’ é uma viagem pela história da ascensão e queda de uma banda fictícia dos anos 70. Num dos principais papéis, destaca-se Riley Keough, neta de Elvis Presley, cuja prestação prova que a música também lhe corre nas veias. Estreia a 3 de Março, na Amazon Prime Video.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Daisy Jones & The Six é, antes de mais, um livro. Publicado há quatro anos, e da autoria da escritora norte-americana Taylor Jenkins Reid, é um bestseller agora adaptado ao formato série, que dá a conhecer os verdadeiros sons da banda imaginada pela autora. Daisy é interpretada por Riley Keough, actriz que se estreou há 13 anos noutra aventura musical, o filme The Runaways, que relembrava a história da banda (real) encabeçada por Joan Jett nos anos 80. Agora, é dela o papel principal, ao lado de um conjunto de actores que veste a pele dos outros membros dos The Six. Juntos contam a história da ascensão e declínio abrupto de uma famosa e fictícia banda de rock n’ roll na América dos anos 70, que estreia a 3 de Março, na Prime Video.

Produzida pela Amazon Studios, Daisy Jones & The Six conta com a co-produção da Hello Sunshine, fundada pela actriz Reese Witherspoon, empresa por detrás de séries como Big Little Lies ou The Morning Show. A autora do livro (editado em Portugal pela Top Seller) assume o cargo de produtora executiva da série que dá voz ao que sempre imaginou. “Em 2016, tive uma ideia para uma história sobre uma banda de rock explosiva dos anos 70. Baptizei-a de Daisy Jones & The Six. Durante anos, os leitores perguntaram-me como soava a banda e... agora vão ter a resposta. O Aurora existe e é um álbum esplêndido, nostálgico e eterno. Os Daisy Jones & The Six são reais e são melhores que os meus sonhos mais loucos.” As palavras de Taylor Jenkins Reid podem ser escutadas numa gravação disponível na página da série no Spotify. E, quando esta estrear, é aí que ficará disponível esse tal de Aurora, o álbum que finalmente verá a luz do dia no mundo real. As vozes são dos actores que vestem a pele dos personagens Daisy Jones e Billy Dunne, o líder da banda, interpretado por Sam Claflin (Os Jogos da Fome, Peaky Blinders).

De forma muito resumida, foi no ano de 1966 que os Daisy Jones & The Six alcançaram a fama, mas apesar de estarem no topo do mundo, após um concerto esgotado no estádio Soldier Field em Chicago, deixaram de actuar. Décadas depois, os membros da banda decidem contar toda a verdade e com eles recuamos às origens da banda e sua história, em dez episódios. E é aí que começamos a conhecer as personagens, com destaque para Daisy e Billy. Daisy cresceu em Los Angeles, num ambiente privilegiado, mas é ignorada pelos pais. É uma talentosa cantora e compositora que sonha actuar no Whisky a Go-Go, a casa de espectáculos do momento em West Hollywood. Os sonhos começam a tomar forma quando um produtor se apercebe que o caminho para o sucesso é juntar os talentos de Daisy e Billy, o líder da banda rock The Six.

Riley Keough
©Lacey Terrell/Prime VideoRiley Keough (Daisy), em 'Daisy Jones & The Six'

São 24 as músicas originais compostas para esta produção, mas os dois actores que lhes dão voz não tinham propriamente um background musical que os qualificasse automaticamente para os papéis. Mesmo que Riley tivesse um pedigree familiar incontornável. “Eu não trouxe nenhuma experiência para este papel. Fiz a audição e, obviamente, eles disseram-me que grande parte disto seria cantar. Eu nunca tinha cantado antes, não tinha experiência a cantar”, recorda a actriz, citada no material promocional da Prime Video. Basicamente foi para casa treinar, e após algumas crises de choro e a ajuda de um treinador de voz, voltou às audições com o tema “Simple Man”, dos Lynyrd Skynyrd. Funcionou. Sam Claflin também não carregava experiência no mundo da música, mas aprecia o facto de ter evoluído com Riley durante as filmagens: “Tivemos ensaios extra, com aulas de canto para encontrar uma química. Começámos os dois de baixo e adaptamo-nos juntos a esta jornada.”

Taylor Jenkins Reid recorda como surgiu a ideia de escrever uma história inspirada na cena musical dos anos 70, em particular na comunidade de Laurel Canyon, um bairro em Los Angeles onde uma década antes começou a surgir um importante movimento de contracultura. Era lá que residiam artistas como Cass Elliot, Joni Mitchell, Frank Zappa, Jim Morrison, Neil Young, Carole King, entre muitos outros. Como membros dos Fleetwood Mac, cuja história a autora considera “muito interessante”. Mas há um outro lado que quis explorar: “Estou sempre à procura de saber qual é a história das mulheres daquele lugar. Por isso, quando eu estava a desenhar esta banda e a tentar descobrir quais seriam os problemas, decidi focar-me sobre como é ser uma mulher neste mundo. Não é apenas um mundo projectado por homens, mas uma indústria projectada por homens, com regras estabelecidas para garantir que uma mulher não vai mais além do que os homens naquele espaço aonde ela quer chegar.”

A série não ficará disponível de uma só vez: conte com três episódios por semana, sempre à sexta-feira, com excepção de 24 de Março, dia em que ficarão disponíveis os dois últimos episódios.

Amazon Prime Video. Estreia a 3 de Março

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