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Clubbing em tempos de pandemia

As novas festas do Nada Temple, em Lisboa, acontecem durante o dia e há jantar para quem quiser. Esta semana recebem o famoso produtor de trance Talamasca.

Escrito por
Clara Silva
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Abriu há um ano, mas conseguiu manter-se um segredo mais ou menos bem guardado. O Nada Temple, um armazém num segundo andar em Marvila, foi considerado uma espécie de novo templo da electrónica em Lisboa e albergou todo o tipo de festas num curto espaço de tempo. Com a pandemia, as orações tiveram de abrandar e o espaço esteve fechado durante meses. Voltou a abrir em Agosto, como “forma de apoio aos artistas”, conta Dilen, um dos responsáveis. 

Antes de fechar portas em Março, o espaço que antigamente era ocupado por escritórios e agora tem capacidade para 500/600 pessoas, tornava-se cada vez mais popular para festas. “Quisemos abrir um espaço que desse para um promotor ter uma margem de lucro quando fizesse um evento e conseguisse fazer um evento bom.” Chegar lá, através de um elevador monta-cargas que por enquanto não está a funcionar, era por si só uma aventura. “De repente, as pessoas ficavam a pensar: ‘Será que me vão roubar um rim, onde é que nos estamos a meter?’”

O espírito das festas era muito “Berlim, Nova Iorque e Londres”, descreve Dilen. Agora, e aos poucos, começam a retomar algumas actividades, ainda que num registo diferente. Voltaram a abrir com concertos de world music, fado e jantares e experimentaram voltar à electrónica, com mesas e DJs convidados. “Houve uma explosão enorme”, conta o responsável. 

No sábado passado, o Nada Temple recebeu o arranque do “2020club”, festas de electrónica da L!ve Productions que deverão acontecer de 15 em 15 dias com lugares sentados, brunch, jantar, exibição de arte e tatuagem ao vivo. Um regresso forçado às matinés, uma vez que acontecem entre as 16.00 e a meia-noite. 

No próximo domingo, e ainda que anunciado de uma maneira discreta, recebem o famoso produtor de trance francês Talamasca num set de três horas (no dia anterior toca na discoteca Via Láctea, em Vila da Ponte). A festa, organizada pela Digital Oracle, tem uma lotação limitada a 150 pessoas e acontece entre as 14.00 e as 22.00. Os bilhetes custam 15,60€ e podem ser comprados aqui.

Para Dilen, as regras podiam ser menos restritivas. “As festas podiam continuar a ser feitas de maneira segura, mas já se percebeu que não há interesse”, opina. “Metade dos meus amigos com espaços culturais tiveram de fechar. Lisboa vai ficar muito mais pobre quando isto acabar.”

Rua 2 da Matinha, Edifício Verde, 2º Dto (Marvila, Lisboa).

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