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Câmara de Lisboa fez as contas para 2020: mais casas, árvores, bicicletas e ciclovias

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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Habitação, mobilidade e ambiente estiveram em destaque na apresentação do orçamento municipal, que decorreu esta quarta-feira nos Paços do Concelho.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) apresentou esta quarta-feira o orçamento municipal para 2020, reforçando a aposta no ambiente, no problema da habitação e na mobilidade na cidade, numa sessão que apresentou ainda uma nova forma de olhar para as contas do município: uma plataforma online, onde todos os cidadãos podem mexer no orçamento conforme acharem melhor, embora seja tudo a fingir. Uma ferramenta didáctica disponível em lisboaorcamento.cm-lisboa.pt que é também uma nova e gráfica forma de olhar para as receitas e despesas do município, tal qual “vereadores das Finanças”, como disse na apresentação João Paulo Saraiva, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Na habitação, destaca-se o agravamento do IMI, uma penalização que abrange edifícios devolutos em zonas de pressão urbanística (são 3246 neste momento), os quais passaram a pagar seis vezes mais, de acordo com a mais recente alteração legislativa. Um agravamento que piora de ano a ano, até atingir um máximo de 12 vezes o IMI de cada edifício. O Programa Renda Acessível irá continuar em marcha com mais 3200 fogos e 226 quartos e se em 2019 foram reabilitados 792 fogos, no próximo ano o número fixa-se em 781 e 2287 em 2021. O orçamento total na área da habitação é de 99 milhões de euros.

Passando para a mobilidade, a CML destaca os dois novos corredores verdes de Lisboa, já em fase de execução, o corredor de Alcântara e o Oriental, sublinhando o vice-presidente que “há um longo caminho a fazer nos hábitos de mobilidade”. A aposta nas carreiras de bairro da Carris continua com mais oito circuitos para 2020, a par de mais 10 mil lugares de estacionamento. A rede das bicicletas Gira também será reforçada com mais 60 estações e 966 bicicletas. Para uma cidade mais sustentável, mais verde e com mais árvores, o município destinou 24,9 milhões de euros, sem contar com mais 2,6 milhões para a iluminação pública e de edifícios. 

O programa Uma Praça em Cada Bairro também vai continuar em marcha, com destaque neste orçamento para a Praça de Espanha, Largo Conde Barão, Praça da Alegria e Sete Rios, num total de 58 milhões de euros. A Feira Popular também não foi esquecida (2,5 milhões de euros), nem o remate do Palácio da Ajuda e zona envolvente (15,1 milhões de euros). O projecto da Doca da Marinha, do HUB Criativo do Beato e a aposta na continuação da Web Summit em Lisboa foram outros dos destaques neste orçamento que também pode consultar online.

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