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Capim Limão: comida de conforto e com “bom astral” em Picoas

Escrito por
Inês Garcia
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O nome é em português do Brasil, o projecto é de uma brasileira e de um português, mas é difícil rotular o novo restaurante de Picoas com uma só gastronomia. No Capim Limão (erva-príncipe, em português de Portugal) há comida de conforto, pratos aparentemente simples mas bem temperados e muita técnica por trás, da moquequinha de camarão ao filet mignon com batata gratin.

Claudia Mello, a dona, trocou o universo da moda, onde trabalhou durante muitos anos no Brasil, pelo da restauração em Lisboa. Mas ao início pensou apenas abrir um café pequenino, com opções de pequeno-almoço e umas sanduíches, até que encontrou o espaço, com dois andares, muito luminoso, e o chef. “Não queríamos nada que remetesse para a noite, mas sim algo claro e com bom astral”, explica, e o mesmo aplicou-se à oferta gastronómica. “A gente está no meio termo entre a alta gastronomia e tasca. Nesse meio existem poucas opções e pouca oferta”, acrescenta Doca Vieira Gonçalves, nome artístico do chef que trabalhou no restaurante estrelado Olympe, do francês Claude Troisgros, e já em Lisboa foi sous chef de José Avillez no Mini Bar.

Ceviche de peixe branco
Fotografia: Inês Félix

A carta é curta – não passa as seis opções quer seja nas entradas, saladas, pratos principais ou sobremesas, para não criar dificuldade na hora da escolha. No cardápio principal encontra polenta com ovo escalfado e cogumelos (8€), um ceviche de peixe branco, batata doce e quinoa crocante, a acompanhar com umas tostinhas (11,80€) ou um mini tachinho de brandade de bacalhau (11€) para começar a refeição.

Brandade de bacalhau
Fotografia: Inês Félix

Há quatro saladas compostas, como a de cuscuz com curgete salteada, crème fraîche e ovo escalfado (6,90€) – “a semana passada esta salada não tinha tomate, agora leva um tomate-cereja confit, agridoce”, explica o chef, justificando as trocas que já fez, assentes não só na sazonalidade dos produtos mas também no que se vai lembrando. Vem, depois, o filet mignon com batata gratin e molho de vinho tinto (18,50€), bem tenro, a moquequinha de peixe com arroz branco e farofa de dendê (14,90€), o cachaço assado com lentilhas, legumes e farofa de panko (11,80€) ou até um risoto de mozzarella de búfala, tomate cereja e manjericão (11,80€).

Cuscuz com curgete salteada, crème fraîche e ovo escalfado
Fotografia: Inês Félix

É uma “cozinha de felicidade”, dizem, apontando o “rapar do tacho” como um dos sinais dessa felicidade e “aconchego” que querem passar com os seus pratos.

Moquequinha de peixe
Fotografia: Inês Félix

Nas sobremesas (5,80€), novamente várias influências: há um cheesecake cozido com cacau, frutos vermelhos e zest de laranja, um doce de banana com amendoim crocante, creme de canela e merengue ou um crumble de pêra com creme inglês e avelãs caramelizadas.

Cheesecake com cacau, frutos vermelhos e zest de laranja
Fotografia: Inês Félix

Para tirar o máximo proveito do espaço, que tem 88 lugares divididos em dois pisos, com o piso inferior mais destinado a eventos privados, espreite a carta de bebidas, onde por enquanto há apenas dois cocktails da casa, o Passion Prince, uma espécie de caipirinha de maracujá, com o fruto, cachaça, lima e capim limão (6€) ou o Ginger Mary, servido em bule de ferro, mais fumado, com rum, gengibre, laranja, limão, cerveja e alecrim (7€), colhido da pequena horta à entrada do restaurante.

Cocktail Passion Prince
Fotografia: Inês Félix

Durante todo o dia, há ainda propostas mais ligeiras, como as omeletes com tomate e mozzarella de búfala e manjericão ou a de cogumelos com grana padano e ervas (6,80€) e quatro opções de tostas.

Também pode pedir só um cafézinho – vem com surpresa, uma colher de brigadeiro.

Rua Sousa Martins, 15B (Picoas). 21 357 1233. Seg-Sex 12.00-21.00, Sáb 12.00-15.30.

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