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Café Klandestino, o novo bar de cocktails do Intendente

Escrito por
Miguel Branco
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Situa-se na Rua do Benformoso, antes de chegar ao Largo do Intendente, e é o novo bar de cocktails da cidade, com especial queda para o café. A maioria dos seus cocktails têm café de alguma maneira e o seu conceito é baseado no contrabando de café entre Portugal e Espanha, nos anos 50.  

A decoração tropical – aves e cores vivas – da entrada não é como o algodão: engana. Uma vez superado o primeiro nível, aí sim, percebemos ao que vimos. São sacos de café espalhados pela casa, uma pseudo-prisão, uma máquina de arcada (com Metal Slug, quem se lembra?), texturas latinas a sair das colunas, estrelas no céu, mobiliário antigo quase todo cedido pela avó de João Resende, um dos sócios e bartender do Café Klandestino. 

Duarte Drago

O novo espaço da Rua da Benformoso, no Intendente, é um cocktail-bar-descontraído que gosta de café. Até porque café não é só a bebida, “é energia, convívio entre amigos, é um lugar de encontro”, diz-nos João, que divide a sociedade com o seu irmão Marcelo e com um amigo espanhol, Antonio Romero, que conheceu em Barcelona, quando trabalhava no bar do 26º andar do Hotel W. “Aprendi muito, mas havia muita pressão, então pensámos em fazer algo nosso. Como temos uma sociedade Portugal-Espanha decidimos que a história dos cocktails e da decoração se ia basear no contrabando de café que acontecia entre Portugal e Espanha nos anos 50. Para lá levávamos gado e conservas e em troca recebíamos café. Isso foi o mote”, explica. 

Antes disso, João tinha estudado na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, e depois trabalhado no Sana Myriad, no Parque das Nações, com Sandro Pimenta (actualmente no Farol Hotel, em Cascais). 

João Resende atrás do balcão
Duarte Drago

O café, que está em pequenos apontamentos em todo o bar, está também presente em oito dos doze cocktails da carta do Café Klandestino, “seja através infusões, café em pó, grãos de café, espumas ou bitters caseiros”. Nesse capítulo, e ainda que sejamos pró-café, fomos por outro caminho. É que somos ainda mais pró-margaritas e esta era de pimento Padrón (10€), com infusão de pimento Padrón e hibiscus, triple sec, tequila, uma maravilha que sabia mesmo a Padrón apesar de ter uma cor mais alanrajada, e era assim forte, como se quer uma margarita. 

Duarte Drago

 Que nenhuma autoridade desmantele este local de contrabando. A gerência – e por certo a cidade – agradece.

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