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Após interrupção, o festival Cumplicidades regressa em Setembro

A terceira edição do Festival Internacional de Dança Contemporânea arrancou em Março e foi interrompida passados poucos dias. Mas está de regresso.

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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“O Festival informa que todas as actividades se encontram neste momento canceladas”. A 12 de Março a organização da terceira edição do Festival Internacional de Dança Contemporânea Cumplicidades comunicava o cancelamento do programa que tinha arrancado a 6 de Março e se iria prolongar até dia 21 do mesmo mês entre o Teatro São Luiz, o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, a Rua das Gaivotas 6, CCB, CAL – Primeiros Sintomas, Teatro Camões e Bibliotecas Municipais. A boa notícia é que após um longo intervalo a programação será retomada a partir de Setembro.

Será dividido em dois momentos: um primeiro entre Setembro e Outubro e um segundo entre Fevereiro e Março de 2021, tendo sempre atenção ao evoluir da actual pandemia. “As circunstâncias ao retomarmos serão necessariamente outras e sempre sujeitas a imprevistos decorrentes da evolução da pandemia”, avisa a organização, sublinhando ainda a importância do retomar da actividade artística. “Acreditamos que é importante reerguer as condições para que os artistas e demais profissionais associados à edição de 2020 do festival retomem a sua actividade, querendo e podendo fazê-lo. É nesse sentido que temos vindo a trabalhar desde Março, pensando também no quanto é importante reactivar, acauteladamente e dentro das actuais circunstâncias, a dimensão cultural do reencontro social em espaços físicos”.

O primeiro espectáculo acontece a 23 de Setembro com Your Teacher, Please, da bailarina e coreógrafa Ana Rita Teodoro, um trabalho focado no butô, dança japonesa criada por Tatsumi Hijikata no Japão pós-guerra, e uma conferência-dançada que aborda os ensinamentos passados por Yoshito Ohno. No mês seguinte pode ver, por exemplo, Salão para o Século XXI, a 3 de Outubro no Museu de Lisboa Palácio Pimenta, com Filipa Matta, Frederico Barata, Isabel Costa e João Pedro Mamede no elenco. Uma criação de Isabel Costa, actriz e criadora ligada à companhia Os Possessos, onde um salão de arte é ocupado por quatro pessoas que mais não fazem do que refinar o seu discurso. No mesmo local, mas uma hora depois, começa A Besta, As Luas (Trabalho em processo), uma criação de Elizabete Francisca que levanta o véu sobre a sua nova criação. Tudo parte da frase “eu não obedeço porque sou molhada”, da canção “Banho”, de Elza Soares.

O Cumplicidades nasceu em 2015, uma ideia do bailarino e coreógrafo Francisco Camacho, o director artístico do festival que também dirige a EIRA, a estrutura por detrás do evento. Entretanto, passou a realizar-se de dois em dois anos e foi crescendo em número de espectáculos, diversidade e actividades paralelas. Este ano a curadoria nacional é de André Guedes, a internacional de Sara Machado e a programação já está disponível no site oficial do festival.

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