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As canções de Carlos Paião estão de regresso ao palco (e sem playback)

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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Os Paião reinterpretam canções escritas pelo autor de Playback. Sábado, apresentam o álbum homónimo do ano passado no Capitólio. E vão estrear novas versões.

Carlos Paião foi um dos grandes nomes da canção pop portuguesa durante a década de 80. Venceu o Festival da Canção, compôs para Herman José e Amália Rodrigues, cantou com Cândida Branca Flor, editou um par de álbuns e vários singles de sucesso. Até que morreu, em Agosto de 1988, num acidente de automóvel. Tinha 30 anos. E foi por ocasião dos 30 anos da sua morte, em 2018, que Nuno Galopim convidou João Pedro Coimbra, dos Mesa, e Nuno Figueiredo, dos Virgem Suta, para fazerem uma homenagem ao compositor durante o Festival da Canção. Nasciam os Paião.

“Depois de recebermos o convite fomos ver quem poderia fazer parte [do projecto]”, lembra João Pedro Coimbra. “O Galopim sugeriu logo o [Jorge] Benvinda, porque os Virgem Suta faziam uma versão da “Playback” nos concertos. E ficámos com o plano em aberto para encontrarmos outras vozes.” Falaram com Marlon, de Os Azeitonas, e a cantora VIA, e começaram a trabalhar. “Escolhemos na altura dez canções, que eram fundamentais, mas o Festival da Canção não permitia que mostrássemos todas, por constrangimentos de tempo. Então pensámos fazer um disco.” O CD, chamado apenas Paião, saiu no ano passado e será apresentado este sábado no Capitólio.

Mas o concerto vai ser maior do que o disco. “Porque o disco deve ter 40 minutos e um concerto não pode ter só 40 minutos”, reconhece João Pedro Coimbra. “Fomos procurar outras canções que por uma razão ou outra não entraram, como a ‘Trocas e Baldrocas’ e ‘O Foguete’. Sei que vamos tocar ao todo 16 ou 17 canções. Deu um bocado de trabalho, porque ele era um compositor cheio de estrica. Mas o resultado está muito giro.”

É possível que este e outros concertos que vão dar ao longo dos próximos meses, sejam as únicas oportunidades para ouvir estas canções. “Para já não pensámos [em gravá-las]. Estamos mais preocupados com os ensaios”, confessa João Pedro. “Tínhamos era uma ideia que era encontrar um inédito ou dois, mas acho que não ficou nada. Talvez uma letra ou outra. Quando passar o período destes concertos vamos tentar perceber isso. Gostava de pegar num inédito e musicar, como os Humanos fizeram.”

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