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Diego Rodriguez de Silva y Velázquez, Rei Filipe IV de Espanha. 1644. Óleo sobre tela. The Frick Collection, Nova Iorque. Inv. 1911.1.123
© Michael BodycombDiego Rodriguez de Silva y Velázquez, Rei Filipe IV de Espanha. 1644. Óleo sobre tela. The Frick Collection, Nova Iorque. Inv. 1911.1.123

Abram alas! Há um Velázquez a caminho da Lisboa

A partir de 12 de Abril, o Museu Gulbenkian recebe mais uma Obra Visitante – é ‘Rei Filipe IV de Espanha’, retrato pintado por Diego Velázquez em 1644. Vem directamente de Nova Iorque e fica até Setembro.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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O Museu Gulbenkian desvenda a sua mais recente Obra Visitante. O ciclo inaugurado há dois anos com uma pintura de Rembrandt, cedida pelo Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, em Madrid, dá agora espaço a Rei Filipe IV de Espanha, obra-prima de Diego Velázquez, um dos nomes maiores da pintura espanhola. Pode ser vista a partir de 12 de Abril.

A obra, uma das favoritas do coleccionador americano Henry Frick, chega directamente de Nova Iorque através de um empréstimo, possível durante as obras de remodelação e ampliação no edifício da The Frick Collection, na East 70th Street.

A pintura em questão pode não ser um Las Meninas, mas é uma obra-prima do mestre espanhol, designado pintor da corte espanhola em 1623. Com o objectivo de afirmar a imagem pública do rei, o retrato foi pintado na Primavera de 1644, quando o artista acompanhou o monarca numa incursão militar na Catalunha. "Velázquez terá realizado esta pintura num curto espaço de tempo, em condições pouco habituais, num ateliê improvisado, em Fraga, quartel-general das tropas espanholas", pode ler-se no comunicado enviado pelo museu português esta quinta-feira.

Diego Rodríguez de Silva y Velázquez (1599-1660) 'Rei Filipe IV de Espanha', 1644. Óleo sobre tela
Michael BodycombDiego Rodríguez de Silva y Velázquez (1599-1660) 'Rei Filipe IV de Espanha', 1644. Óleo sobre tela

"Em contraste com a sobriedade de outros retratos produzidos por Velázquez, o pintor optou por representar Filipe IV no papel de chefe militar vitorioso, envergando sobreveste, ricamente adornada com brocados que combinam com a faixa que suporta a espada, um dos símbolos da sua autoridade, a que acresce o bastão que evoca a vitória militar do seu exército após a reconquista da cidade de Lérida", lê-se ainda.

A pintura foi depois enviada para Madrid para representar simbolicamente o rei numa missa na Igreja de San Martín. Quanto a Filipe IV, acabaria por ser o penúltimo da Casa de Habsburgo a reinar em Espanha. O filho, Carlos II, portador de sérias deficiências físicas e mentais morreria aos 39 anos e sem descendência, dando lugar aos 13 anos de Guerra de Sucessão Espanhola.

As figuras de Calouste Gulbenkian e Henry Frick, enquanto grandes coleccionadores de arte, cruzam-se nesta obra-prima de Velázquez, pela última vez no mercado em 1910. Na altura, terá mesmo atraído o interesse de Gulbenkian que, menos de uma década depois, adquiriu o Retrato de D. Mariana de Áustria, da autoria do mesmo pintor espanhol. O quadro viria depois a ser doado ao Museu Nacional de Arte Antiga.

Museu Calouste Gulbenkian, Avenida de Berna, 45A. 21 782 3000. Qua-Seg 10.00-18.00. 12 Abr-9 Set. 10€

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