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Queijaria do Monte
Francisco Romão Pereira

A Queijaria do Monte ganhou nome no Estoril e uma segunda casa em Alvalade

Depois do sucesso da primeira loja, a queijaria expandiu-se para Lisboa com uma oferta cada vez maior, sempre focada em marcas artesanais.

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
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Se dúvidas pudessem existir sobre a decisão que tomaram, há cerca de três anos, de mudar de vida para se dedicarem ao universo do queijo com uma queijaria de bairro, a abertura da segunda loja é a prova de que valeu a pena. Diana Mello e Tiago Pinto Carneiro já não estão apenas no Monte do Estoril e desde há uns meses que a sua Queijaria do Monte mora também em Alvalade. 

Queijaria do Monte
Francisco Romão Pereira

O desejo de crescer não existia desde sempre, mas o sucesso quase imediato da queijaria no Estoril atraiu inevitavelmente clientela de Lisboa. “E à medida que o tempo foi passando e que o negócio foi correndo bem, acho que começámos a querer mais e a querer vir para Lisboa”, conta Diana, lembrando também os muitos pedidos de clientes para abrirem mais perto. “Quando começámos a pensar realmente nisso, achámos que Alvalade era o que fazia sentido, porque tem a vida de bairro que nós também temos no Estoril. Queríamos que fosse uma loja de bairro, uma loja onde as pessoas descem, vêm comprar um bocado de queijo e é um consumo quase diário”, revela. 

À semelhança da queijaria no Monte do Estoril, perto do Jardim dos Passarinhos, a loja não esconde ao que vem. O cheiro denuncia-a. Lá dentro, tem os queijos à vista de um lado; do outro, tudo o que vai bem com queijo, de vinhos a tostas e batatas fritas (e até alguns acessórios). Mantém-se a aposta nos queijos estrangeiros, mais difíceis de encontrar por cá, embora para Alvalade tenha havido o esforço de apresentar mais queijos portugueses. “Tivemos que adaptar aqui um bocadinho a oferta, houve mais pedido para queijos portugueses. No Estoril, tínhamos três ou quatro referências, era uma coisa mais pequena. Aqui, tivemos alguns pedidos específicos”, explica Diana. “A percentagem é sempre muito maior de queijos internacionais, eu acho que temos 15% de queijos portugueses e 85% estrangeiros”, acrescenta ainda, contando que a oferta vai também variando, focada maioritariamente em marcas artesanais. 

Queijaria do Monte
Francisco Romão Pereira

Com a experiência dos últimos anos, Diana não duvida que sabe hoje muito mais sobre queijo do que sabia quando criou com o marido a Queijaria do Monte. “Nós achávamos que já tínhamos muitos queijos e era muito menos do que aquilo que temos hoje. Há uns típicos que continuamos a ter sempre, mas, por exemplo, nos queijos de cabra temos uma oferta muito mais especializada. Por estarmos há mais tempo no meio, temos muito mais conhecimento e conseguimos chegar a outros produtores”, constata.

Nos bestsellers, entre os queijos portugueses está o queijo da Serra – “Acho que por ser o queijo da Serra” –, e nos internacionais destaca-se o francês comté. “O nosso comté é mais curado do que a grande maioria dos comté que se encontram. Tem mais de 36 meses e é incrivelmente procurado”, aponta.

Queijaria do Monte
Francisco Romão Pereira

Como acontece no Estoril, também em Alvalade há uma pequena esplanada onde é possível beber um copo (a partir dos 3€) e picar uns queijos. Não há um preço definido para as tábuas por serem feitas à medida – o cliente diz quanto quer gastar e a magia acontece e mesmo que não coma tudo ali, pode sempre pedir para levar o resto para casa. “Desde que o cliente entra na loja até ao momento em que vai embora, temos um serviço 100% personalizado, em que a pessoa consegue provar os queijos para perceber o que é que gosta mais, o que é que gosta menos”, contextualiza a responsável. “Nós sentimos que o poder de compra nesta loja acaba por dar para todos os gostos. Nós costumamos dizer que dá para todos os bolsos.”

Rua Luís Augusto Palmeirim 1E (Alvalade). 21 249 7970. Seg-Sex 10.30-20.00. Sáb 08.30-20.00

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