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Ciência, inovação e cultura. São estas as palavras-chave do Técnico Innovation Center (TIC), que vai finalmente começar a ser construído na antiga estação do Arco do Cego. Será um futuro farol da produção e divulgação de conhecimento, com uma componente cultural de apoio a novas actividades económicas, onde a população não universitária também será convidada a entrar.
A 17 de Abril de 1882, foi construída a Estação do Arco Cego, na antiga Quinta do Poço Caído, uma estrutura que funcionou como recolha de eléctricos da Carris até 1997. Depois ainda foi um terminal rodoviário e chegou aos dias de hoje como um simples parque de estacionamento automóvel. Porém, há dez anos, o Instituto Superior Técnico (IST) e a Câmara Municipal de Lisboa assinaram um protocolo de cedência de superfície que previa a construção de um espaço de ciência, arquitectura, engenharia e tecnologia, destinado a alunos e professores do IST e a toda a comunidade lisboeta. O direito de superfície foi constituído em 2013, o projecto foi aprovado em 2017 e 2023 será o ano de inauguração do TIC, prometeu Rogério Colaço, professor e presidente do IST, durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra, que decorreu esta segunda-feira na estação do Arco do Cego.
O projecto promete dar uma nova vida às três naves da estrutura metálica que faz parte da paisagem lisboeta, numa espécie de extensão do campus da Alameda, ali quase ao lado. O TIC irá incluir 1000 m² de “espaço colaborativo”, onde os estudantes podem desenvolver projectos em parceria com empresas ou criarem as suas próprias startups; 2000 m² estarão destinados a uma área de exposição permanente aberta ao público e com programação cultural associada; e outros 1000 m² ficarão reservados a um espaço de lazer com zona de restauração aberta a toda a cidade. O financiamento foi garantido pelo CCDR-LVT (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo) e também pela Fidelidade, um mecenas privado que se torna assim um dos principais parceiros do projecto, num investimento total de 13,9 milhões de euros.
Para Rogério Campos Henriques, presidente da comissão executiva da Fidelidade, “ Portugal precisa da ligação entre universidades e empresas para criar conhecimento e gerar riqueza”, descrevendo o futuro TIC como um “local de síntese” entre a academia e a sociedade civil. Também presente na cerimónia, Isabel Ferreira, Secretária de Estado da Valorização do Interior, considera este projecto “uma aposta clara na ciência”, acrescentando que essa é a “melhor fórmula para criar riqueza”. Num final de tarde recheado de convidados especiais, também o Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, subiu ao palanque, deixando um repto para a futura área de exposição aberta ao público: uma mostra de ciências e tecnologias do mar, sublinhando a importância do IST na contribuição para o desenvolvimento sustentável.
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