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Mattë
©César Passinhas

Carne maturada e sushi: O Mattë quer ensinar-nos a dividir a mesa

A ideia de combinar sushi e carnes maturadas pode parecer improvável mas, no Mattë, as duas mesas encontram-se sem atropelos.

Escrito por
Tiago Neto
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As sucessivas obras de requalificação na zona de Santos trouxeram à freguesia uma nova vida, novas gentes e novas ideias. Gustavo Neves foi uma destas peças, que ali encontrou o espaço para fazer crescer a ideia que o acompanhava há anos: ter um espaço seu, pensado à medida, depois do muito tempo que passou ao lado dos pais a trabalhar em restauração. "Queria que fosse simples e elaborado, um sítio em que as pessoas pudessem estar descontraídas".

Fez-se à estrada, para os Estados Unidos, para a Europa, e absorveu o que pôde, entre restaurantes de sushi e altares para os amantes da carne, "para perceber o que queria". O resultado foi uma junção, à partida improvável, mas que, no regresso, lhe pareceu forte: "por que não juntar os dois? Adoro carne maturada e adoro sushi. Comecei a pensar em dois balcões para agradar a dois públicos e assim temos duas experiências gastronómicas diferentes."

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O interior da primeira sala do MattëFotografia: César Passinhas

Foi assim que delineou o plano do Mattë e, daí, formou equipa. O sushi ficou entregue a Habner Gomes, com quem Gustavo já tinha trabalhado, e que passou pela Taberna Hikidashi, em Campo de Ourique. É ele quem controla a carta e toda a zona dedicada ao peixe. A sala de sushi foi, aliás, pensada para ele, da altura do balcão à disposição e aos materiais. Por lá, há pedidos que podem ser feitos à carta, como os sashimis de carapau (8€), de chu-toro (18€), os niguiris de robalo (8€) ou de pregado (7,50€), o hosomaki kappa maki (4€) ou pode optar pelas criações do chef no gunkan (6€/unidade), ou nos dois menus omakase, o primeiro de 9 momentos (45€) e o segundo de 12 (65€).

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O temaki desconstruído do chefFotografia: César Passinhas

Nas carnes, é o chef Maurício Varela quem assume o comando, e o destaque são as maturadas. O entrecôte (26€/250g), o tomahawk (65€/kg), o chuleton (70€/kg) e o tataki de wagyu (30€/150g) são os grandes destaques. Mas há também o polvo (19€), grelhado no josper, com chipotle, escalivada e broa de milho, ou a presa de porco preto (18€), feita em marinada coreana, com picles de funcho e coração de alface.

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O polvo no josperFotografia: César Passinhas

Se preferir alguma coisa mais leve, nas entradas o grande destaque é o croquete de rabo de boi (4€), com maionese de pimentos fumados, picles agridoces de chalota e micro coentros. E tem ainda a laksa de camarão (17€), feita com manga tostada, óleo de lima e crocante de tapioca. Termine com um coulant de doce de leite e gelado de baunilha caseiro (6€), com a tarte de chocolate (6€) ou com o pão de ló, acompanhado de gelado de queijo de ovelha (6€), também este caseiro.

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A tarte de chocolate com gel de maracujá e gelado caseiroFotografia: César Passinhas

Para já, o Mattë funciona principalmente como restaurante, respeitando as regras horárias, mas o plano, diz Gustavo, passa por criar outro tipo de ambiência à medida que as normas forem levantadas. "Quando pudermos começar a fechar mais tarde, queremos chegar a uma certa hora e ter a luz baixa, subir a música. Não é um bar ou discoteca, mas queremos que as pessoas que cá estão a jantar, ao invés de irem para um bar, possam ficar a beber um copo."

Calçada do Marquês de Abrantes, 18 (Santos). Ter-Dom 12.30-15.00 / 20.00-23.00.

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