A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Chris Isaak
© Andrew HuttoChris Isaak

Chris Isaak traz o seu “Wicked Game” a Lisboa. Mas não só

O cantor, compositor e actor norte-americano passou por Cascais em 2010. Retorna a Portugal a 23 de Julho, uma terça-feira, para um concerto no Sagres Campo Pequeno.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
Publicidade

Uma voz dorida e suplicante repete, como se fosse uma prece, “no, I don’t want to fall in love” (“não, não me quero apaixonar”). Passado um bocado, é desferido o golpe final: with you”. É disto que a esmagadora maioria das pessoas se lembra quando pensa em Chris Isaak, que volta a Portugal a 23 de Julho, para um concerto no Campo Pequeno. É justificado, mas injusto.

Com 67 anos nas pernas e uma carreira que se prolonga há mais de quatro décadas, em cima dos palcos mas também à frente das câmaras, o crooner rockabilly não merece ser reduzido a um hit.

David Lynch ajudou a lançar a sua carreira. Usando a “Gone Ridin’” de Silvertone, o álbum de estreia de Chris Isaak, no seu Veludo Azul (1986); filmando um dos telediscos de “Wicked Game” e incluindo a canção na banda sonora de Um Coração Selvagem (1990), antes de o convidar para dar corpo ao agente especial Chester Desmond em Twin Peaks: Os Últimos Sete Dias de Laura Palmer (1992).

Entrou noutros filmes além de Twin Peaks, e teve pequenos papéis em séries como Melrose Place ou Friends, mas o personagem que encarnou durante mais tempo foi... Chris Isaak. Concretamente, a versão exagerada dele próprio que, entre 2001 e 2004, retratou na sitcom The Chris Isaak Show, criada por Diane Frolov, Andrew Schneider e William Lucas Walker e transmitida pelo Showtime.

E nunca parou de lançar discos. Um ano antes da sua passagem pelo festival cooljazz, em 2010, tinha gravado Mr. Lucky; e em 2011 voltou à carga com Beyond The Sun. É verdade que o último registo original, First Comes The Night, já tem quase dez anos, mas também não é falso que ainda em 2022 editou um álbum natalício, Everybody Knows It's Christmas, com o histórico selo da Sun.

Não se sabe se vai ter músicas novas para mostrar aos portugueses quando cá voltar em Julho. Também não precisa. Tem canções como Blue Hotel, Baby Did a Bad Bad Thing ou aquela”, prontas para serem cantadas a uma só voz. Os bilhetes vão ser colocados à venda pelas 10.00 de quarta-feira, 17, online e nos locais habituais. Os preços começam nos 26€ e sobem até aos 90€.

Sagres Campo Pequeno. 23 Jul (Ter). 21.30. 26€-90€

+ Lisboa Mistura. Dois dias para “desacelerar a vertigem do ruído visual”

+ Rock Station. Antiga fábrica dá lugar a nova sala de concertos em Lisboa

Últimas notícias

    Publicidade