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Blue, um restaurante com o azul do mar e o verde da horta

Escrito por
Tiago Neto
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A intervenção no número 2 da Rodrigo da Fonseca levou um ano mas, no fim, chegou com uma novidade. No Blue, o novo restaurante do piso térreo do The Vintage Hotel , combina-se o que de melhor existe na gastronomia portuguesa com elementos de fusão, tudo pela mão de João Silva, o chef também responsável pelo Lumi Rooftop.

As fotografias, ao longo da parede, traduzem-lhe a temática: o mar. Mesas e cadeiras funcionam como ode ao minimalismo, e a lareira, suspensa, completa o ambiente. Atrás há um pátio, de inspiração arrancada à beira-Mediterrâneo, ideal para os dias – ou noites – mais quentes, e um balcão que divide a sala, onde nos podemos sentar se a vontade for a incursão pelos cocktails. Assim é o Blue, o restaurante do renovado The Vintage Hotel, que com os olhos no mar e os sabores na portugalidade, vai combinando influências.

O espaço do Blue
Fotografia: Manuel Manso

A premissa era uma cozinha não pretensiosa, "descontraída, onde se possa reunir os amigos", combinando o que de melhor há em Portugal com "técnicas e produtos de outros países, pontualmente", começa por dizer o chef, que antes de assumir o desafio no Blue, passou por espaços como a Quinta do Arneiro, o Vila Vita, o Bela Vista ou o São Gabriel, Almancil.  A carta vive dessa fusão, como o ovo escocês que ali é feito com alheira DOP de Mirandela (10€), precisamente para agregar os elementos. Mas também o spring roll de rabo de boi (12€) serve de exemplo, além das referências biológicas. "É uma coisa que trago sempre comigo, tal como a sazonalidade."

Ovo escocês com alheira DOP de Mirandela, bulgur e espinafres
Fotografia: Manuel Manso

Sobre o que mais o entusiasma, João Silva diz ser difícil "apontar uma coisa em concreto", mas a proximidade da cozinha com o cliente, que torna possível "falar, perceber se está a gostar ou não", é um factor importante. Nos produtos, pelo legado farm to table que aplicou noutros espaços, destaca os legumes entre o que mais gosta de trabalhar: "O tomate é um bom exemplo, no Verão fazemos o aproveitamento, mesmo para secar, porque não é suposto comer tomate o ano inteiro".

Bulgur com feta, abóbora, beterraba, tomate cherry e aipo
Fotografia: Manuel Manso

A carta tem opções que vão do mar à horta e chega em três menus: o diário, disponível de manhã à noite, o buffet de almoço (16€), com bebida, café e sobremesa incluída e as opções de jantar. Para começar há creme de abóbora com amêndoa e queijo feta (5€), hummus de beterraba, grão e azeitonas do Alentejo (5,75€) ou chips de batata doce com molho de ervas, molho de mostarda e chutney de maçã (5€). Nas saladas, a de polvo com com batata doce, rúcula e pimento assado (9€) é boa aposta.

Pudim abade de Priscos
Fotografia: Manuel Manso

Das 19.00 às 23.00, no menu jantar, tem peixe do dia com um acompanhamento (19,50€), bochecha de porco assada lentamente com risotto de cogumelos (16€) ou bulgur e legumes assados com queijo feta e ervas aromáticas (13€) como opção vegetariana. As sobremesas também são da responsabilidade do chef e há várias opções. Do pudim abade de Priscos com citrinos e gel de maracujá (6€) ao brownie de chocolate, gelado de baunilha e molho de caramelo (6,50€) ou ao ananás dos Açores, chá verde e gelado de iogurte (5,50€). "É muito importante ter conhecimento e abrangência que nos permita fazer de tudo."

Rua Rodrigo da Fonseca, 2 (Marquês de Pombal). Seg-Dom 12.00-23.30.

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