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Da sandes de bochecha ao pão de batata doce, no Miolo é tudo português

Escrito por
Tiago Neto
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Chegou ao número 50 da Rua Luz Soriano, no Bairro Alto, à boleia de um sonho onde a comida era tema central. Mais de um ano depois, João Luc e Catarina Terenas abriram as portas ao Miolo, um pequeno café-restaurante que aposta  nos produtos sustentáveis e na portugalidade dos materiais.

Ao passar a porta somos imediatamente transportados à memória das padarias de bairro. O espaço é pequeno, mas a tijoleira que dá vida ao chão e o branco das paredes, também com azulejo, são um argumento estético difícil de não fazer olhar em volta. "Quando procurámos lojas, havia muito pouco dentro daquilo que queríamos pagar. Espaços grandes eram caros, pequenos foi difícil." Estamos no Miolo, o espaço que João Luc e Catarina Terenas tinham como sonho, depois de cruzarem caminhos no Time Out Market, anos antes.

O objectivo, explica Catarina, era "ter comida de qualidade para as pessoas que quisessem aproveitar a cidade, passear", fugindo de conceitos mais fáceis como por exemplo as pizzas. Aqui, tudo é pensado para evitar o desperdício: as colheres do café são de madeira; o plástico não entra, dando lugar ao cartão reciclável e ao vidro. "Também queremos contribuir para acabar com a poluição, nós viajamos e é terrível passares por um sítio paradisíaco completamente cheio de plástico."

Pão de batata doce roxa com salmão fumado, requeijão, rabanete e espinafres
Fotografia: Duarte Drago

Na carta, a mão é de João, apaixonado por cozinha, licenciado em Produção Alimentar em Restauração pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. A passagem pelo mundo da restauração desenvolveu-lhe o interesse, e o espaço passou rapidamente ao patamar de ambição. "Enquanto não tivesse esse objectivo concretizado, não estava realizado. Sei que é uma área difícil, é uma luta, mas uma boa luta." Sobre a escolha do Bairro Alto para fazer negócio, Catarina diz que "um dos intuitos era trabalhar não só para turistas mas para público português. Esta é uma zona com muitas empresas, com teatro, e queremos ter essa dinâmica."

No menu, toda a produção é caseira à excepção do pão – de fermentação lenta e feito exclusivamente com cereais portugueses que todos os dias chega da padaria Gleba. Entre as opções há sandes com pão de batata-doce roxa com courgette grelhada, tomate, pasta de azeitona e pesto (5,50€), pão chapata com queijo da Serra amanteigado, presunto e tomate seco (6€) ou uma das sugestões da casa, o pão de hambúrguer brioche com bochecha de porco estufada em vinho do Porto, cebola roxa caramelizada e toucinho crocante (7,50€).

O pão brioche com bochecha de porco estufada
Fotografia: Duarte Drago

Na variedade de sandes abertas, o pão de batata-doce roxa com salmão fumado, requeijão fresco, espinafres, rabanete, sumo de limão e ovas de esturjão (7€) ou o pão de trigo alentejano com cogumelos salteados, tomilho, queijo da ilha, tomate cereja e ervas frescas (5€) são outras das escolhas. Nas bebidas, servidas em garrafa de vidro, há sumos naturais de laranja (3€), de fruta da época (3,50€) ou a limonada (2€), espremidos na hora e com desconto de 0,50€ se optar pelo refill no frasco da casa.

Pode ainda seguir pela cerveja Coruja Saison (2,50€), Coruja IPA (2,50€) ou pelo copo de vinho tinto ou branco da Herdade da Comenda Grande (3€). No final, o bolo caseiro do dia (3€) ou o pão de banana caseiro com lascas de amêndoa tostadas (3€) são boas apostas.

Pão de batata-doce roxa, courgette, pasta de azeitona e pesto
Fotografia: Duarte Drago

Rua Luz Soriano, 50 (Bairro Alto). Ter-Dom 09.00-17.00.

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