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Afinal, o Barreiro Rocks não morreu. Seis anos depois, está de volta

Apesar de ter sido anunciado que o festival iria deixar de existir, em 2019, este vai regressar à Margem Sul com concertos de Chinaskee, Vaiapraia ou El Señor.

Hugo Geada
Escrito por
Hugo Geada
Jornalista
Chinaskee
Fotografia: Diana Matias | Chinaskee
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Um dos melhores e mais influentes festivais de rock alternativo portugueses está de volta. O Barreiro Rocks regressa em Dezembro de 2025, entre os dias 5 e 7, após um hiato que se iniciou em 2019. O evento traz nomes que já fizeram parte da história do festival, no ano em que celebra o 25.º aniversário da sua criação. 

O cartaz começa a desenhar-se com confirmações que fazem ecoar memórias de edições passadas. Chinaskee, o alter ego de Miguel Gomes, regressa depois de ter passado pelo festival em 2016. O músico, que em Bochechas (2021) deixou de lado a psicadelia para abraçar as guitarras de frente, promete canções novas, energia e uma celebração do rock’n’roll em estado puro. Quem também volta é Vaiapraia, projecto de Rodrigo Vaiapraia, que já tinha pisado o palco do Barreiro Rocks em 2015 e continua a oferecer canções carregadas de afecto e electricidade emocional. 

Os El Señor vão de Fafe e levam na bagagem um punk-rock de nervo e amor pela estrada. Estrearam-se em 2017 e regressam agora para levar o norte ao sul do Tejo. Candy Diaz, o alter ego de Ana Farinha, será a bússola para uma viagem em formato DJ set que cruza psicadelismo com pérolas obscuras, girl groups, música cigana e desvios pelo pós-punk, dub e funk. Haverá também espaço para o revivalismo sombrio d’Os Overdoses, com riffs arrancados às raízes mais fundas do rock americano, drones inquietantes e letras que soam como histórias contadas no submundo. 

De Madrid chegam os veteranos Los Chicos, um caso sério de country-punk-rock-soul-garage-gospel, que já são praticamente parte da mobília do festival. De Montreal vem Mark Sultan, também conhecido como BBQ, um “one man band” que em 2013 deixou marca no Barreiro e agora regressa para mais uma dose de garage cru e incendiário. Do lado mais abrasivo, os 800 Gondomar, que se estrearam em 2016, voltam a levar distorção, suor e intensidade, a mesma que os conduziu a palcos na Grécia e na Ásia. E porque nem só de concertos vive o Barreiro Rocks, o americano mais barreirense, DJ Shimmy (George Casey, dono da Lost Padre Records), fecha uma das noites com um set de garage rock, soul e tudo o que lhe apetecer misturar. 

Esta edição vai ocupar novamente os espaços da ADAO – Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios – e a Locomotiva – Bar dos Ferroviários, no Barreiro. Os bilhetes ficam disponíveis a partir de 22 de Setembro e, antes de Dezembro chegar, o festival vai aquecer motores com uma série de warm-ups pela Península Ibérica, em Novembro. Mais confirmações chegam a 8 de Agosto. 

ADAO – Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios e Locomotiva – Bar dos Ferroviários (Barreiro). 5-7 Dez (Sex-Dom)

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