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Teatro Nacional D. Maria II
Teatro Nacional D. Maria II

Teatro Nacional D. Maria II vai encerrar durante todo o ano de 2023

O projecto de intervenção prevê um investimento de quase 10 milhões de euros. Em 2023, a programação realiza-se em itinerância.

Raquel Dias da Silva
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Raquel Dias da Silva
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O Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII) estará encerrado para obras estruturais durante todo o ano de 2023. O projecto de intervenção envolve o restauro, manutenção e renovação de várias zonas do edifício. A antiga Sala de Cenografia, mesmo por cima do lustre da Sala Garrett, será uma delas. A presidente do Conselho de Administração do TNDMII, Claudia Belchior, revelou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que será “transformada radicalmente para receber quase todas as direcções do teatro” e para criar um jardim de Inverno.

“Este espaço onde nos encontramos [a antiga Sala de Cenografia] é só um dos muitos a intervencionar. Esta é, de facto, uma obra muito ambiciosa”, declarou Claudia Belchior, destacando o facto de o TNDMII não fazer uma obra “com este impacto” desde a sua reabertura em 1978, após ter sido destruído por um incêndio em 1964. “É também uma obra com muita engenharia, sobretudo a nível do subpalco, onde vão ser feitas intervenções profundas.” Com ambições ambientais, o projecto prevê também a renovação dos sistemas de climatização em todo o edifício, para além de novas salas de trabalho e de ensaio e da renovação da livraria.

O investimento é de 9,8 milhões de euros, segundo Claudia Belchior, e conta com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência.

Com o edifício no Rossio de portas fechadas em 2023, o TNDMII prepara-se para fazer as malas e tornar-se itinerante. “Se é, de facto, verdade que o edifício estará fechado durante um ano inteiro, também é verdade que a sua programação não ficará congelada. Pelo contrário, irá adquirir um dinamismo e alcance nacional inédito”, assegurou Pedro Penim, o novo director artístico do TNDMII. A programação irá acontecer em todo o território nacional, sobretudo em zonas onde a oferta cultural não é tão regular. “Contamos começar no Norte, acabaremos no Sul, passaremos pelas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, numa operação que se quer o mais abrangente possível”, disse.

Ainda a ser pensada, a programação incluirá referências clássicas do repertório dramático nacional e universal, espectáculos de natureza mais experimental, espectáculos internacionais e peças para famílias e público escolar, bem como acções de formação, projectos de mediação de públicos e outras iniciativas de continuidade. Paralelamente, o TNDMII irá manter os projectos de abrangência nacional, como a Rede Eunice Ageas, que já circula por todo o país, e o Próxima Cena, que se foca em zonas de baixa densidade populacional.

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