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Daniel Blaufuks, exposição, Museu de Lisboa
© Daniel Blaufuks

A Lisboa de outros tempos de Daniel Blaufuks chega ao Palácio Pimenta

A mostra 'Lisboa Clichê' inaugura dia 21 de Janeiro, no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta (Pavilhão Preto), e apresenta um conjunto de memórias fotográficas de Daniel Blaufuks entre o final da década de 1980 e o início dos anos 90.

Escrito por
Sara Sanz Pinto
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O Museu de Lisboa começa bem o ano com a exposição temporária Lisboa Clichê, uma selecção de 80 fotografias de Daniel Blaufuks, de entre as mais de 300 que integram o livro com o mesmo nome, editado pela Tinta-da-China e apresentado aqui mesmo a 28 de Setembro.

Nesta obra, o “clichê” remete-nos para espaços familiares, muitos deles já desaparecidos devido ao movimento de cosmopolitização do final dos anos 80, e habitualmente frequentados pelo artista e pelo seu círculo de amigos e conhecidos. É a Lisboa das tascas e casas de pasto, do fecho dos cinemas históricos, da vida boémia no Bairro Alto, da liberdade no mítico Frágil, das bandas rock portuguesas, dos encontros e desencontros na era das cabines telefónicas, do grande incêndio no Chiado, dos últimos alfaiates e das primeiras reconstruções urbanas preservando cirurgicamente as fachadas. 

Durante o primeiro confinamento, em 2020, e três décadas após serem captadas, o artista lisboeta publicou estas imagens nas suas redes sociais e posteriormente numa conta de Instagram chamada Lisboa Clichê, lançando assim o mote para o livro e a exposição. Bonitas memórias de uma cidade em transição, com o consequente desaparecimento de alguns elementos icónicos que lhe conferiam uma aura poética e cinematográfica – “a nossa Alexandria”, nas palavras de Daniel Blaufuks.

Daniel Blaufuks, exposição, Museu de Lisboa
© Daniel Blaufuks

Perante as grandes transformações que a paisagem lisboeta foi sofrendo, as 80 fotografias em grande formato eternizam assim espaços, ambientes e pessoas de uma capital a preto e branco, pré-digital e de ritmo demorado.

Blaufuks tem trabalhado sobre a relação entre a memória pública e privada, tema que é uma das constantes interrogações no seu trabalho como artista visual. Cria e expõe regularmente em museus, galerias de arte contemporânea e festivais, trabalhando principalmente com fotografia e vídeo e apresentando o resultado através de livros, instalações e filmes.

Tal como todas as exposições temporárias do Museu de Lisboa, também Lisboa Clichê será acompanhada por uma programação paralela a anunciar brevemente no site e nas redes sociais do Museu.

Lisboa Clichê. Museu de Lisboa – Palácio Pimenta. Campo Grande, 245. 21 751 3200. Ter-Dom, 10.00 – 18.00. De 22 de Janeiro a 27 de Fevereiro. 3€ (inclui entrada no museu). 

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