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Demolidor: o regresso do homem sem medo

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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A terceira temporada de Demolidor estreia-se sexta-feira na Netflix. Um regresso cru e violento às origens da série. 

Muita gente considera a primeira temporada de Demolidor a melhor produção da Marvel para a Netflix – ou pelo menos uma das melhores. A segunda, porém, foi menos consensual, e desde então a qualidade das séries da Marvel tem vindo a descer, ou pelos a tornar-se mais irregular. Poucos esperariam, por isso, que a terceira temporada, que se estreia sexta-feira, fosse uma das melhores que a Marvel já fez.

Mas é. Pelo menos a julgar pelos primeiros episódios, disponibilizados à imprensa. A história começa mais ou menos onde a minissérie Defensores acabou, com Matt Murdock (Charlie Cox), o Demolidor, a salvar-se milagrosamente da explosão do prédio que parecia tê-lo soterrado e a ser tratado por uma freira, interpretada por Joanne Whalley, no orfanato onde cresceu.

Ao longo dos primeiros episódios, a tal freira, conhecida apenas como irmã Maggie (o mesmo nome da mãe biológica de Matt...) parece estranhamente interessada no protagonista, que assim que está mais ou menos recuperado volta às ruas e a combater o crime. Desta feita, sem o fato de super-herói foleiro que usou ao longo da segunda temporada e de Defensores, mas com uma aproximação ao uniforme negro e improvisado que vestia quando apareceu na Netflix, em 2015.

O regresso do fato negro não é o único ponto de contacto com a primeira temporada. Antes pelo contrário. O novo showrunner, Erik Oleson (Arrow), quis levar a série de volta às suas origens,a todos os níveis, e o conflito e a simetria entre o protagonista e Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio, magnífico) adquirem de novo um papel central.

As histórias e percursos de Karen Page (Deborah Ann Woll) e Foggy Nelson (Elden Henson) são igualmente importantes. E bem escritos. E há um par de novas e boas personagens: Rahul Nadeem (Jay Ali) e Benjamin Poindexter, o vilão Bullseye (Wilson Bethel).

Segundo a produção, Born Again, talvez o melhor e mais icónico arco narrativo dos livros de banda desenhada do Demolidor, escrito por Frank Miller e ilustrado por David Mazzuchelli em 1986, foi uma das principais influências desta temporada. E é verdade que há ligeiros pontos de contacto nos primeiros seis episódios, embora a história não seja tão negra, distorcida e brutal como na BD. Contudo, isso pode mudar.

E ainda não se escreveu sobre a realização. Demolidor continua a ser uma das séries mais bem filmadas da Marvel. É esteticamente arrojada e tem algumas das cenas de acção mais bem montadas do meio. Está bem que nunca deixa de parecer televisão, mas ainda assim está muito acima de outras produções do mesmo género.

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