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Comércio com História é o novo portal nacional que reúne as lojas históricas

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Lisboa foi pioneira na defesa do comércio tradicional e é uma das cidades piloto para a plataforma que é lançada esta quarta-feira na Livraria Férin.

95 lojas de Lisboa, 55 do Porto, seis do Funchal, oito de Coimbra e uma do Fundão. São estes os números para a fase piloto do Comércio com História, um inventário online que tem como horizonte incluir todas as casas do país que tenham mesmo muitas histórias para contar.

A ideia aprovada na Assembleia da República e publicada em Junho 2017 passa por um regime que reconhece e protege, a nível nacional, os estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social e é mais abrangente do que programas municipais semelhantes. E não apenas em território. Este inventário tanto poderá incluir lojas de comércio tradicional como clubes (o Carnide Clube faz parte da lista, por exemplo), as repúblicas universitárias de Coimbra ou arte e ofícios, da salicultura à produção de louça preta de Bisalhães, considerada pela UNESCO Património Imaterial da Humanidade.

João Torres na Livraria Bertrand, que integra o Comércio com História
Fotografia: Duarte Drago

O programa municipal lisboeta Lojas com História foi o embrião deste novo projecto, um programa que já foi replicado na cidade do Porto e que defende o comércio tradicional com o Porto de Tradição. “Há um número suficiente de estabelecimentos reconhecidos, uma força motriz para que mais municípios adiram ao projecto”, explica à Time Out João Torres, secretário de Estado da Defesa do Consumidor, do Ministério da Economia. Isto significa que os dados destes programas municipais são integrados no inventário nacional que está agora a ser construído. Além dos critérios de admissão nacionais (como a actividade, o património material e imaterial, a longevidade ou o significado para a história local), os critérios municipais são o coração do Comércio com História, um “inventário chapéu”, como o definiu João Torres. E uma iniciativa que já despertou o interesse da Comissão Europeia.

A medida vai ainda criar, em articulação com as autarquias, uma identificação que distingue estabelecimentos e entidades de interesse histórico, cultural ou social local, de várias áreas de actividade e que poderão beneficiar, por exemplo, de isenções fiscais concedidas por municípios.

+ Lojas históricas em Lisboa: velhas, mas boas

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