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© Francisco Romão Pereiramaat

Arte contemporânea: há uma nova app com mais de 100 exposições em todo o país

A ‘Portugal Contemporary Art Guide’ é gratuita e agrega informação de 285 instituições. Só na Grande Lisboa, há 55 exposições para visitar.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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A arte contemporânea está mais perto do público, pelo menos é essa a missão da mais recente inovação tecnológica na área das artes visuais. A Portugal Contemporary Art Guide já pode ser descarregada, gratuitamente, e agrega informação sobre exposições, museus, galerias, artistas, colecções e eventos especiais, com uma base de dados de 285 instituições em todo o país e mais de uma centena de exposições a decorrer actualmente.

Uma aplicação que é, simultaneamente, uma "agenda, um guia e um mapa", como explicou Sérgio Fazenda Rodrigues, durante a conferência de imprensa realizada esta quarta-feira. O director da Contemporânea, editora especializada e parceira da DGArtes e do Ministério da Cultura na construção da aplicação, falou ainda de uma plataforma criada do zero, com design e tecnologias próprios (pela East Atlantic Engineering), em constante actualização com a programação a nível nacional, incluindo ilhas. "É um território que merece ser divulgado, não só pela produção nacional que é de relevo, mas sobretudo para conseguir democratizar o acesso e trazer cada vez mais pessoas", refere ainda, em declarações à Time Out.

Uma app de funcionamento intuitivo, organizada a partir de um feed tripartido – a inaugurar, com todas as exposições e mostras que já têm data marcada; a decorrer, com todas as que estão patentes actualmente; a terminar, com as últimas oportunidades de visita. É possível ainda adicionar as exposições ao calendário pessoal, partilhá-las com outros contactos e aceder a conteúdos editoriais sobre algumas delas, providenciados pela Contemporânea. Já a pesquisa pode ser feita com três filtros diferentes – por local, por artista ou por exposição.

Portugal Contemporary Art Guide
DR

"Esta app dá um grande contributo para fortalecer uma prioridade do Ministério da Cultura e da DGArtes no sentido de valorizar, promover e contribuir para reforçar a visibilidade da arte contemporânea em Portugal", resumiu Américo Rodrigues, director-geral das Artes, na mesma conferência de imprensa. Com a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), ainda em expansão, a servir de base à aplicação, o mapeamento de museus, galerias, fundações, bienais e trienais e espaços culturais sem fins lucrativos continua.

"Temos de democratizar de uma vez por todas o acesso às artes", afirmou o mesmo dirigente, apontando a "criação de novos públicos" e a valorização do país como "destino de excelência no chamado turismo de arte" como dois dos objectivos. Com o período de adesão à RPAC a decorrer, com mais de uma centena de processos e um financiamento de dois milhões de euros numa primeira fase, a arte contemporânea parece estar na mira do Governo.

Ainda na conferência de imprensa de apresentação da Portugal Contemporary Art Guide, Pedro Adão e Silva falou num aumento de 23% no orçamento destinado à cultura, em relação ao Orçamento do Estado para 2022. Simultaneamente com os esforços para esbater barreiras sociais e geográficas entre a arte e o público português, o ministro da Cultura fala numa "nova fase para a colecção de arte contemporânea do Estado" e numa política de aquisições focada em preencher lacunas existentes, mas também em artistas emergentes.

Portugal Contemporary Art Guide
DR

Segundo Sérgio Fazenda Rodrigues, está ainda a ser desenvolvida a ligação directa aos sites de museus e instituições, que dará acesso à aquisição de bilhetes, sempre que for o caso. Fora do âmbito da aplicação, a DGArtes continua a trabalhar num levantamento exaustivo noutras disciplinas artísticas.

"Encomendámos um estudo ao Observatório Português das Actividades Culturais e a parte final desse estudo é uma coisa chamada Atlas Cultural, com o mapeamento de todas as instituições que se dedicam à arte e à cultura. Tendo em conta o trabalho meritório e os objectivos desta aplicação, acho que ela pode ser replicada noutras áreas – o teatro, a música consoante os géneros e outras instituições, como cineteatros, black boxes. A ideia – e o país precisa disso – é fazer um mapeamento para saber do que é que falamos quando falamos de cultura", explica o director-geral das Artes. 

A DGArtes aponta agora a apresentação deste estudo, desenvolvido durante os últimos três anos, para Dezembro ou para o início de Janeiro. "Em forma de aplicações, em forma de livro, de conferência, há imensas possibilidades", conclui.

A app Portugal Contemporary Art Guide pode ser descarregada gratuitamente na App Store e no Google Play

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