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A Monstra faz 20 anos e celebra com mais de 400 filmes

Escrito por
Tiago Neto
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O festival de cinema de animação de Lisboa celebra duas décadas e promove uma programação dedicada à retrospectiva. De 19 a 30 de Março, mais de 400 filmes rodam pelo Cinema São Jorge, Cinema City Alvalade, Cinema Ideal e Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema.

Há 20 anos que a Monstra traz a Lisboa algum do melhor cinema de animação feito dentro e fora de portas. Em 2020, a celebrar duas décadas, o festival promove um olhar retrospectivo sobre o legado e celebra-o com a exibição de alguns dos títulos mais importantes que passaram pelo grande ecrã.

Canção do Mar, de Tom Moore, Tia Hilda, de Jacques-Remy Girerd e Benôit Chieux, A Minha Vida de Courgette, de Claude Barras (na imagem), Chico e Rita, realizado por Fernando Trueba, Javier Mariscal e Tono Errando ou Noiva Cadáver de Tim Burton, cujas marionetas podem ser vistas atualmente no Museu da Marioneta, são alguns dos filmes em destaque.

A cerimónia de abertura, que acontece no dia 19 de Março à noite, no Cinema São Jorge, contará com a estreia mundial de três filmes: One Minute Memoire da realizadora norte-americana Joan Gratz, vencedora do Óscar em 1992 com o filme Mona Lisa Descending a Staircase; Setembro de Ricardo Mata, um filme português sobre a cidade de Lisboa, e Katalog of Flaws um filme do Canadá realizado por Marv Newland e que conta com banda sonora dos portugueses Dead Combo.

Na competição de longas metragens, The Swallows of Kabul, da dupla francesa Zabou Breitman e Eléa Gobbé-Mévellec, é um dos destaques, um filme sobre duas histórias de amor num Afeganistão sob o controlo taliban, que pretende celebrar a força e a beleza das mulheres. Já nas curtas, Sonhos Ilustrados, do japonês Koji Yamamura (Japão), nomeado para os Óscares em 2003 pelo filme Mt. Head, é um dos favoritos.

Esta edição conta também com o filme-concerto Solar Walk, uma curta-metragem produzida pela Animation Workshop da Dinamarca, realizada por Réka Bucsi e que tem sido exibida e premiada nos principais festivais de cinema do mundo. A música será interpretada ao vivo pela Orquestra de Jazz da Escola Superior de Música de Lisboa, orientada por Pedro Moreira e conduzida pelo maestro convidado, Nikolai Bøgelund, contando ainda com a participação da cantora Ingeborg Højlund.

Há ainda uma secção inteiramente dedicada ao Brasil, a Anima BR, a acontecer no Cinema Ideal. Otto Guerra, cineasta e animador brasileiro, é uma das figuras centrais. Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock 'n Roll, Até que a Sbórnia nos Separe e Cidade dos Piratas, o seu mais recente filme, são confirmações.

Outra das novidades é o Estúdio Mais Pequeno do Mundo em Lisboa, um estúdio de animação itinerante, que consiste num plateau com algumas marionetas e que vai estar presente em várias zonas da cidade para que o público possa aprender a fazer uma animação. A partir de cada trabalho vai ser montado um filme colectivo, que será depois apresentado na cerimónia de encerramento.

Para acabar em grande (ou melhor, em pequenino), a edição 2020 da Monstra tem um espaço dedicado aos mais novos, com sessões de entrada livre para crianças até aos 3 anos e workshops de animação para pais e filhos. A MONSTRINHA está também de regresso com muitas sessões para as escolas da grande Lisboa e este ano inclui, pela primeira vez, a secção Geração M, com programação dedicada aos alunos do ensino secundário.

Vários locais. bilheteira@monstrafestival.com.

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