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O Teatro D. Maria II recebe entre os dias 8 e 13 de Outubro uma semana dedicada ao fenómeno das fake news. A Fake Week põe à prova o que é verdadeiro em áreas como o jornalismo, política, teatro e até ciência.
A iniciativa é uma produção da companhia Formiga Atómica, com coordenação de Inês Barahona e Miguel Fragata, um trabalho de pesquisa desenvolvido para a criação do espetáculo Fake, com estreia marcada para 19 de Março de 2020. A Fake Week leva à Sala Estúdio do teatro cinco actividades distintas que põem em cima da mesa a mentira para que se reflicta sobre a verdade.
“Engana-me que eu gosto” faz parte do programa e terá quatro sessões de criação e difusão de fake news nos dias 8, 10, 12 e 13 de Outubro (ter e qui 18.30, sáb e dom 10.00). Este workshop questiona quais os mecanismos que convocam discussão e produzem a aparência de verdade – o desafio é alimentar um site fantasma com conteúdos falsos, e que depois resultará de uma edição efémera de um jornal em papel com notícias sobre o espectáculo Fake. Estas sessões requerem inscrição no site do teatro.
Com curadoria de Tiago Guedes, há um ciclo de filmes – Falar verdade a mentir – com sessões a 9, 11, 12 e 13 de Outubro (qua, sex e sáb 21.00 e dom 17.00). O primeiro filme, de dia 9, será The Arbor, de Clio Barnard, e no dia seguinte passa The Act of Killing, de Joshua Oppenheimer. A 12 é a a vez de Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho, e a última projecção é a do filme de William Karel, Dark Side of the Moon.
Através de várias áreas de pensamento, serão debatidas em quatro conferências moderadas por Luís Osório o que é fake e o que é verdadeiro. A primeira acontece dia 9 e é dedicada ao jornalismo e à política com Carlos Jalali e Paulo Pena, e a de sexta, 11, incide sobre temas da filosofia, com Viriato Soromenho-Marques. No dia 12 é a vez de Madalena Paiva Gomes e Ricardo Vieira abordarem a psicologia e a justiça, e o ciclo de conferências encerra com uma conversa com David Marçal e Ricardo Miranda a falarem sobre ciência e marketing. Todas as sessões começam às 19.00, à excepção da que acontece no dia 13 que está marcada para as 15.00, sendo que a entrada é livre mediante levantamento de bilhetes a partir de uma hora antes do início da sessão.
No sábado, dia 12, há uma sessão de análise de micro-expressões e de detecção da mentira (ver crescer o nariz de Pinóquio não conta). A partir das 16.00, há uma sessão de Crime, Disse Ela, onde um técnico forense vai analisar o trabalho de quatro atrizes que interpretam uma personagem real. O desafio é despistar a mentira nas expressões, no tom de voz, na linguagem corporal. A entrada é gratuita e à semelhança das conferências terá de levantar bilhete.
Mais virado para as escolas, há ainda uma série de oficinas de sensibilização para a desinformação, sobre como detectar uma notícia falsa e o poder e papel das redes sociais nesta temática. Fake AKA Mentira decorre de 8 a 11 de Outubro, entre as 15.00 e as 17.00, mas as inscrições já se encontram esgotadas.