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Cotovia reabre com 19 editoras “marginais” no primeiro andar

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
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A livraria alargou horários e diversificou o catálogo, com livros cujas “tiragens minúsculas” os tornam difíceis de encontrar em superfícies maiores.

O teatro, a poesia e os ensaios da Cotovia partilham agora o número 24 da Rua Nova da Trindade com os livros de um conjunto de pequenas editoras que “não entram nas cadeias de vendas habituais” e que, por isso, fazem um trabalho “invisível para a generalidade do público”. As edições da Cotovia ficam no rés-do-chão. A marginalidade, no primeiro andar.

“Marginais”, “independentes”, “livres” – a Cotovia deixa em aberto a melhor designação, preferindo realçar que “publicam o que querem, quando querem, em tiragens minúsculas”. “É espantosa a qualidade destes catálogos marginais que seleccionámos e que publicam de tudo, desde BD a poesia”, elogiam os responsáveis da Cotovia, em comunicado.

São 19 as editoras marginais que por aqui encontra: Dois Dias, Douda Correria, Chili com Carne, Exclamação, Fenda, Figura d’Urso, Flanzine, Leatra Livre, Mariposa Azual, Maldoror, Momo, Montag, Não Edições Pianola, Pierre von Kleist, Saguão, Sulfúria, Triciclo e VS. “Os livros não são caros e também isso surpreende, posto que são raros”, lê-se na mesma nota.

A Cotovia esteve fechada para pequenas reparações
Duarte Drago

“A livraria esteve fechada para pequenas reparações e para reorganização”, diz Beatriz Marques Morais, produtora da Cotovia, à Time Out. A representação de outros editores na livraria não é inédita. Volta a acontecer para “dinamizar” o espaço, acrescenta Beatriz, e para dar “atenção ao que se passa nas margens da edição”. “Pensámos que seria esplêndido haver, bem no centro da cidade, um lugar onde estes editores pudessem vender os seus livros sempre, já que não estão representados nas grandes cadeias livreiras.”

O primeiro andar reservado aos “verdadeiros artífices dos livros de colecção” é a principal novidade da reabertura da livraria, que serve de casa à editora criada por André Jorge em 1988. Outra é o horário, “arriscando” abrir as portas entre as 12.00 e as 21.00, com pausa das 16.00 às 17.00. A ideia é cativar quem vai ao Chiado e ao Bairro Alto para um copo ao fim da tarde, para jantar, ou quem está a fazer tempo para um filme no Cinema Ideal.

Rua Nova da Trindade, 24.

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