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The Monarch
Arlei Lima

The Monarch. Beber que nem reis no Cais do Sodré

O The Monarch é inspirado na realeza com descontracção típica de um bar. Para beber há cocktails de autor e esperam-se petiscos em breve.

Teresa David
Escrito por
Teresa David
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Duas horas antes de abrir o seu The Monarch, José Maria Robertson, coloquialmente conhecido por Zé Robertson, finaliza os últimos detalhes na decoração do espaço. Ora limpa o chão, ora ajeita as cadeiras, ora coloca toalhas limpas na casa de banho. São rotinas que conhece bem, não tivesse já 15 anos de experiência na área – 12 no Cinco Lounge, em Lisboa, e mais uns quantos no Royal Cocktail Club, no Porto –, e um galardão da World Class Portugal, uma competição de bartenders, em 2015. Agora lança-se com um projecto seu na rua da Boavista, no Cais do Sodré, num edifício que partilha com a guest house Casa do Mercado. 

The Monarch
Arlei LimaJosé Maria Robertson

“Quando estava no Royal Cocktail Club, um dos meus sócios, o Francisco Machado da Silva, dono da guest house que está por cima do bar, disse que gostava de ficar com este espaço, que na altura era um restaurante, mas que só fazia sentido se eu conseguisse explorá-lo de alguma forma. Eu disse-lhe logo que sim”, lembra Zé Robertson. A abertura de portas deu-se em Maio. “Nós não somos um bar de hotel. Nós somos um bar que tem um hotel. Descobri esse conceito hoje e gosto. Acho que é uma maneira de nos posicionarmos”, refere.

O espaço é pequeno, acolhedor, com lugar para 30 pessoas divididas entre a mesa e o balcão. O chão em mosaico, as mesas de mármore e os sofás em veludo azul escuro correspondem à pretendida estética monárquica, mas as pinturas de D. João II, D. Carlos e D. Maria não deixam margem para dúvidas. A casa de banho segue o tema, com um cofre onde se guardam as toalhas de mão e uma coroa em néon a enfeitar as paredes, para os reis e rainhas das selfies no espelho. “O espaço não tinha nada a ver com isto. Tinham bancos e mesas de madeira. A ideia aqui é totalmente diferente”, diz Zé Robertson.

The Monarch
Arlei LimaRising sun

No menu reinam os cocktails de autor, seis dos quais à pressão – uma forma da equipa ganhar tempo no serviço. “Não estamos a querer inventar nada de diferente, estamos simplesmente a acompanhar a vanguarda daquilo que se faz hoje em dia no bar”, diz o bartender. O bestseller é o Romeu&Juliet (13€), uma mistura harmoniosa entre o doce da goiaba e o salgado do queijo mascarpone e crème faîche, com gin. Ainda assim, o Chengdu milk punch (13€), com rum, pimenta de sichuan, licor de baunilha e chocolate branco; e o rising sun (13€), uma espécie de paloma, com tequila, citronela, cordial de togarashi e Scweppes de toranja e baga do Nepal, não ficam atrás. 

Volta e meia, Zé Robertson testa algumas ideias com os seus clientes. “Estamos constantemente a produzir coisas novas e uma das maneiras que nós temos de testar as bebidas é dá-las aos clientes precisamente para fazer a nossa pesquisa de mercado e, eventualmente, até começar a vendê-las. Nós não temos limite para fazer cocktails”, conta. 

The Monarch
Arlei LimaChengdu milk punch

“A ideia é ser um lounge de cocktails, uma coisa tranquila, e fazer com que as pessoas sintam conforto, mas que possam ter um bocadinho da excelência e do luxo da monarquia”, comenta. Mas não é um conceito rígido: quem quiser uma imperial ou um cocktail clássico também será servido. “Fazer cocktails de autor é do que mais gostamos, mas a ideia aqui é receber bem as pessoas, portanto se quiserem vir aqui beber uma cerveja, venham. Mas faço sempre a sugestão do nosso cocktail, porque são coisas únicas que se podem beber”, afirma. Para já, a prioridade é “cimentar bem este conceito”, mas esperam-se novidades em breve, entre elas um menu de petiscos. 

Rua da Boavista 10. 93 315 3594. Dom-Seg 19.00-01.00. Ter-Sáb 19.00-01.30

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