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Depois do D. Maria II, o São Carlos estará encerrado quase dois anos

O Teatro Nacional de São Carlos também será alvo de obras de reabilitação, com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência. Estará de portas fechadas entre 2024 e 2025.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Teatro Nacional de São Carlos
Fotografia: Alfredo RochaTeatro Nacional de São Carlos
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Depois do Teatro Nacional D. Maria II estar encerrado durante todo o ano de 2023, será a vez do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC). Entre Janeiro de 2024 e Setembro de 2025, o TNSC também será alvo de obras estruturais. O anúncio foi feito esta quarta-feira, 15 de Setembro, pela presidente do Conselho de Administração do OPART – Organismo de Produção Artística, Conceição Amaral, durante uma apresentação pública sobre as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência para a área da Cultura.

Revelando fragilidades a quase todos os níveis, o teatro irá sofrer intervenções na sala principal, no pavimento, na maquinaria e no sistema de som, na protecção térmica e na protecção contra incêndios. “O TNSC vive na angústia permanente e monitorização diária sobre a instalação eléctrica”, afirmou Conceição Amaral, destacando a “baixa resistência ao fogo e a grande carga eléctrica” do edifício. Quanto às “grandes obras”, estão associadas à necessidade de criar uma sala de ensaios para a Orquestra Sinfónica Portuguesa e um espaço para os jovens e a mediação com as crianças.

Está ainda prevista a abertura de uma nova cafetaria e de uma nova loja, bem como obras na bilheteira, reabilitação dos espaços de acervo e requalificação dos bastidores e camarins. Os projectos devem ser elaborados durante o próximo ano, com a abertura de concursos e inventariação de bens a acontecer até 2023, para que a obra se possa iniciar em 2024.

Além das obras no TNSC, estão ainda previstas intervenções de grande escala no LU.CA – Teatro Camões, que também é gerido pela OPART. Segundo Conceição Amaral, será construída uma nova sala de recuperação física e um novo estúdio de bailado, para permitir ter em produção e ensaio duas obras em permanência. Mas não só. Planeia-se a substituição da tecnologia, nova iluminação exterior, instalação de portas de seguranças e de rampas de evacuação para pessoas com mobilidade reduzida, melhoria térmica da fachada principal, reabilitação da zona das bilheteiras e requalificação da cobertura, das fachadas, do tardoz, da zona pública, dos bastidores, gabinetes, corredores, camarins, oficinas e estúdios.

À semelhança do que acontecerá com a programação do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII) em 2023, também a programação artística quer do TNSC quer do LU.CA andará a percorrer o país durante o encerramento dos teatros. O investimento global nas obras destes dois edifícios ascende quase aos 34 milhões de euros (27,93 milhões para o TNSC e 5,894 milhões para o Teatro Camões).

PRR: 46 edifícios, museus, monumentos, sítios arqueológicos e três teatros

Além do TNDMII, do TNSC e do LU.CA, o Governo atribuiu verbas do Plano de Recuperação e Resiliência a 46 edifícios, museus, monumentos e sítios arqueológicos. O Museu Nacional de Arqueologia é o segundo equipamento com a maior fatia de investimento, 24,5 milhões de euros. Em Lisboa, o Laboratório José de Figueiredo, o Laboratório de Arqueociências, o Mosteiro dos Jerónimos, o Museu de Arte Popular, o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu Nacional de Arte Contemporânea, o Museu Nacional de Etnologia, o Museu Nacional do Azulejo, o Museu Nacional do Teatro e da Dança, o Museu Nacional do Traje, o Museu Nacional dos Coches, o Picadeiro Real, o Palácio Nacional da Ajuda, o Panteão Nacional, a Torre de Belém e o Museu Nacional da Música (a instalar em Mafra) também contam com verbas.

+ Teatro Nacional D. Maria II vai encerrar durante todo o ano de 2023

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